segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

É assim...


Não quero desfasar-me de um passado que poderia ter sido melhor.
Quero aprender com ele. Quero revive-lo no meu pensamento, nem que seja para me castigar.
Passou! Um dia a viver orientando a minha cabeça para algo distante, algo que não está ao meu alcance.
Hoje, esqueço e... adiante. Há mais coisas a serem feitas para não voltar a cair na mesma tentação.
Agarro-me ao que sinto e sigo, sigo um caminho que só a mim me pertence e é só com ele que neste momento quero estar...


Abandono -----> Recordo -----> Aprendo


(Foto de F. Monteiro)

domingo, 28 de dezembro de 2008

Sr. Neruda



"Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e dois corpos
por um só mel derrotados.
Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia
corre pelos tênues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo noturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio."
Pablo Neruda

(Foto: Ricardo Fernando Silva)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Um novo Pai Natal

Este ano, pela primeira vez, tive na pele do Pai Natal.
Mal a família viu a minha presença, só se ouvia a voz das crianças a gritarem: "Olha o Pai Natal!!", com ar muito admiradas.
Antes de suar o "oh oh oh", a vontade de rir era tanta que no primeiro instante da minha boca não saiu nada!
Ver a cara de espanto daquelas crianças, dava-me vontade de rir, por outro lado, transmitia-me um sentimento de satisfação tão forte que esqueci logo o nervosismo.
Muitas perguntas fiz e só obtive uma única resposta: "Siiiimmmm..."
Com a presença do Pai Natal uma nova alegria pairou no ar, muitas fotos com as crianças tirei, muitos abraços e beijos recebi, muitas prendas dei, um sorriso nos lábios ofereci a cada membro da família.
Momentos lindos para serem repetidos... Quem sabe...

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Amote



"Não percebo porque é que "amo-te" se escreve desta forma: amo-te! Quando deveria ser desta: amote. Amo-te não deveria ter hífen ou travinho, como se costuma dizer. O amote de que falo, este, não deveria ter espaço, para que nenhuma letra respirasse, para que ficasse ali as letras apertadinhas de forma a não caber mais nenhuma. Porque a verdade é que, quando se ama alguém, não cabe mais ninguém ali. Porque não há espaço. Porque as letras estão ligeiramente sufocadas por essa palavra que se deveria escrever apenas e só assim: Amote." - Fernando Alvim.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Vidas duras...


Caminhando nas ruas de Lisboa, muitas pessoas se cruzam, se tocam, indo cada uma à sua vida, aos seus afazeres.
Muitas lojas estão abertas, muitos efeitos nos rodeiam e muita luz paira no ar.
Tudo anda para a frente, indo encontrar o futuro. Não um futuro longínquo ou impossível, é um futuro que se encontra ao virar da esquina. Viramos, e lá está ele.
Muitas são aquelas pessoas que não tencionam encontrá-lo, apenas querem viver o presente, somente o presente, sem querem pensar ou imaginar o futuro.
Pessoas novas, pessoas velhas, homens ou mulheres, muitas são afectadas por essa incapacidade de planear algo para as suas vidas.
Não é por não gostarem, ou por não querem, ou ainda, por não lhes apetecer. A razão é apenas este: Não podem, não conseguem, têm medo.
Pessoas que vêm a vida a passar-lhes mesmo em frente dos olhos e não podendo fazer nada, limitam-se a baixar a cabeça e deixá-la ir.

Viver, que sacrifício tão grande...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Este texto é para ti

Hoje os meus olhos estão em ti
Hoje quero proteger-te

Não te vou sufocar
Não te vou beijar

Precisas do meu carinho
Precisas do meu apoio
Precisas do meu abraço

Conta comigo
Conta com todas as minhas palavras
Conta com todo o meu carinho
SEMPRE!!!

Amo-te muito muito...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Um simples abraço


Hoje quero um abraço
Não daqueles banais
Não daqueles frios
Quero um abraço...!

Que sinta o peso dos teus braços sobre os meus ombros
Que sinta o teu cheiro a invadir a minha alma
Que sinta os teus dedos a cravarem a minha carne
Que sinta mais o teu corpo que o meu

Um abraço que me faça sentir única
Um abraço que me aqueça o coração
Um abraço que me faça sentir segura
Um abraço amigo

domingo, 14 de dezembro de 2008

Uma árvore de Natal

Ontem recordei um dos momentos que marcaram a minha infância.
Desde que vim para Évora, umas das coisas que nunca mais fiz foi a árvore de Natal. Normalmente é porque nesta altura só vou a casa lá para vintes de Dezembro.
Mas ontem ocorreu o que nunca me tinha passado pela cabeça acontecer: FAZER uma árvore de Natal.
Estava eu em casa da Licas com mais quatro raparigas, quando começámos a encher caixotes com livros e a colocá-los uns em cima dos outros de modo a representar uma pirâmide. De seguida pintámos os caixotes de verde, colocámos uma estrela amarela feita de cartão e colorimos a árvore com lacinhos e pintinhas de várias cores.
Eis uma obra de arte pronta – A NOSSA ÁRVORE DE NATAL!
E assim (re) vivi momentos de há três anos não vivia!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Pó-de-arroz

Quando olho para o meu estojo de maquilhagem lembro-me logo desta música. Para além de não o usar muito, falta-lhe o pó-de-arroz.

