sábado, 26 de dezembro de 2009

Uma nova agenda

Vai começar um novo ano e por isso, pedi como de costume ao Pai Natal, uma agenda. Mas uma senhora agenda, não uma agenda que se compre no chinoca ou algo parecido.
Como adorei a minha deste ano, a agenda do Fernando Pessoa, esta tarefa não foi fácil.
Mas ora que conseguiram.
Eis a capa:


Bem, à primeira vista tudo nos parece estranho. O meu primeiro pensamento foi: "será que durante um ano vou estar a fazer publicidade a uma drogaria ou ferragens ou bricolage?!"
Continuei a desfolhar até que me deparo com este texto:
"O desconcerto do mundo começa pelo que vai ficando por consertar. Uma torneira que pinga, uma porta que descai, uma gaveta que empena. Há os desconcertos tranquilos, com os quais podemos conviver meses inteiros sem perder horas de sono, e há os outros, mais agudos, que nos desarrumam as ideias e contribuem devagarinho para o nosso desconcerto interior, o mais terrível de todos, para o qual não há parafusos, arrebites, bananas ou batoques que nos valham.
O problema é que manter o mundo a funcionar dá trabalho.
O problema é que manter o mundo num brinquinho é só para alguns.
Consertar o mundo implica o domínio de certas técnicas e palavras que, aos poucos, desconfiamos nós, estão a cair no esquecimento.
É aqui que entramos em pânico e nos pomos a pensar: e se, de repente, desaparecerem os Akis e os Izzis deste mundo, aqueles onde se vendem as soluções já prontas, a massa A misturada com o preparado B?
E se de repente o único jeitoso que conhecemos deixar de nos valer?
Quem fará disparar o autoclismo avariado? Quem será capaz de travar mesas bambas ou destravar gavetas empenadas? Quem?
Digam-nos, quem?

Pois é, custa, mas já vai sendo altura. Altura de crescer e acabar com a desordem. Porque acreditamos na autonomia e no potencial de cada um é que vemos o futuro em lojas como a Rufino & Filhos.
Na Rufino & Filhos, há sempre um empregado perspicaz atrás do balcão que adivinha o que procuramos, sem precisar de ouvir até ao fim o nosso pedido envergonhado. Ainda a frase vai a meio e já o filho do Sr. Rufino a completa com um sorriso benevolente: "catrabucha, menina, uma catrabucha resolve isso".
Mas desengane-se quem pense que catrabucha há só uma. Há as catrabuchas tipo pincel, as catrabuchas tipo taça, as cónicas, as entrançadas e as que combinam na mesma peça duas destas características. Um tratado, portanto.
Mas atrás do balcão há quem saiba, há quem explique e há quem ensine.
Em lojas como a Rufino & Filhos não há segredos e todos os problemas têm solução. E isso agrada-nos. Porque mesmo que a solução não seja directa (meu Deus, como estamos mal habituados...), há, digamos, soluções para criar uma solução. O que podemos, então, querer mais do que uma Rufino & Filhos à nossa porta?

Quando vos disserem que a solução para os problemas do mundo está nas mãos de Ban Ki-moon ou de Barack Obama, sorriam... mas não acreditem.
A solução para os problemas do mundo está, sim, nas vossas humildes mas jeitosas mãos. Porque, se cada um cuidar da sua torneira, da sua pia, da sua porta, o mundo será certamente um lugar melhor.

Em 2010, não vale deitar fora, o que está a dar é consertar. Por isso, concentrem-se e consertem. (E aprendam, que o Sr. Rufino não dura sempre...)"

Sendo assim, as soluções para o meu dia-a-dia estarão sempre neste caderninho mágico que é o Rufino & Filhos.

Para todos os leitores deste meu cantinho desejo que tenham umas boas entradas e um óptimo 2010.
E que junto a vocês encontrem sempre uma loja Rufino & Filhos!

O madeiro da minha terra


O madeiro da minha terra é sem dúvida o mais bonito de todos os madeiros que existem. Porque é este que conheço, é neste que me sinto bem, é neste que estão as pessoas que gosto.
Entre um copinho de vinho, um chouriço assado e uma prosa, ampara-se o frio na braza que se estende à frente dos nossos olhos.
Estes são os pequenos prazeres da vida!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Passa tempo passa


Neste momento atravesso um momento de ansiedade!
É dia 23 de Dezembro e eu ainda me encontro em Évora. Não há péssima altura para estar em Évora do que esta. Quero ir ter com a minha família, quero ir sentir o meu lar e o tempo não me deixa.
Só tenho camioneta as 16 hora e ainda não são 15h!
Já vi o que queria ver na Net, já vasculhei o computador todo e agora só quero que chegue a hora de pegar nas coisas e ir para a camioneta.
Passa tempo, passa!! (De preferência bastante rápido!)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Saudades...

Saudades do cheiro a lareira que invade as ruas da minha aldeia.
Saudades da cor da brasa que faz arder a minha cara, as minhas mãos e os meus pés depois de vir de uma noite gelada.
Saudades do ladrar do cão quando alguém passa com o seu andar vagaroso de quem a idade já pesa.
Saudades do pão aquecido à moda antiga com o seu sabor a fumo.
Saudades das tardes sem nada para fazer e sem vontade de fazer nada.
Saudades dos sinos de hora em hora a avisarem a população que na verdade o tempo passou.
Saudades das ruas vazias, sem olhares e sem movimento onde ali só se ouve apenas o ritmo dos meus passos.
Saudades do "Boa tarde!"
Saudades da ausência do "Boa dia!"
Saudades daqueles que me viram crescer.
Saudades daqueles que me ajudaram a crescer.
Saudades destes momentos.
Uma paz interior que não voltará!

