Hoje passas-te a noite revoltada. Desconheço a razão mas hoje a noite foi difícil de passar, pelo menos para ti.
Tudo em ti mexia, batias nos vidros arranhando-os. Baloiçavas de um lado para o outro como se algo ou alguém quisesses ferir, magoar.
Várias luzes durante a noite se acenderam no meio da tua desordem. Num gesto chamas-te a atenção para a tua revolta. Em certas casa conseguis-te, noutras só tives-te o seu desprezo.
Hoje, com o nascer do dia a tua revolta permanece nos teus gestos. Pessoas enfrentam-na de forma a não quebrar a sua rotina ou simplesmente não te dar razão, outras limitam-se a ver pela janela a tua forma de manifestar.
Hoje deixo-te estar em ti. Hoje vou ficar a ver-te, a admirar-te de longe. Não de muito longe. A distância suficiente para te ver mas fechada no quente de quatro paredes.
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