E é aos poucos que a casa se vai compondo

Quando em Setembro vim para esta casa, tinha pouco mais que a minha roupa, os meus acessórios e os livros e material para fazer o meu relatório de estágio. 

Hoje a roupa mantém-se e apenas tenho alguns vestígios desse tempo de trabalho. Tenho o fogão, a cama e uma mesa emprestadas pelo senhorio, um amigo albicastrense empresta-me um móvel para pôr os livros, o forno emprestado pela minha tia, trouxe a minha aparelhagem velhinha (tenho-a provavelmente desde os meus 10 anos) de Lisboa e trouxe o espelho e uma mesa maior da casa da terra. Mais tarde, perto do Natal, o pai oferece o microondas e a máquina de lavar roupa, a minha afilhada oferece a primeira pintura e comprei o aquecedor a gás. Nos meus anos duas amigas minhas oferecem-me um quadro com alguns dos momentos marcantes da minha vida passados ao seu lado, e hoje veio um candeeiro no qual o seu destino iria ser o lixo.

Para o próximo fim-de-semana chega, finalmente, a televisão. Finalmente vou ter a minha televisão!

Sim, passei este tempo sem televisão e posso já dizer que, ver os minhas telenovelas, telejornal e alguns filmes a partir do computador é preciso ter uma grande dose de paciência. Não foram poucos os momentos de suspense que foram interrompidos, ou porque a publicidade se metia no meio ou a Internet resolvia dar de si e parar a imagem. Mas, finalmente, esses momentos já têm os dias contados!

Agora, que venha o móvel e a televisão.