Não sei se usaria esta ferramenta de beleza, provavelmente não, mas não deixo de ficar intrigada pela sua falta!

Tenho que pensar em adquiri-lo para ver se fico ainda mais bela!!

LoL

sábado, 6 de dezembro de 2008

Uma tarde escura


Hoje é dia de ficar em casa!
Tomo banho para me manter em casa?
Olho através da janela do meu quarto e vejo cinzento.
Não vejo o Sol, não vejo os pássaros, não vejo o calor de uma tarde de Sábado...
Olho para os pormenores da paisagem que se reflecte.
Árvores que já começam a demonstrar a cor da estação de Outono, a pintura aberrante da pista de skates, pouco movimento, escuro...
Olho um pouco mais para o lado e vejo desenhos.
Esborratados mas lindos, que demonstram jardins privados do século XIV.
Não os apago.
Passo-os a caneta e ficam salpicados de tinta.
Deixo estar!

Levanto-me...
Oiço um pouco de música... Manuel Cruz.
São 17h e já está quase, quase de noite.
Mantenho a janela aberta para poder ver o que se passa lá fora e não o que está cá dentro.

E assim permaneço até me fartar!!


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Uma pausa...


Sentada e sem ninguém à minha volta, penso nos momentos percorridos, nas pessoas que neste planeta vivem, recordo os comportamentos que tenho, que tens, que nós todos temos. Marcam um tempo, ficam em nós e são fatais. Comportamentos esses que mostram o nosso estado de espírito, mostram a nossa pessoa, mostram a nossa envolvência.
Não julgo ninguém, quem sou para o fazer. Não aponto ninguém porque cada um é como cada qual.
Como diz Maria Keil: “Todos somos um mundo à nossa maneira.”

Coloco-me num café, observo o que me rodeia: pessoas nos seus mundos, no seu quotidiano, acompanhadas, sozinhas… enfim… todas em diferentes situações.
Adoro ver as suas atitudes, gosto de ver as suas reacções, os seus gestos, as suas caretas. São elas mesmas. Estão a ser observadas, “vigiadas”, sem o saberem.
Não julgo! Limito-me a mirar, a deixar fluir a minha imaginação para junto das suas vidas, a tentar perceber o porquê de cada gesto e, a partir daí, idealizar as suas vidas.
Feio? Bisbilhotice?
Não!
Chamemos-lhe antes… Ter um visão recreativa sobre as tudo o que observamos!

Hoje em dia, faz falta olhar para as pessoas, deixarmos de parte o que somos e passarmos a voar para junto das outras pessoas. Nem que seja apenas em pensamentos.
Por vezes sabe bem passar assim um momento.


(Foto de Ângelo)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Frio... Quente!


Está frio…
A lareira está acesa…
A cor é viva…
O quente invade os meus pés e a minha cara…
A minha alma descongela e flui...

Flui para um mundo distante, longínquo e abstracto
Sem nexo, sem começo nem fim.
Aqui sinto-me bem.
Aqui estou num momento de descontracção, sem justificação e sem responsabilidade.

Não quero abandonar este mundo
Mas algo me puxa!
Olho para o lado,
Vejo o computador e livros
Não quero ir até eles
Quero ficar!!
(foto de Victor Neto)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Eu e as minhas afilhadas Rita e Rita.

Um dos momentos de grande gargalhada, a pega ao touro!

Um dos nossos touros...


Bem... para termos estas actividades todas temos que nos alimentar..Momentos felizes aos som das nossas melodiosos vozes...



Chegou o momento da preparação da aula de praxe. Capacetes postos e aqui vamos nós!! Vamos fazer ovelhinhas, pastor, porquinhos, poias, moscas, fantasminha... Enfim.. Tudo só para os nossos bixinhos!!!

Como eles ficaram bonitos e contentes com estas vestes!!


E nós aqui, a tremer de nervos pois tinha chegado o momento de os bixinhos escolherem os seus padrinhos!!



MOCHE!!!!



Aqui estão os pés dos bixinhos, chegou o ultimo dia, dia 1 de Novembro....



domingo, 23 de novembro de 2008

Entrevista


Há dias saiu no jornal “Metro”, uma entrevista com o Fernando Alvim onde abordava o seu mais recente livro. O nome que intitula esta junção de crónicas e episódios, não tem nada de anormal se considerarmos que vem do famoso Alvim. Assim sendo, aqui vai o nome:
“50 Anos de Carreira”.
Desde que leio as reflexões do Alvim neste jornal às quintas-feiras, gosto cada vez mais dele. Simpatizo com a sua escrita, sem grandes rodeios, indo directo àquilo que lhe interessa.
Talvez ainda compre o seu livro, não para o ter na minha mesa-de-cabeceira, mas sim na mala onde possa ler, por exemplo, numa aula que, a meu ver, é pouco interessante, ficando assim mais bem disposta (quem sabe...)

