Quem é que não se contagiou com este sorriso quando entrava pela ecrã da nossa televisão?
Quem não se sensibilizou com a história da "princesa Nôno"?
Leonor, mais conhecida por Nôno, uma menina de cinco anos, foi-lhe diagnosticado um cancro no rim direito em estado avançado há uma ano atrás.
Este pequeno ser humano conseguiu contagiar milhares de portugueses com o seu sorriso, a sua força, e por isso também era conhecida por "guerreira Nôno".
"Ensinou-nos a aceitar e a sorrir" disse a sua mãe na sua página do facebook ao transmitir a força que o tumor teve sobre esta criança. Sim, porque este ser não passava de uma criança na qual esta doença não teve dó nem piedade em retirar-lhe parte das brincadeiras e da descoberta, parte da vivência que uma criança deve ter e principalmente tirou-lhe a própria vida.
Este lindo sorriso ficou para sempre em fotografias e na memória das pessoas que passaram por ela.
Era linda a Leonor!
Obviamente este tipo de assunto, esta crueldade faz-me pensar, reviver outros tempos de luta e do contacto doloroso que tive com esta doença.
Acredito que em relação ao cancro, a natureza está bem feita. Quem é apanhado por esta doença transmite uma força e uma energia tão grande e mágica, que a sensação que temos é que são eles próprios a consolar-nos, e não o contrário. Não me admiro nada que esta criança tenha muitas vezes dado o ombro aos seus pais quando estes precisavam.
Mais uma vez, a vida demonstra-nos que devemos levá-la a sorrir, sem mágoas ou rancor. Por mais partidas que nos dêem a vida vale a pena ser vivida ao máximo. Os problemas têm a sua importância mas cabe sempre a nós conseguir relativizá-los e saber sim, dar importância aos momentos bons, às pessoas que nos são queridas e a nós próprios.
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