Perto de um ano


Percorro
Percorro o mundo sem destino
Ancorada àquilo que acredito
Encaro o caminho sem receios

De curva em curva
De recta em recta
Entre terra batida e alcatrão
O cansaço é nulo.

Alvorada é cedo
E a disposição não falta
Ancorada a vocês
Nada me farta

Subo
Subo para além das nuvens
Subo até não haver mais
Descanso a ver o mundo
Aqueles que muitos deixam para trás
E que tanto me dá prazer
Que tanto me faz falta
Em tê-lo perto de mim.
Quero ir ter com ele
Pois ali é que me sinto bem
Embarco com vocês
Para o ano que vem

Vamos!
Vamos desbravar o mundo
Como se não houvesse o amanhã
Viver a experiência
É aquilo que mais quero!
Vamos?

domingo, 13 de dezembro de 2009

Abre os olhos!


De entre sorrisos, de entre a escola e o trabalho uma pause brusca urge:
"Depois do sol se pôr
É que gosto de escrever
A saudade de um amor
Que nunca cheguei a ter."
Alguém que se esconde atrás de um fato de muito trabalho demonstra aquilo que sente em versos, em pequenas frases que amparam um passado vivido entre trabalho duro e dificuldades.
Pouca instrução não a impediram de seguir em frente na escrita, de demonstrar a ela própria que é boa nalguma coisa e que há momentos felizes na vida.
Despensa a caneta, dispensa o papel. Um pensamento, um sentir basta-lhe para as palavras fluírem na sua cabeça. Daí poderá, ou não, pôr num testemunho porque o verso, afinal de contas, já está feito.
Tem medo por eles, pois são tudo para ela. O seu refúgio, o seu momento, é a sua vida que ali se encontra.
Esta semana abriu-me a porta. Tive receio de abrir, e principalmente de entrar e permanecer. Tive medo daquilo que poderia encontrar. Já sabia que algo de triste iria ver. Em frente segui!
Sem protecções, li aquilo que pude ler. De verso em verso, de frase em frase tentei entender o sentimento daquele escrito. Uns mais tristes que outros, gostei de todos. De muita coisa falavam mas o tema principal rondava a escola, o trabalho no campo junto dos pais e a terra que a viu nascer e crescer, Alentejo.
Uma honra!
Alertou-me para as dificuldades que a vida me poupou.
São naquelas tardes de pouca luz que se juntam gerações diferentes. Mundos opostos e que ali falam a mesma língua, tentando cada um entender o outro. Um entendimento que nos completa e que me faz ver que a vida não é justa para todos mas que essas pessoas podem ser felizes à sua maneira. Basta uma mão, basta um querer, basta uma conquista, basta um momento!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

...


Ontem acabei o dia triste!
Esperava tudo, tudo mesmo, menos aquilo que aconteceu ontem nos Ídolos.
O André Cruz, o meu Ídolo favorito, foi para casa.
O olhar dele, a ausência de um sorriso entristeceu a minha noite. Sem ele, este concurso já não faz qualquer sentido.
Sendo assim, se me falarem dos Ídolos só vou saber responder a questões que estejam relacionadas até à gala de ontem.
Perfeito será nem sequer falarem no assunto!
E tenho dito!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Chegou o Natal!


Chegou o Natal!
Já se ouvem as músicas natalícias pelas ruas,
Os centros comerciais cheios de gente a comprar as últimas prendas,
As moças das lojas já nem perguntam se é para embrulhar ou não,
O espírito já entrou em cada um de nós,
Os luzes já estão lindas e maravilhosas ao longo das ruas,
E o mais importante, já fiz as minhas compras todas sem chegar ao fim do mês a pedir a quem me dá a mesada!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Uma música que marca pontos na minha vida

Porque faz-me lembrar alguém...

Porque faz-me lembrar um momento...

Porque gosto dela!

Ontem fui sair...


Com o feriado no dia seguinte, sem exames nem entregas de trabalhos à vista, reuniu-se as condições perfeitas para fazer de ontem uma grande noite de bailarico e animação.
Assim foi, depois de umas cervejinhas lá fomos para um bar que calculámos que fosse com pessoal maioritariamente eborenses, mas como era o Cyer que iria lá tocar não pensamos duas vezes em ir à avante com a ideia de entrar naquele bar.
Muita gente nova estava, muitos putos e muitas pitas enchiam a pista juntamente com as suas bebidas.
Mais umas músicas foram passando à medida que o espaço ficava cada vez mais reduzido para dançar. Só sei que quando dei por mim tinha um rapaz que, mal conhecia, a fazer de guarda costas minhas e da minha amiga Daniela.
Não percebi muito bem o que se estava a passar até que houve uma altura que uma mini confusão de instalou e eu com o meu olhar de dúvida e de desprezo mantive-me no meu lugar.
Afinal, para quem nunca vai para aqueles lados, sendo rapariga e não conhecendo ninguém, aqueles sítios são bastante perigosos.
O que se passou foi que, os putos eborenses que não sabem beber, encontram duas novas moças e pronto, está a festa feita. A sorte é que se encontrava aquele rapaz que agiu em nossa defesa e lá controlou a hormonas desequilibradas dos pobres rapazes.
E aí,ganhamos o nosso espaço pois ninguém se metia com estas duas raparigas protegidas pelo boss da zona.
Conclusão: Para se ir a um sítio somente beber um copo e dançar sem qualquer problema, nós raparigas, devemos ter sempre um guarda costas.