sábado, 29 de maio de 2010

Nós no Porto

Em vista um curso em Serralves, eu, a Sara o Bolaxa e a So arrancámos na sexta-feira passada rumo ao Porto.
Reunir as nossas vidas para dar início a uma grande viagem foi algo que aconteceu tarde e a más horas.
Mas lá fomos, com o carro da Sara abastecido, só com espaço para mais o corpo da Licas que só mais tarde é que apareceu.
A cama foi o nosso porto depois de uma viagem, toda ela em esforço para não adormecer e quando isso acontecia, lá entrava a Sara com o seu mau feitio.
No dia seguinte deparamo-nos com a triste realidade de que tínhamos sido enganados. Em vez de termos ido para um curso que abordava jardins em locais difíceis, fomos para um curso que abordava plantas exóticas onde as plantas autóctones não passavam de mera moda. Uma mentalidade e um discurso que, com o passar das horas, íamos desconfiando cada vez mais. Um homem que tinha como palavras preferidas, tufos, pompons e bolbos, é de se torcer o nariz!
Só no final do curso é que nos apercebemos o porquê de sermos os únicos da área de Arquitectura Paisagista que estavam naquele curso. O resto da audiência era composta por senhoras com problemas, ou no seu jardim, ou no seu telhado!
Para compensar o dia, chegou a noite e com ela veio a peça de teatro que abordava a história de Pedro e Inês de Castro.
Com público nos dois lados do palco e com um cenário amovível, a peça deu início. Cantos, choradeiras, mortes e amores por explicar incorporaram a sala.
Seguindo a onda das artes, a música fez-se logo sentir logo que a peça terminou.
Músicas sentidas, letras decoradas e com alguns copos à mistura deu origem a uma grande noite que durou até inícios do dia seguinte.
Cedo voltámos a erguer-nos para uma nova viagem, desta vez rumo à Figueira da Foz onde, lá festejámos os anos da Licas.

"Sabes ou não?
Que o Outono persegue o Inverno
Como eu persigo o teu lado termo
Que não consigo penetrar
A vida é bela, deixa as folhas cair
Eu quero ter-te nua... Aqui!"



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