Hoje acordei mesmo a tempo de espreitar pela janela e ver o que se passava no mundo.
Para além de ver aquilo que toda a gente sabe e que neste momento choca a sociedade, fiquei retida nos meus pensamentos quando me deparei com a noticia que deram sobre os comerciantes de Coimbra. Pessoas que têm as suas lojas em zonas centrais, belas e de grande movimento pedonal. Pessoas que estão constantemente a ver clientes a desaparecer e a irem directamente a centros comerciais sem antes passarem pelas lojas locais.
Em época de saldos, uma época de esperança para quem passa o ano todo em crise, não está a ser fácil para quem tem este tipo de comércio.
Hoje deram o exemplo de Coimbra mas acredito que haja esta realidade em todo o país.
Com os centros urbanos cada vez mais desabitados, com a facilidade acrescida que um centro comercial oferece, hoje em dia, procurar fazer as compras em lojas de comércio tradicional é algo que pouca gente opta.
Pessoalmente não gosto dos centros comerciais!
São locais onde se concentra o alto consumismo, onde as paredes que nos cercam são montras e onde o artificialismo da vida se encontra ali.
Prefiro, quando tenho tempo, de fazer as minhas compras na baixa de Lisboa. Gosto do seu comércio, gosto das lojas que aí se encontram, gosto principalmente das pastelarias e cafetarias que, para além das suas iguarias, nos oferecem um cenário de beleza e de singularidade.
Gosto de ver as lojas caminhando na calçada ao ar livre, gosto de ver as lojas contrastadas com os antigos edifícios, gosto de ver gente alternativa.
É nestes locais da cidade que as descobertas de lugares com história existem, é neste centros que podemos alternar as actividades consumistas com, por exemplo, uma tarde cultural.
Não sou apologista de centros comerciais, cada vez vou menos e cada vez tenho menos paciência.
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