quarta-feira, 31 de março de 2010

As minhas mãos



Como me doem
Como estão feias
Como as sinto inchadas.
Assim estão as minhas mãos depois de algumas horas na cozinha, ora a cozinhar, ora a lavar loiça.
Pequenas feridas ardem quando sentem água quente, as unhas estão desiguais e as peles brancas e fortes!
Tenho saudades de as ver brilhar, de ter as unhas compridas e de as pintadar com um verniz colorido.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Que belíssima Páscoa!


Será que a Páscoa em Évora é assim tão má?
Penso que não até porque é essa a Páscoa que me reserva. Vou passar este ano por terras alentejanas enquanto trabalho entre pedidos e pessoas que optaram pelo mesmo que eu.
O próximo fim-de-semana será de descanso, saudades e nostalgia, por não estar aí, por não estarem aqui, por não partir...
Mas nem tudo são más notícias, vou ter a residência só para mim, vou pôr o estudo em dia, vou começar a pensar na queima e no meu dilema que por enquanto ainda me deixa dormir!

Contento-me por ir a um lugar desconhecido, um jardim que gostei e poder trazer para junto de mim algo que me faça recordá-lo!

Holland Park

sexta-feira, 19 de março de 2010

De volta!

Russia Dock Woodland, um parque que como observamos preserva as linhas de água no seu estado natural
Tower Bridge
Piccadilly Circus à noite
Notting Hill e a sua tranquilidade
Uma rua de Notting Hill onde existe um mercado de antiguidades
Holland Park, situado perto de Notting Hill
Vista para o Big Ben
Regent's Park, situado perto do Museu de Sherlock Holmes
Continuação do Regent's Park
Hyde Park com a movimentação espontânea dos animais que por ali passam
Uma das extremidades do Hyde Park
Stonehenge
Camen Market's com as suas lojas extravagantes e feiras de bairro
Covent Garden

As aventureiras depois de estarem novamente em terras portuguesas!


Depois de uma grande aventura em Londres estou de volta!

Muita ginástica fizemos para ver tudo aquilo que tínhamos programado. Começámos pelos lados de Greenwish, fomos até Notting Hill, passando pela Piccadilly Circus, pela Camen Market's e pelo Covent Garden.

Uma cidade em constante hora de ponta consegue, no entanto, ser bastante organizada. Com as pessoas sempre a moverem-se de um lado para o outro quase sem tempo para almoçar, com os carros a existirem em minoria dando lugar aos Bus e aos táxis e com as bicicletas intercalarem-se com os transportes em movimento, tudo ali se entendia sem grandes apitadelas ou aflições.

Muito conforto sentimos nos transportes públicos. Com um passe semanal, lá fomos nós de um lado para o outro sem nos preocuparmos se ficava longe ou não pois sempre havia a hipótese de regressar sem implicar o nosso esforço físico.

Monumentos como o Big Ben, a Tower Bridge, a Tower of London, a Westminster Abbey, surpreenderam-nos pela sua grandiosidade, robustez e beleza. Uma centralidade merecida que deles faziam símbolo, fundo de cartaz ou mesmo um pano de uma tarde de paz.

Os parques, cada um com as suas formas ou temas, proporcionavam actividades permanentes, passagens rápidas e felicidade que emanava pela harmonia sentida naquele profundo verde onde belíssimas e ricas portas separavam-nos da confusão profunda. Animais sem medo dos passos dos homens, as crianças imparáveis brincando com tudo, as corridas em qualquer hora do dia e diversas aulas davam vida a todos eles. De entre alguns passámos pelo Hyde Park, Holland Park, Green Park, Regent's Park e o Saint Jame's Park. Uma fuga à poluição e à confusão faziam destes espaços lindos paraísos de tranquilidade e naturalidade infinita. Sabiamente cuidados, tudo ali não estava abandonado, tudo ali estava protegido, quer por quem os habitava, quer por quem os usufruía, quer ainda por quem realmente tinha isso como objecto de profissão.

Um dos pontos altos desta nossa estadia por Londres foi a nossa passagem pelo Stonehenge que, numa dúvida suprema oferecia-nos a paz, a tranquilidade num final de dia espectacular. Ali, inspirava-se magia por quem sentiu aquilo e expirava-se dúvida da tamanha sabedoria naquele lugar exposta.

Feiras apelando ao punk, às drogas e outras relembrando tempos passados foram lugares onde não resistimos em deixar uma pequena parte da nossa pequena fortuna.

Regressámos a casa com tristeza de deixarmos aquela cidade linda, apesar de confusa, calorosa, aliviadas por irmos para a nossa casinha que ansiava pela nossa pessoa.

Nunca tememos os becos, não vimos chungaria e nada de reclamações em relação aos ingleses que sempre nos ajudaram quando precisámos.

Adorei Londres!


terça-feira, 9 de março de 2010

Publicidade da ABI

Uma vírgula muda tudo!

"Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..

Ela pode desaparecer com o teu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!"


domingo, 7 de março de 2010

Será que deixei de perceber de cozinha?


Depois de quatro anos fora de casa, sem passar fome e sem recorrer constantemente a restaurantes ou à comida da mãe, deparo-me com uma realidade desconhecida: Sou um desastre na cozinha.
Pois é, no fundo, mas bem lá no fundo, gosto de cozinhar, não por uma necessidade mas sim por prazer, porque me apetece ou até porque quero experimentar e inventar um pouco.
Cozinhar para mim para só eu comer aquilo que eu faço é maravilhoso porque não corro o risco de alguém dizer-me que o comer está péssimo.
Mas então porque é que eu estou com esta conversa?
Então aqui vai: agora que estou a trabalhar no mundo da restauração, de vez em quando sou deixada sozinha entre as quatro paredes da cozinha tento que fazer, ora doces, ora refeições. Bem... até aqui tudo bem, o problema está em que rara é a vez que aquela divisão não cheira a queimado.
Eu sei que não é só a mim que acontece, eu tenho consciência disso, mas este assunto começa a deixar-me em baixo! Pensei mesmo que tinha jeito para a coisa! E sinceramente quero continuar a pensar que tenho! Para isso vou mudar de atitude em relação a isto.
O que vou fazer?
Uma coisa de casa vez, enquanto estiver a fritar batatas não coloco um bolo no forno.
Vou começar a observar as constantes reacções dos alimentos em contacto com o calor.
E tenho dito!

sexta-feira, 5 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

Palavras que nos sabem tão bem


Há palavras que nos sabem bem ouvir, que nos enchem a alma, que por elas vivemos.
Há palavras que nos chamam, que desejamos, que necessitamos e que completam o nosso dia.
Palavras essas que nos fazem sorrir, chorar e até ver este mundo como perfeito.
Há palavras que deviam fazer parte do nosso dia-a-dia, que por elas devíamos batalhar, que sem elas a vida não é mais do que uma mancha cinzenta.
Há palavras duras que nos fazem bem ouvi-las, que nos querem bem, que sem elas perdemo-nos.
Há ausências de palavras que nos torturam mais que as próprias palavras.