Esta tarde li numa revista o seguinte excerto:
Imagine-se uma aldeia situada na base de um vale, em que no topo deste vale toda a floresta foi cortada. Alguns dos serviços mais importantes que a floresta poderia prestar, caso existisse, seriam, sobretudo ao nível da retenção de solo, quer através das raízes, quer através das copas das árvores, que caso chovesse, iriam reduzir o impacto das gotas de chuva. Sem a existência desta floresta, e em dias de chuva torrencial, a aldeia corre o risco de ficar atulhada de terra, resultante de enxurradas.
Este parágrafo demonstra bem aquilo que aconteceu há um ano atrás na Madeira e aquilo que aconteceu há uns meses atrás no Brasil.
A euforia da construção sem primeiro haver um estudo a nível do ordenamento do território, leva à situação que hoje presenciamos e que poderia ser evitada se houvesse mais responsabilidades e organização territorial.
Somos Senhores do mundo? Não!
Podemos fazer o que nos apetece? Claro que sim, mas depois vem as consequências dos nossos actos através das manifestações da natureza. Como tal, temos liberdade para fazê-lo mas respeitando sempre os fenómenos naturais, respeitando os direitos que à natureza pertencem.
Temos que compreender a paisagem para assim nos prevenirmos de situações como esta.
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