A paisagem e a arquitectura são elementos desenhados pelo homem e que transmitem a história do lugar, transmitem uma cultura e identificam um povo. Transmitem as necessidades que, no decorrer dos tempos, as civilizações foram sentido, tanto a nível físico, sentimental bem como espiritual. O homem desenhou a paisagem de forma a que esta respondesse, com todo o seu potencial, ao que este desejava, e desenhou os edifícios de acordo com o que pensava ser o melhor para si. Tanto a posse de terras, como a monumentalidade dos edifícios sempre significaram riqueza, e isso transmitia-se através do grande número de hectáres, bem como na grandeza dos edificados.
Com o decorrer dos tempos, as famílias foram-se fragmentando, as posses começaram a diminuir, as prioridades começaram a ser outras, e isso resultou num conjunto de edificado e paisagens abandonadas e degradadas. São essas paisagens e monumentos, fruto dos tempos e que fazem parte de um património e de uma identidade de um povo que, hoje em dia encontram-se, ou em mãos privadas, ou nas mãos do estado. Tanto no caso como no outro, é triste, é muito triste vermos, nos dias que correm, edifícios entregues, literalmente, à passagem do tempo e à indiferença dos seus proprietários.
Entre os muitos que existem por este Portugal fora a dentro, deixo-vos dez. Dez edifícios emblemáticos e maravilhosos que, graças à fantasia que os envolve, nos fascinam.
1. Castelo da Dona Chica, em Braga.
Este magnifico Castelo começou a ser construído há cerca de 99 anos, por ordem de Francisca Peixoto de Sousa, que desde então as obras fizeram de demoradas, demorando mesmo décadas até ficam concluídas. Até ao seu abandono, este castelo teve vários proprietários.
2. Casa do Professor ou Quinta do Parreira, em Oliveira de Azeméis.
Esta casa possui, quer dizer, possuía, magníficos detalhes de arquitectura que, ao longo dos tempos, e devido aos seus inúmeros proprietários, foram desaparecendo, estando nos dias que correm, neste estado de degradação.
3. Sanatório do Caramulo, em Tondela, no Caramulo.
Este edifício é um dos 19 Sanatórios da vila construído em 1921. Foi uma vila criada de raiz, com os seus Sanatórios, pelo médico Jerónimo de Lacerda, com o objectivo de tratar os doentes de Tuberculose.
4. Palácio de Midões, em Tábua.
Felizmente, ou infelizmente, este palácio situa-se a zona central da freguesia de Midões, no concelho de Tábua. Talvez assim, a Junta ou a Câmara se disponibilizem a arranjar a "fachada" desta linda terra.
5. Hotel Monte Palace, em São Miguel, nos Açores.
Seria um hotel localizado nas Sete Cidades, em S. Miguel, se tivesse activo. Foi o primeiro hotel de 5 estrelas na ilha mas só num curto espaço de tempo, de 1989 a 1991, ponde dar o ar da sua graça, beleza e grandiosidade.
6. Palacete Rosa Pena, em Espinhos.
O Palacete de Espinhos ocupa um quarteirão inteiro desta cidade, o que faz com que não deixa qualquer pessoa indiferente. Torna-se má notícia quando, nos dias que correm, é um edifício num estado elevado de degradação.
7. Palácio do Rei do Lixo, ou Torre do Inferno, em Coina.
Esta torre, devido à sua imponência neste região, é, no entanto, um margo na freguesia de Coina. Foi construída para demonstrar a grandiosidade do seu mandador Manuel Martins Gomes Júnior. A lenda diz que, esta torre foi construída com esta altura para que Manuel pudesse observar a sua propriedade em Alcácer do Sal.
8. Convento de S. Francisco do Monte em Viana do Castelo.
Este convento localiza-se na freguesia de Santa Maria Maior, em Viana do Castelo e foi um dos três primeiros conventos a ser construído à Ordem dos Frades Menores.
9. Convento de Seiça, na Figueira da Foz.
O Convento de Seiça foi mandado construir por D. Afonso Henriques em 1175, em louvor à Virgem Maria.
10. Termas Água Radium/Hotel Serra da Pena, no Sabugal.
Diz a Lenda que, foi nas águas deste lugar que a filha de Don Rodrigo (conde espanhol) foi curada de uma doença grave de pele. Desta forma este senhor mandou construir este hotel termal, no início do século XX, e que hoje em dia encontra-se neste estado grave de degradação.
Para além da degradação que dá pena só de olhar, existe mais coisas em comum entre estes locais. Hoje em dia estes espaços são utilizados por fotógrafos e utilizados para despostos como o paintball.
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