Nos últimos dias a Junta da Póvoa de Santa Iria tem levado a cabo uma razia significativa de sebes que estão no rebordo dos canteiros perto das zonas de habitação. Pelo que se ouve falar esta medida está relacionada com a diminuição de custos derivados da rega e manutenção destes elementos vegetais.
Esta decisão por parte desta entidade tem gerado muita polémica por parte dos habitantes da Póvoa dizendo até que é um crime paisagístico. Claro que esta área é a minha praia e quando um cliente disse-me isto até me deu um treco.
Na mesma semana a mesma entidade começou a remover a palmeira e algumas árvores do canteiro que tenho em frente ao café. Neste momento gerou-se um caos ainda maior na cabeça das pessoas, chegando mesmo a serem mal educadas. Acho que sim, que se manifestem, fico feliz que estas pessoas mostrem desagrado quando este tipo de coisas acontecem na sua zona mas, antes de se exaltarem e serem inconvenientes, e foi isso que falhou, não tentaram perceber o porquê deste abate das árvores.
No canteiro em frente ao meu café havia uma palmeira, dois cedros e mais duas árvores pequenas. A palmeira foi abatida porque tinha sido atingida pelo escaravelho inimigo desta espécie. O cedro grande foi deitado abaixo porque estava a obstruir a claridade e visibilidade dos habitantes do prédio, e porque estava doente e como tal, já estava a deixar cair as ramadas para o passeio e para a via. As restantes árvores eu própria também não percebi o seu abate.
Aquilo que não entendi foi, o porquê do abate das árvores boas para depois vermos o interesse da Junta em colocar outras árvores; e o porquê desta tarefa ter sido feita na Quinta-feira passada e hoje, Terça-feira, ainda vemos o arbusto de raiz fora da terra (na segunda foto) no mesmo sitio onde o deixaram. Talvez a Junta esteja à espera que este seja infectado por algum bichinho para assim o plantar. Isto sim, é vergonhoso e lamentável.
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