Mesmo ao longo desta entrevista dei algumas gargalhadas com as respostas dadas ao jornalista:
Bruno Martins: “Uma coisa curiosa na sua escrita são as analogias. Por exemplo: “Os ciúmes são como o conflito israelo-árabe: existe, é muito aborrecido, mas não tem solução à vista.” São muitas comparações.
Alvim: “Sou considerado o campeão das analogias.”
(…)
Bruno Martins: “Regressando ao livro. Quais as expectativas para “50 anos de carreira”? Um livro de cabeceira para as senhoras terem a sua foto ao lado da cama, ou algo mais?”
Alvim: “Espero mais. Espero que os senhores também me possam ter na mesinha de cabeceira. E os filhos também. E os namorados dessas crianças também… queria ser uma espécie de Noddy dessas crianças e uma espécie de Papa João Paulo II desses pais…”

Querem saber mais? Estejam atentos ao jornal “Metro” às quintas-feiras. Não há o porquê de não o lerem visto que, surpreendentemente nos dias de hoje, este jornal é de borla!
(Não sei quem é o autor da foto)

sábado, 22 de novembro de 2008

O depois....


São 17h de uma tarde despida de nuvens onde o Sol mostra aquilo que vale.
Eu, em frente ao computador, a descansar desta longa semana composta por noitadas a trabalhar.
Semanas que desejo que acabem mas que, ao mesmo tempo sabem bem. Não porque adore o trabalho e que não prefira ir curtir com os amigos. Não!! São estes períodos aflitos que nos dão forças para mais tarde aliviarmos a nossa alma com uma bela ramboia, fazem sentido porque nos unimos ainda mais, porque sem elas não existem os stresses, não existe esta união, não existe esta entreajuda.

Gosto destes momentos de grande trabalho, momentos difíceis que sem eles, tudo o resto não faz qualquer sentido!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Continuando...

É uma da manhã e eu a ir para a cama.
Vou descansar para amanhã estar apta para mais um dia cheio de stress.
Não quero!!
Quero uma ideia de génio AGORA!
Hum... Vou tentar amanhã!!
Para além de partilhar a angústia que sinto, fica aqui os meus agradecimentos às pessoas que estiveram comigo este fim-de-semana (foi muito bom!), à viagem maravilhosa que fiz no Domingo (muito atribulada, mas engraçada), e também às pessoas que têm aturado este meu feitio complicado (são uns anjos)!!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ai Projectos...


São estes momentos que nos deixam loucos, stressados e com mau humor. Momentos onde o tempo parece ser pouco para tantos pensamentos, tantas informações que, por sua vez, temos que juntar e transpor para uma proposta.
O tempo vai passando, as aulas vão passando e professores sempre à espera do nosso dedo no ar.
São estas conversas que são decisivas, que nos esclarecem e que nos encaminham para a proposta final.

Amanhã tenho uma dessas aulas!
Como está a minha situação?
Estou a andar lentamente. Na sexta-feira passada, tive a minha primeira proposta mas foi pouco sucedida, pois ao passar para o terreno existente, as cotas e as inclinações não eram as mais apropriadas. Tive que voltar a pegar nas minhas ideias e nalgumas coisas que estavam interessantes na proposta inicial e fazer outra tentativa.
No meio de tantas hipóteses possíveis, hei-de encontrar alguma que satisfaça as minhas necessidades!
Tenho que encontrar um equilíbrio perfeito entre a minha análise espacial, com o já existente e com aquilo que eu vou propor.
Não é fácil, é aliciante, mas já estou ansiosa por essa harmonia!
É já amanhã essa aula e eu ainda tenho muitos metros quadrados por solucionar.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008



Estou viciada!!
Desde sexta, enquanto trabalho para projectos, muitas músicas passam no meu Windows Media Player. Mas, há uma que marca quando toca.
Gosto de ouvi-la, gosto de senti-la, sabe bem parar tudo o que estou a fazer só para a escutar:

Por exemplo... Agora estou a ouvi-la...!! (=

sábado, 8 de novembro de 2008

Bolha


Amizades criadas, uma família…
Unimo-nos nos momentos mais banais, estamos juntos nos momentos de alegrias, apoiamo-nos nos momentos de maior tristeza. Sabemos o que se passa no íntimo de cada um e temos as mesmas vontades: Estarmos juntos e ver toda a gente bem!
Uma família que tem altos e baixos mas, como uma forte bolha que somos, moldamo-nos às mudanças sentidas voltando, aos poucos e poucos, à nossa forma de origem.
Vamos juntos para todo o lado e só assim as aventuras fazem sentido.
É bom, e sabe bastante bem, olhar para as pessoas que estão ao nosso lado, e sentir alívio, sentir que ali está um porto abrigo e que ali nada me faltará.
É essa a família que eu escolhi, que eu encontrei em Évora e que eu espero que dure uma eternidade!
Dizem que os amigos são a família que nós escolhemos, pois bem… eu já tenho a minha família escolhida…
BOLHA!!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Grande Jorge Palma

