quarta-feira, 9 de setembro de 2015

As férias que já passaram

As férias já foram e já acabaram.
Duas semanas inteiras, não de descanso, mas de saídas e em busca de locais lindos, tranquilos e longe, muito longe, da realidade que me aborda todos os dias do ano.
Entre campo, praia e estrangeiro as férias foram muito bem passadas.
Comecei por ir acampar no parque de campismo de Penacova. Como foi a primeira vez que montavamos a tenda muita coisa nos faltou, uma delas, o martelo. Como havia muitos velhotes "efectivos" a acampar, logo se mostraram disponíveis para nos ajudar.
Infelizmente não apanhamos muito bom tempo parar viver a praia fluvial que lá existe, mas aproveitamos as paisagens, os trilhos que neste sítio existem e as pessoas, pois dentro do parque havia muita gente simpática. 



Após a aventura de Penacova, fomos até ao Norte de Portugal, mais precisamente a Mondim de Basto, perto de Vila Real. Mais uma vez ficamos num parque de campismo junto a uma praia fluvial e mais um vez o tempo não teve próprio para banhos. Tive especialmente pena de a previsão dar chuva e obrigar-nos a ir embora deste local mais cedo do que o previsto porque é uma zona de Portugal bastante bonita e digna de uma visitar mais perlongada. Tem vários percursos no meio da natureza onde podemos ter o contacto com os animais, a vegetação autóctone e observar a actividade humana inserida e bem vincada na própria natureza. Quanto à Vila de Mondim de Basto é bastante bonita, com o seu comércio local a transmitir-nos a harmonia entre edificado e vegetação. 
Também fomos conhecer as famosas Piocas, em Fisgas de Ermelo. As Piocas são lagoas de água cristalina cavadas ba rocha onde as pedras, no Verão,  servem para estender a toalha e de prancha para os mergulhos.


Para termos direito a um mergulho, jogámos pelo seguro e fomos até Valhelhas, uma localidade perto de Manteigas, Serra da Estrela. Aí deu para mais um trilho pequeno e uns valentes mergulhos na praia fluvial.

Para uns merecidos dias de praia, fui até a uma das minhas praias favoritas, Odeceixe, onde tive o privilégio de assistir a um dos pôr do Sol mais bonitos que vi na vida.



Para terminar esta aventura fui até Munique.
Uma cidade bastante bonita, com uma rede de transportes fantástica mas, mas, embora sejam muito festivaleiros, os alemães são tão antipáticos!
São grandes bebedores de cerveja embora ache que a cerveja deles, a nível alcoólico, seja mais fraca do que a nossa portuguesa. Talvez seja por isso que as canecas deles são, na sua maioria, de 0,5l para cima. 
Durante o dia, muitos dos alemães vestem-se com o seu traje típico. Penso que por aí dá para sentir o seu orgulho pela sua tradição, pelo seu país. Vestem-no para ir trabalhar ou ir para a festa, não há regras em relação à vontade de o vestir. Simplesmente gostam e por isso o têm consigo.
Visitei o Museu de Deutsches na esperança de encontrar a Enigma Machine mas, devido à dimensão do Museu e à ausência de funcionário dentro do Museu para me orientarem na sua localização, não a vi. Fui até ao estádio do Bayern de Munique e sinceramente vale a sua visita. O estádio é bonito muito devido à originalidade da sua arquitectura. 
A visita que mais me impressionou foi ao campo de concentração de Dachau. Dentro do campo, nota-se a concentração dos barracões onde alojavam os milhares de prisioneiros e vê-se o primeiro forno construído num campo de concentração. Sentimo-nos impotentes e tristes com tanta crueldade que ali se passou. 
Embora este tenha sido o primeiro campo de concentração e que tenha servido de exemplo para os restantes, já visitei o campo de concentração de Auschwitz e esse fez-me mais impressão, deixou-me mais horrorizada.  Para além de ser bem maior, as condições são ainda mais humilhantes. O facto de em Auschwitz não ter réplicas dos barracões e das camas, faz com que tenhamos mais consciência da barbaridade que ali se passou.
Quanto à cidade em si, gostei de a ter conhecido, já tinha saudades da agitação originada pelas bicicletas sempre em movimento e a chamarem-nos a atenção da sua passagem, do café em andamento e de andar numa cidade plana, com a natureza perto de nós. Valeu pela visita.  


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