E chegou o fim que eu não queria que chegásse... Mas chegou!

Fazendo uma pausa de cinco minutos no meu dia, muita coisa vem-me à cabeça.

Uma delas é a ligação passado e presente.

Há cinco anos que estou em Évora, hoje é o meu penúltimo dia que aqui estou.

Vou-me embora para não voltar, pelo menos sem grande duração.

Não gosto destes meus últimos dias, pois estão a oferecer-me uma mistura de sentimentos, a ausência de saudade, o nervosismo das últimas entregas que ficaram umas em cima das outras, o sentir que estes são os meus últimos passos e que esta será a minha última noite.

Não me vou divertir. Amanhã esperam-me duas apresentação que quero despacha-las logo cedo.

Quero ir-me embora porque sinto necessidade de férias. Não quero ir-me embora porque sei que já não volto.

Este período de estudante passou, já tem um fim marcado, um fim que, até há bem pouco tempo parecia-me bastante longínquo.

Deixo a minha passagem, a minha vivência, o meu testemunho.

Sou uma pessoa de sorte, vivi! Vivi a vida estudantil em pleno, sofri, mas também fui muito feliz.

Vivi as noitadas de bebedeira, vivi as noitadas de trabalho, vivi as praxes, vivi o traje, vivi as aulas indesejáveis, vivi as horas vagas, e as tardes no café sem pensar em nada.

Vou não querendo desejar que o tempo volte atrás mas com o orgulho de dizer que estudei em Évora e que foi a melhor fase da minha vida.

Vou-me embora amanhã.