Desde a abertura do café que as pessoas com quem falo, na sua maioria, são reformados e desempregados. Esta realidade acontece, muito devido ao pouco comércio local neste zona que pouco atraí, ou impossibilita, os trabalhadores activos dirigirem-se e estarem por estes lados.
Com o passar das horas e dos dias, vejo que, muitos deles passam os seus momentos, ou aqui a falarem de futebol, do vizinho, dos cães, da crise, dos cortes, etc, ou estão em casa a dormir e a ver televisão. Dias vazios, sem objectivos, sem motivação. Muitos deles sem as mulheres, porque entre aumento da idade para a reforma e a diferença de idades entre os pares, a mulher ainda tem quase mais 10 anos de trabalho, ao passo que, o homem já se encontra na reforma.
Ele vai levá-la ao trabalho (quando isso acontece), e vai buscá-la. Este ritual é o único compromisso que estes homens têm o dia todo.
Isto porquê? Porque em muitos destes casos, é ela quem, depois de um dia de trabalho, vai fazer o jantar, preocupar-se com o almoço para o dia seguinte, tem que se preocupar com as compras e cuidar da casa.
Obviamente que não tenho que me meter, mas tenho opinião sobre isso e não deixo de me perguntar o que aquelas mulheres têm na cabeça, aliás, que visão têm do dia dos seus maridos em comparação ao dia delas.
Dá-me gozo e prazer ver aqueles casais que partilham afazeres, se um trabalha, o outro limpa a casa, faz o almoço e vai buscar a mulher, não havendo qualquer problema em admitir isso.
1 comentário:
Felizes desses casais que têm esse amor e cumplicidade. Isso diz tudo e dissolve qualquer preconceito ou vergonha.
Beijinhos
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