Considero-me uma pessoa de sorte, não só pela vida que tenho, mas também por aquilo que vivi, aquilo que fez e faz de mim a pessoa que sou. Nunca senti necessidade de pensar "ai se houvesse uma feira das mãe..." pois mesmo que tivesse que escolher uma mãe para mim nunca teria feito melhor escolha do que a pessoa que me gerou. Pessoa que me acompanhou e acompanha nos mais variados momentos, sejam eles tristes ou alegres, que me compreende e onde sei e sinto que ela é o meu mais poderoso abrigo. Tenho amigos, bons amigos que preenchem outra parte do meu ser e esteja onde estiver a voz deles e as suas palavras é algo que não me falta, e vá por onde vá, haverá sempre alguém à minha espera, nem que seja no meu retorno.
Mas para além disso, hoje, especialmente hoje, sinto-me uma pessoa de sorte.
Na Suécia estou numa casa onde a sua estrutura é por si estranha. Temos uma sala, uma cozinha, e ao longo dos dois corredores que partem destas divisões comuns há portas, e dentro de cada porta existem dois quartos e uma casa de banho. Um dos quartos não tem porta, apenas uma cortina. São quartos que a privacidade é algo que é muito reduzida. Durante a estadia que tive aqui nunca tive ninguém no outro quarto, ou seja, tenho dois quartos e uma casa de banho só para mim. Para além disso, e como disse no outro dia, a Internet chegou aqui em casa. Não sei o motivo mas apenas metade das pessoas que aqui vivem têm acesso a essa Internet, e eu sou uma dessas felizardas.
Perante as oportunidades que tenho aproveitado, perante as pessoas que vão passando e ficando na vida, perante estes pequenos acontecimentos que me vão surgindo, posso dizer que sou uma pessoa com imensa sorte!
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