Um dos meus videos favoritos... Mistura de abraços, sorrisos, olhares, música, amizades, complicidades... Tudo o que é essencial para uma vida sã...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Visita de estudo a Tróia











Ontem fui até Tróia com a minha turma numa visita de estudo. O objectivo era observar e compreender o mais recente projecto de Arquitectura Paisagista desenvolvido pelo atelier EDRV.
Mal saímos do barco alface vimos muros de contenção de terras feitos de ferro de cor de ferrugem. Lindos!
Tivemos que apanhar um autocarro até chegar à zona desejada.
Era tudo ainda muito recente, as obras ainda existiam e o cheiro a novo ainda pairava no ar.
Juntamente com o nosso professor de matérias, lá andámos a percorrer o espaço e a vasculhar tudo aquilo que nos saltava à vista. As formas orgânicas das linhas e as modelações de terreno foram aquilo que mais predominou no projecto.
Sendo uma zona onde o usufruto será mais no Verão, todas as necessidades eram respondidas naquele projecto: as zonas de estadia e de recanto, de diversão, de desporto, de refresco… Tudo muito bem resolvido e organizado.
Todos nós adoramos aquela ideia.
No entanto houve muita coisa que nos saltou à vista em termos de imperfeições de execução, que foram o encaixe dos bancos no relvado, os tapetes de relva que estavam mal encaixados…
Outros aspectos que também verificamos foram os luxuosos materiais e os seus magníficos acabamentos.
Tudo ali era perfeito, tudo ali era caro. Cada passo que dávamos era ouro que pisávamos.
Não percebo o porquê daquela exigência toda e, principalmente, daqueles materiais caríssimos!
Começo a pensar que este país está a ser projectado para a vinda dos “bifes” no Verão, pois os portugueses estão cada vez mais pobres e, como tal, não têm capacidades económicas para viverem um dia que seja naquele lindo espaço.

Pensamento


"Aquele que ao longo do dia é activo como uma abelha, forte como um touro, trabalha que nem um cavalo e que ao fim da tarde se sente cansado que nem um cão, deveria consultar um veterinário, porque é bem possível… que seja burro."


(Foto de António Brito)

domingo, 2 de novembro de 2008

1 de Novembro

Ontem foi um dia bastante especial para todos nós.
Houve um protesto por parte dos alunos com vista a acabar com as proibições constantes do Reitor em relação às praxes da Universidade de Évora, a Sara assinou o livro dos Notáveis, os bichos foram capados, houve a sapatada e estes passaram a ser denominados por caloiros.
O primeiro acontecimento correu muito bem! Todos estávamos presentes ao meio dia em ponto, com capas postas em forma de protesto, nos Claustros da Universidade. Cartazes e faixas, transmitiam o nosso pensar, pois o silêncio era a palavra de ordem. Quase às 13h, professores e reitores saíram da sala principal dos Claustro prontos a pisarem as capas dos Notáveis, mas qual não é o seu espanto quando, em vez de capas no chão, têm centenas de costas viradas para eles. No decorrer da passagem desta gente toda, vimos professores nossos que fixaram a nossa cara, ou para nos dizer adeus, ou para xingar. Destes só lamento, pois aposto que nunca viveram as praxes de Évora, não sabem o que neste seio existe e provavelmente muita dor de cotovelo há naquele coração.
Mas, felizmente correu tudo bem e o Reitor ficou bastante indignado com aquele acontecimento. Objectivo cumprido!
Por volta das 15h, assistimos a mais um grande acontecimento. A Sara iria assinar o livro dos Notáveis. Foi uma cerimónia curta mas muito bonita numa das salas dos Claustros. Logo depois os bichos molharam o seu pé direito na fonte e começaram uma longa caminhada nas calçadas de Évora apenas com meias nesse pé.
Às 20h apercebi-me de uma coisa: faltava cerca de 4horas para os bichos deixarem de ser bichos!! OHHHH
Mas esse momento foi vivido ao máximo. Muitas dedicatórias foram trocadas, muitos copos foram deitados a baixo, muitos sorrisos confidentes, algum choro e muita convivência.
Gostava que voltasse a ser dia 15 de Setembro para que este tempo todo voltasse a repetir. O conhecer, a aprendizagem, os laços que se vão criando, tudo isto é magico, tudo isto merece ser vivido mais que uma vez.
Por fim chegou a sapatada. Um momento de apanhar com os sapatos de mil e tão caloiros. Capas a proteger a cabeça e lá fomos nós para o meio da batalha para descobrir onde andavam os sapatos dos bichos.
Houve muitos que não os encontraram, ou seja, vai haver muitos caloiros a acabarem alguns anos mais tarde o seu curso. Espero que o tempo gasto seja bem aproveitado noutras coisas igualmente interessantes!

