O fim-de-semana passado foram dias de descanso. Quer dizer, o verbo descansar não pode ser aplicado a estes dias mas com toda a certeza foram dias que deram para viver outras realidades, conhecer outro lugar e apreciar o que esta terra portuguesa tem para nos oferecer.
Fui até ao Gerês com mais 4 amigos meus, dois casais (sim, fui fazer de vela embora nunca me tenha sentido como tal) que ambicionavam, tal como eu, conhecer aquelas paisagens e aproveitar ao máximo o pouco tempo que tínhamos para isso.
A casa onde ficámos era bastante boa e tinha uma vista maravilhosa. Por ser a "vela" fiquei com um quarto e uma casa de banho só para mim (a última fotografia do primeiro conjunto demonstra a vista que tinha da minha casa-de-banho). Para além da vista, a casa tinha umas condições óptimas para se passar umas férias, uma passagem de ano ou até mesmo um simples fim-de-semana com amigos.
Por termos chegado na Sexta-feira à noite, só começámos a aproveitar os momentos no norte no Sábado de manhã. Demorámos algum tempo a sair de casa (o que será algo a aperfeiçoar numa saída futura) e demorámos mais ainda a encontrar o Trilho dos Currais, o percurso que optámos fazer para termos umas noções do que o Gerês tinha para nos mostrar. Antes de o encontrarmos ficámos a conhecer a Cascata do Homem com uma água limpa, limpa, limpa e com o som contagiante.
O começo do trilho foi bastante duro. Durante algumas horas foi só subir. Não havia como reclamar porque olhando para baixo o caminho também não parecia muito simpático. A vantagem de tanto subir foi que à medida que a altitude aumentava a paisagem ia-se modificando. Começou densa e muito verde, para uma mata com os seus pinheiros e o seu tom mais amarelado e acastanhado para ir para zonas mais abertas, mais rochosas e no qual o céu já mostrava todo o seu azul.
tivemos muita sorte com o tempo, pois não estava muito calor e o sol estava sem qualquer entrave em iluminar a terra.
Uma das coisas boas de termos ido em Outubro foi o facto de vermos as folhas no chão estalando quando as pisávamos e as cores da paisagem, entre verde, amarelo, vermelho e o azul do céu.
Depois da aventura do trilho, no qual ainda passamos por uma corrida à frente de um cavalo selvagem que decidiu ter o mesmo caminho que nós, chegámos ao final do dia estafados, prontos para nos encontramos com o vale dos lençóis.
No dia seguinte optámos por ser um dia mais calmo, até porque ainda tínhamos a viagem de regresso a Lisboa.
Fomos conhecer melhor a localidade do Gerês, a Cascata do Arado e a aldeia que ficou submersa com a construção da Barragem de Vilarinho das Furnas. Duas belezas gigantescas tendo a grande diferença na sua origem: uma foi construída pelo homem, outra foi a mãe natureza que teve a liberdade e a originalidade de a fazer. Mas, tanto a cascata, como a barragem, ambos os elementos são de nos deixar de boca aberta com tamanho mistério, grandeza e paz.
Ao longo da viagem fui tirando várias fotografias no qual apareço e atrás de mim estão os meus amigos. As pessoas eram as mesmas, as posições e paisagens eram diferentes.