Não tinha noção que vivia numa rua onde moram, na sua maioria, estudantes.
Hoje tive a prova disso.
Hoje foi a latada em Castelo Branco, uns largos meses atrasada devido aos desacatos de alguns estudantes no passado. Apesar de ter sido adiada não foi cancelada e os estudantes, saíram à rua.
Para mim foi um dia normal à excepção do barulho que se ouvia na cidade e no maior número de pessoas trajadas.
Quando saí de casa para fazer a segunda parte do meu dia de trabalho, o prédio encontrava-se assim:
Cheio de cartazes e panos com dizeres, muita música e muitos berros provenientes dos estudantes que estavam nas varandas. Muita algazarra, muita animação para celebrar o grande dia. Com esta visão notava-se que a tarde iria prometer.
No regresso, muito lixo estava nesta mesma rua. Garrafas de vidro e de plástico perdidas no chão, muitos copos de cerveja e latas caídas, foi este o cenário que encontrei de regresso a casa.
Hoje gostei de trabalhar debaixo de terra para não ver, para não ouvir, para não sentir o quanto os tempos de universidade deixam saudades.
Ao ver este cenário não senti vontade de andar lá no meio mas senti a falta daqueles com quem partilhava este tipo de momentos e senti saudades do meu tempo de Universidade.
Hoje vejo outros a vive-la com a mesma intensidade com que eu vivi em tempos. O juntar, o trajar, o ir ter com os amigos, os jantares, o beber, o nervoso miudinho quando se está próximo de uma grande tarde de alegria ou apenas o comemorar o facto de sermos estudantes. Tudo isto veio hoje ao de cima. Foi bom enquanto passou, a alegria que senti e os amigos que lá fiz! Hoje vejo e a nostalgia vem ao de cima. Ainda bem que vem, é sinal que vivi momentos tão bons quanto estes.
Agora vem a noite... Será que irá ser tranquila?
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