Agora que já não são bichos, vão sentir muitas saudades desta constante convivência e só espero que nos jantares que fizerem, não se esqueçam de convidar os vossos senhores estudantes!! d=
Boa Sorte e que nós estejamos sempre juntos nos bons e maus momentos!
*

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Pessoas sós


Vida citadina, uma escolha, uma obrigação, seja o que for.
Percursos rápidos onde, por vezes a nossa única companhia, ou é um lápis e uma folha, ou um livro. Pessoas que se cruzam todos os dias, que se dirigem para a mesma zona mas que não se conhecem, não se falam. Cada uma segue o seu caminho sem hipótese de parar para trocar meia dúzia de palavras.

Não tenho saudades desse tempo, dias que para chegar a casa tinha que apanhar metro e comboio. Manhãs ensonadas onde a minha única companhia foi um livro. À minha volta, gente com os seus saquinhos do almoço, prontas para ir para o trabalho, com um ar tão triste que se fazia notar nas suas caras sem qualquer dificuldade!

Na teórica o transporte público devia ser para os seus utilizados falarem, conviverem, sorrir, chorar, enfim…. A partir do momento que o ser humano não sabe, não consegue viver fora de uma sociedade, era lógico que nesses momentos houvesse diálogo, houvesse interacção. Mas não! Na prática existe tudo menos um convívio!
É triste esta realidade, onde toda a gente se fecha numa bola tão forte que poucas pessoas têm a oportunidade de a furar e ver o que se esconde no seu interior.
Não gosto da vida citadina, bem-vindo ao campo!!


(Foto de Ana Franco)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008



Ontem foi um dia bastante importante para as nossas vidas mas, principalmente para a tua: Foste eleita Notável!!

Uma pessoa que admiro por:

Ter sempre um sorriso pronto a ser mostrado

Um riso lindo

Uma amiga sempre pronta para os seus amigos

Uma pessoa calma mesmo nos momentos de grande stress (hum... poucas são as vezes que isto não acontece)

Sonhadora

Que leva a vida numa brincadeira admirável mas que apesar disso, muito responsável

Uma pessoas extremamente eléctrica

Uma pessoa sempre pronta a surpreender

...

Por isto e muito mais,

PARABÉNS!!!!

Parabéns por seres quem és, Parabéns por seres Notável.

Amo-te

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Vamos ouvir as Tunas!

"Oh! Évora do Sol,
Do meu calor.
Onde eu conheci
o meu amor.
Eu te amo...

Tens saia longa e branca,
Da Terra ao Céu.
E os teus cabelos loiros
Que o Sol te deu.
Oh! Évora...

Nas noite de luar
Vens à janela,
Coimbra fica a ver,
És a mais bela
Das cidades...

No frio do Inverno
Deixas-me só
Vagueio por aí,
À espera do Sol.
Oh! Évora...

No Alentejo
Tens teu lugar.
E para sempre
às de ficar.
Dentro do meu
Coração..."

Música sentida e cantada pela Tuna de Évora, Seistetos.
Hoje, a minha turma vai traçar a capa ao som das Tunas de Évora.

Vai começar a Recepção ao Caloiro!
Com muita pena minha, será a última vez que os vou ouvir com os meus bichos.
Isto porquê?
Porque no Sábado deixarão de ser bichos e passarão a ser chamados de caloiros!!
Ohhh...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Muito tempo longe de casa..


Saudades de casa.
Saudades da família.
Saudades dos amigos distantes.
Saudades das pessoas que deixei para trás.
Saudades do meu quarto.
Saudades das noitadas no Bairro.
Saudades de ver os meus amigos a tocar.
Saudades da comida da mama.
Saudades das implicâncias do meu irmão.
Saudades do Irish.
Saudades de um snooker.
Saudades do bebe.
Saudades da terrinha.
Saudades daquelas noites especiais.
(foto de Marta Ferreira)

sábado, 25 de outubro de 2008

Jardim Amália Rodrigues





Na quarta-feira passada, estava eu na minha aula de Vegetação II, quando a professora referiu no seu discurso o Jardim Amália Rodrigues, em Lisboa. Nesse momento, veio-me logo à mente a minha passagem por lá este Verão com a minha mãe.
Um jardim projectado pelo GRANDE Arquitecto Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles que hoje em dia está ao abandono por parte das pessoas que cuidam da sua manutenção. Um espaço que pelo que reparei tem bastantes utentes que o visitam, ou para tomar um café no estabelecimento que existe junto ao lago, ou para fazer alguma actividade física, ou ainda, para fazer uma pausa no seu quotidiano sentando-se num dos bancos.

