sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mais uma fase da vida


Amontoam-se os papéis, amontoam-se os materiais mas a vivência ficou, o trabalho que ali está colocado passou mas a dor ficou no meu corpo.
A sabedoria de momentos, o entrelaçar de pensamentos foram feitos e trabalhados ao máximo, mas o crescer e o amadurecer fortaleceram-se.
Na noite a decorrer e entre os olhares algo cresceu, algo se modificou.
Um gesto
Uma palavra
Uma atitude
Um inesperado
Tento naquele amontoado encontrar uma força, um motivo para me fazer continuar. No seu percurso, muita coisa me ensinou, esse mero inerte, esse nada de coisa alguma que para mim me diz tanto.
Construí um aglomerado de recordações que não sei onde o coloquei.
Por momentos fez-me bem não saber deles, fazia-me bem não os encontrar. Hoje faz-me falta descobri-los pois sinto que devo aprender com eles.
Procuro o passado, procuro aquilo que vivi para me ensinar, para tentar orientar-me,
No que sinto
Naquilo que fiz
Naquilo que vou fazer
Quero certezas, não quero somente um sentir.
Quero perceber, não quero viver só porque assim tem que ser.
Tento arrastar essa dúvida que se pôs dentro de mim, que me desorienta, para fora do meu ser.
Andando sem parar, olhando de vez enquanto para os lados sem esquecer de olhar para trás sem nunca, no entanto, dar um passo nesse sentido. Observo as flores a crescer, as nuvens a moverem-se com a força do vento. Sinto cada pedra, sinto o atrito sem fim.
Neste momento estou num estado de dúvida, desorientada sem saber para onde hei-de virar!
Uma fase do meu ser inexplicável. Ponto!

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