Este fim-de-semana senti que os momentos e as pessoas que conheci ao longo da minha vida académica "não se perderam no tempo".
Este fim-de-semana veio comprovar isso mesmo.
Sexta-feira foi marcada pela ansiedade. Estava na camioneta com destino a Lisboa e o meu estômago, cada vez que me lembrava do motivo aquela viagem, contorcia-se todo. Tinha calafrios. Senti que os momentos que vivi nos meus anos de Universidade não se resumiram só a um determinado período de tempo. Eles prolongam-se até hoje sendo agora vividos e recordados com nostalgia e de forma muito feliz. Nessa viagem senti que Évora estava a tornar-se muito grande e que foi graças a ela que conheci pessoas maravilhosas e que sei que posso contar com elas tanto para os bons como para os maus momentos.
Foi no Sábado à noite, pelas ruas de Alfama, no centro de Lisboa, que se ouviram as músicas da Tuna da Universidade de Évora e dos Seis-Tetos cantadas por um grupo de pessoas que independentemente do lugar onde estavam sentiam de forma intensa aquilo que estavam a cantar.
Há muito que não as cantava ou ouvia, apenas recordava-as.
Ontem cantei-as bem acompanhada e bem alto, até quase desafinar.
Porque gosto.
Porque me sabe bem.
Porque me sinto feliz.
"Quando tarda o sol já dorme fica a noite escura e fria
Há em mim uma saudade que eu há muito já sentia
Saudades da capa negra
Serenatas ao luar
Que fazia às donzelas até a manhã chegar
Que fazia às donzelas até a manhã chegar
Foi sonho para aqui vir estudar
Era o curso meu desejo
Por partir eu estou a chorar
Partir de ti, Alentejo
Lágrima perdida no rosto
Oh noite sem ter o luar
São expressão neste meu desgosto
De Évora ter que deixar.
São expressão neste meu desgosto
De Évora ter que deixar.
(...)"
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