Pelas fotos, repara-se no estado do lago que, por estar ao Sol todo o dia vai, pouco a pouco desaparecendo, e com isso os peixes vão morrendo e a própria beleza do lugar fica comprometida. Olhando para a água, nota-se o lixo acumulado ano após ano e que fere com gravidade a vida dos seres vivos que ali vivem e que fazem daquele lago a sua casa, o seu meio, o seu mundo.
Vendo outra foto observamos um caminho pedestre que apenas no leva a um arbusto. Sendo assim, como é que eu passo por uma Lantana camara se esta espécie faz uma barreira, quer física, quer visual?
Já sei!!!!
Não passoooo!!
Pois bem, uma realidade pouco agradável quando se quer desfrutar da Natureza na sua mais pura essência sem obter qualquer tipo de obstáculos.
Um lugar com grande potencialidade onde podemos possui-lo de diversas formas mas que, devido à sua péssima manutenção, acaba por ser um espaço que nos deixa pouco à-vontade no meio daquela secura toda que, em vez de estarmos num jardim, pensamos que estamos num deserto.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Uma noite em Coimbra





Estava eu, a Mónica e a Sara na nossa aula de Projectos II no dia 22.10.2008, quando a Sara disse:
“Estava numa de ir hoje ver a Serenata a Coimbra!”
E alguém respondeu:
“Hum… Vamos?”
Outra insistiu:
“Bora?”
Conclusão:
No momento seguinte telefonámos ao Márcio para trazer o seu saco-de-cama, saímos mais cedo dessa aula, fomos trajar, e às 17h lá estávamos nós de volta ao Quartel para a nossa última aula do dia. Às 18h arrancámos para Coimbra.
Quatro amigos que se puseram a caminho dessa cidade alegres da vida, a cantarem as músicas das praxes trazendo sempre Évora no nosso coração.
Três horas e meia foi o que bastou para termos a grande cidade de Coimbra em frente aos nossos olhos. Só estudantes trajados nas ruas, a cantarem e a beberem entusiasticamente preparando-se, emocionalmente, para mais uma longa noite.
Fomos jantar a um restaurante onde nos apercebemos ser um dos predilectos para os jantares de grandes grupos académicos.
Já jantados, lá saímos com uma cervejinha na mão prontos para começar uma imensa subida até à Sé.
Fartos de apanhar com vento na cara e com os pés exaustos, chegámos finalmente! Cheios de cede, pedimos informações sobre a localização de uma tasca o mais próximo possível do sítio onde nos encontrávamos.

Por fim… a Serenata começou!
Capas traçadas,vozes e instrumentos afinados, tudo pronto para se cumprir mais uma tradição. Instrumentos primeiro, vozes depois, entrando, melancólicamente com milhares de ouvidos a escutarem aquele ritual tão bonito e tão emocionante.

Estudantes que tiram dos seus guarda-fatos os seus trajes para viverem mais um momento de tradição académica juntamente com outros estudantes vindos dos vários pontos do país. Todos juntos por este grandioso mas ao mesmo tempo tão acolhedor mundo académico.
Ninguém se conhece, mas… Que importa? Fala-se com toda a gente sem qualquer problema, rimo-nos em conjunto e conversamos com toda a gente.
Foi isto que senti quando me encontrava no meio de toda aquela gente tão bem vestida e tão linda!

Quando a noite acabou, fomos todos para casa do Abel, o namorado da Sara, e no dia seguinte por volta do 12:30 estávamos prontos para o difícil regresso à nossa cidade Évora.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O poder de uma viola


Junto ao nosso corpo sentimos as suas vibrações.
Os nossos dedos brincam naquelas seis cordas sempre prontas a darem-nos ritmo.
Músicas alegres, tristes, calmas ou até de carácter pimba, tudo isto ela sabe. Consegue adaptar-se a cada momento, e qualquer situação lhe é bem-vinda.
Instrumento de acabamentos formais que se encontra com todo o tipo de pessoas, em qualquer condição e em qualquer estado de conservação. Tudo é válido quando o ânimo por ouvi-la é maior do que qualquer outra coisa.

Músicas reconhecidas, letras sabidas e cordas afinadas, são momentos que atraem pessoas prontas a divertirem-se, a cantarem e partilharem cumplicidades.
É esse o espírito de uma noite ao som de uma viola. Gente de todas as idades se reúne à sua volta para escutar o seu cantar e as suas histórias.
Quero voltar a tocá-la e senti-la junto a mim, sentir novamente as suas oscilações de uma breve música.
Quero tornar um momento banal num momento especial!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Paragem no tempo


Acende-se um cigarro!
Olhamos ao nosso redor!
Liberta-se o fumo!
Vem-nos mil e um pensamentos à cabeça!

Como vais tu, vida?

domingo, 19 de outubro de 2008

Comunicar por vezes é complicado!!!

"Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.", José Saramago.

