quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Fases da vida


Há momentos chave, aqueles momentos onde o mundo cai, onde quem sou fica perdido, onde a desilusão e a descrença reinam.
Há momentos onde as dúvidas e incertezas prevalecem e onde a angustia tira o lugar da certeza.
As lágrimas caiem, o sorriso desaparece, entra com elas os nervos que a muito custo tento banir.
Na janela a chuva cai e eu caiu com ela.
Ao longe a nuvem vem com toda a sua segurança e eu fujo dela.
Fugir, não é a melhor solução, mas por vezes aquele que melhor vejo.
Agarrar quem me quer bem é sempre a melhor das hipóteses, mesmo que seja aquele que mais vai sofrer.
Agarrar bem, para não fugir, para não magoar.
A fonte que me seca a lágrima, que me consola, que conforta a minha alma.

Mais um dia veio.
A chuva deu lugar ao claro dia, e as nuvens apesar de presentes, não têm a mesma confiança.
O pensamento afasta os males e a conforto fica tentando sempre fazer-se presente.
O vestígio da noite passada ficou, mas o tempo dita a sua sentença aos poucos, as horas a passar tornam os dias diferentes.
Ando na calçada da vida com um passo de cada vez para não tropeçar, para evitar a queda, para evitar a dor.
Porque quando caiu, é como se a dor da passada queda ressuscitasse e marcasse presença no presente. 
Um passo de cada vez, devagar, para sentir, para ser sentida.
Um passo de cada vez para olhar, para reconhecer e ser vista.
Um passo de cada vez como modo de vida.
Um passo de cada vez não fazendo dos momentos vividos os momentos do meu presente.

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