Vida citadina, uma escolha, uma obrigação, seja o que for.
Percursos rápidos onde, por vezes a nossa única companhia, ou é um lápis e uma folha, ou um livro. Pessoas que se cruzam todos os dias, que se dirigem para a mesma zona mas que não se conhecem, não se falam. Cada uma segue o seu caminho sem hipótese de parar para trocar meia dúzia de palavras.
Não tenho saudades desse tempo, dias que para chegar a casa tinha que apanhar metro e comboio. Manhãs ensonadas onde a minha única companhia foi um livro. À minha volta, gente com os seus saquinhos do almoço, prontas para ir para o trabalho, com um ar tão triste que se fazia notar nas suas caras sem qualquer dificuldade!
Na teórica o transporte público devia ser para os seus utilizados falarem, conviverem, sorrir, chorar, enfim…. A partir do momento que o ser humano não sabe, não consegue viver fora de uma sociedade, era lógico que nesses momentos houvesse diálogo, houvesse interacção. Mas não! Na prática existe tudo menos um convívio!
É triste esta realidade, onde toda a gente se fecha numa bola tão forte que poucas pessoas têm a oportunidade de a furar e ver o que se esconde no seu interior.
Não gosto da vida citadina, bem-vindo ao campo!!
(Foto de Ana Franco)
1 comentário:
Princesa,esse sempre foi o teu desejo:viver longe dos grandes centros urbanos.Espero que consigas.Eu,da minha parte,farei todos os possíveis para que isso aconteça e o teu sonho se torne realidade.E como "querer é poder", tu vais conseguir!
Mil beijoquinhas da
Mami
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