Não vou falar, não vou chorar, não vou gritar, não vou expressar qualquer sentimento...
Há dia em que tudo isto faz todo o sentido... Para quê comunicar se não me compreendem!?
Vou ficar calada e tento mais tarde: quem sabe amanhã?, depois?, ou depois?, ou depois?.....

....E consegui!!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Momentos únicos

Aqui estou eu a reflectir um pouco no que estes últimos dias foram para mim.
Uma mistura de sentimentos: angústias, alegrias, responsabilidades, alertaram-me para a realidade que passa a grande velocidade à frente dos meus olhos.
Não estou doida!
É grande o desafio destes dias. Ter que conjugar a vida pessoal, com a vida estudantil e tomar conta de 15 bixos não é fácil. Pessoas que entraram rapidamente na minha vida são aquelas que não me podem ver, sentir, comentar de uma forma mais ousada as minhas ideias mas que, em contrapartida, já fazem parte de mim. Gosto de os ter perto de mim, saber como eles estão, como vai a sua escola, a sua vida que acabou de dar uma volta de 180 graus...
Eles já percebem o que se está a passar, não da parte chata, porque essa ainda é muito cedo para a sentir no pêlo, mas da parte boémia, a face que eles estão todos o dias a assimilar. Sabem até onde eles podem ir mas, dia após dias tentam sempre mais, e nós estudantes, sempre postos a colocar-lhes o belo do travão. Esta separação não é porque nos deu na cabeça de a inventar, não.
Esta distância tem como suporte a tentativa de os unir, não apenas como uma turma mas, como um grupo de amigos forte e para criarem, também, estruturas suficientemente estáveis para poderem aguentar estes anos todos longe da família e do seu meio. O meio que acabam de se separar mas que acabam de ganhar outro. Um lugar que, com a nossa ajuda irá ser como uma segunda casa, e uns amigos que, também com a nossa ajuda, vão aceita-los como uma segunda família.

Afinal de contas….Tudo isto faz sentido!

(A foto coloco-a a partir do dia 1 de Novembro)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O inesperado!



Ora pois é... Sabia lá eu que no dia em que escrevia o texto sobre a minha primeira directa na Universidade viria acontecer isto!! LoL
São 6h da manhã e eu ainda estou a trabalhar no Quartel.
Mas, em relação ao número dos pessoas que estão presentes, apenas se encontram, agora, cinco.
Para nos mandarmos acordados estamos a ouvir as pelas das mamonas Assassinas.
(=
Vá nem tudo são más notícias: Estou a ver a minha amiga Soraia a trabalhar enquanto eu faço este texto. Calona, eu? Nepia... A minha contribuição no painel já está concluída.
Bem...Vou para casa que já são horas.

Até amanhã!!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Directa a trabalhar!


Faz agora por estes dias um ano, que eu e alguns membros da minha turma fomos obrigados a fazer a nossa primeira directa no belo do Quartel (Pólo onde os alunos de Arquitectura Paisagista têm as suas aulas e onde têm duas salas 24h disponíveis para a elaboração dos seus trabalhos), para trabalhar na cadeira de Projectos I. Era uma noite diferente do que o habitual e até, para alguns de nós era a primeira vez que o fazia. Estávamos tão entusiasmados com a ideia que até resolvemos levar, para além do material necessário para fazer a tarefa, a deliciosa ceia para matar a fome durante os intervalos do trabalho árduo.
Mas ainda não falei do que nos levou a fazer esta directa!!
Pois bem, o nosso primeiro trabalho na cadeira de Projectos I, foi a elaboração de uma maquete à escala 1:200, de um dos Pólos da Universidade de Évora, de nome Leões. Este espaço era constituído por uma antiga fábrica de cereais em que, na zona mais a Sul podíamos encontrar um pequeno pomar e uma casa que hoje serve de habitação a uma família e ao bar da Escola.
Tínhamos à nossa frente uma longa noite...!!
Não sabendo muito bem como se fazia um trabalho destes, fomos aos poucos e poucos aprendendo uns com os outros para que tudo corresse menos mal.
Quarenta e tal curvas de nível e uma maquete com aproximadamente 1,5m de comprimento foi o aquilo que tivemos que entregar.
Mas, para além de trabalharmos, ouvirmos música e comermos, houve situações em que o cansaço era tanto que, resolvíamos abstrairmo-nos do que estávamos a fazer e, durante 5 a 10minutos recordávamos algumas músicas cantando-as aos berros, dançando em cima dos estiradores e a fazer magníficas coreografias. Momentos em que entre nós o sentimento de fadiga e stress era mútuo mas que, naquele curto espaço de tempo eram igualmente esquecidos sendo substituídos por sorrisos, alegrias, danças e muita desafinação. Estas pausas eram tão lucrativas quer, para o nosso desempenho na construção da maquete quer, para as nossas mentes que, hoje em dia ainda continuam a fazer parte das nossas directas.
Desde essa noite que algumas coisas entre nós mudaram, desde a nossa cumplicidade entre o grupo, a maneira como lidamos com o stress dos nossos amigos, ficamos a conhecer melhor as paredes das salas de projecto e, uma coisa que para mim está a ser fascinante, é o facto de, em cada noitada que se faz naquele Quartel lindo, o número de pessoas da minha turma que se juntam, é cada vez maior.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Rap Pino Lino

Ora aqui está uma boa crítica feita à política que governa este país.

Adorei o modo como os Gato Fedorente abordaram, neste novo programa "Zé Carlos", os temas actuais que incomodam a sociedade portuguesa.

Porque o que nós sabemos é que: A brincar, a brincar se dizem as verdades!!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

...Vamos reflectir!!


"O que penso eu do Mundo?
Sei lá o que penso eu do Mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das coisas?
Que opinião tenho sobre as causas e dos efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o Sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o Sol,
E já não pode pensar em nada,
Porue a luz do Sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do Sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa..." Alberto Caeiro
Sentada num rochedo observo tudo ao meu redor. Observo e imagino a história de cada elemento que me circunda.
O que lhe aconteceu? Porquê que veio ele parar aqui? Porque é que ele tem esta forma? O que é que ele faz aqui? Aqui?!
Todas estas perguntas atravessam o meu pensamento e invadem-me num sentimento existencial. Encaminham o meu raciocínio para a criação de todas as coisas, toda esta realidade, de tudo o que hoje a minha visão capta.
Porque é que isto tudo existe?
Tudo tem uma essência, tudo tem um significado, um passado, um tempo, um futuro que nos transportam para um tempo inexistente, um tempo que só a nós pertence.
Nada existe por acaso. Tudo tem uma justificação, quer estética, quer funcionalmente e em cada momento do dia, do mês, do ano e, mesmo em cada momento da história, o que nos rodeia é vivido e sentido de maneiras completamente distintas. Um valor que cada um de nós transmite a cada elemento sentido e que o torna diferente de cada outro.
Ai encontramos a essência de cada elemento que pertence e nos dá sentido à nossa vida.
Ahh… Como somos livres… Como podemos levar a nossa imaginação, os nossos pensamentos para tão longe, voando no tempo sem ter que pagar portagem, sem ter que gastar nada para voar e conseguirmo-nos libertar desta realidade, desta sociedade tão obediente.
Podemos tão bem soltarmo-nos de barreiras físicas e visuais para estarmos livres no pensamento e na alma. Afinal:
“O que penso eu do Mundo?
(…)
Se eu adoecesse pensaria nisso.”

domingo, 5 de outubro de 2008

A aventura...





Tudo começou há, aproximadamente um ano atrás, quando eu e mais 3 amigas, Sara, Soraia e Licas, resolvemos juntar-nos para fazer uma grande viagem, uma viagem que só fazia sentido ser feita por nós as quatro e neste momento das nossas vidas. Para que tudo se tornasse mais fácil em termos económicos, começámos deste aí a juntar um dinheirinho.
E sendo assim, seguiram-se meses agitados de, intenso estudo, preocupações com a escola, as raras idas a casa e, quando demos por nós, chegamos a Maio e ainda não tinhamos nada marcado - uou!
Sem grande panico lá começamos, pouco a pouco a decidir que percursos nós queriamos fazer e os dias que iriamos. Não foi muito difícil porque todas tinhamos o mesmo desejo - visitar a zona mais a Leste da Europa.
A 10 de Julho de 2008, marcou-se a primeira pousada da juventude e compramos os bilhetes, nada mais.
Nesse momento não havia nada a fazer, não podia haver um recuo de planos.
Muitas dúvidas, muita insegurança nos passou pela alma.
A Europa, a pouco e pouco se tornava maior, na nossa cabeça tudo se tornou num aglomerado de lugares duvidosos que só tinham pessoas prontas a fazerem-nos mal.
Dia 25 de Agosto de 2008, lá estavamos nós, eu, Soraia, Licas e Sara, na estação de Santa Apolónia com as mochilas armadas para uma longa viagem de 22 dias. Nervosas, risonhas e muito ansiosas era o estados que nos caracterizava.
Dias intensos, cansativos e replectos de cultura e novidades nos esperavam. Tudo correu bem. Houve dias em que o stress reinava, quer entre nós, quer na nossa massa muscular, dias mais divertidos onde podemos contemplar a natureza à medida que andavamos sobre um lago límpido, momentos onde o medo nos apoderou de nós quando, à noite, chegavamos a países desconhecidos e tinhamos que ainda ir à procura de um sitio para ficar, e noutros dias onde só nos apetecia chorar, não por estarmos fartas disto, mas porque estavamos perante vestígios que marcaram a História da humanidade devido à sua inesplicável existência e crueldade.
Esta viagem trouxe-me um novo olhar. Um olhar mais descodificado e mais aberto para aquilo o que é realmente este continente. Histórias vividas, pessoas bastante simpáticas, arquitecturas gigantescas, paisagens bucólicas foi o que mais diversificado encontramos e o que mais nos impressionou nesta aventura.