domingo, 28 de dezembro de 2014

Natal 2014

Aos poucos a normalidade dos tempos e das coisas vai-se colocando nos eixos.
A época Natalícia já está aos poucos a deixar-nos, o computador vai voltando ao normal, os dias de férias já deixaram de ser desejados para pertencerem a um passado e o frio e a chuva da época já estão a fazer-se sentir.


O Natal foi em Castro Daire, com a família da parte da mãe e na casa do meu tio.
A casa estava quente, o mesmo não posso dizer da rua.
Fiz questão que os dias passassem lentamente ao mesmo tempo que os rentabilizava ao máximo. Entre almoços prolongados e conversas soltas deu para ir reviver a Vila de Castro Daire, e conhecer algumas terras em redor bem como ir à terra da minha mãe, Faifa.



Estas últimas fotografias transmitem um pouca daquilo que Faifa é nos dias que correm: tranquilidade, velhice, histórias, animais soltos e muita pasmaceira. 
Nunca me identifiquei com esta aldeia, muito porque não foi terra que me tenha visto crescer mas, pelos piores motivos, sinto necessidade de aqui passar cada vez que estou aqui perto. 
Foi aqui que a minha mãe deu os primeiros passos, mas décadas depois, foi aqui que o meu primo se identificou, foi esta aldeia que o puxava Verão após Verão e foi aqui que ele decidiu que fosse a sua última morada. 
Apesar do frio gostei de estar perto dele, de ver como está o local onde ele está. Senti como se tivesse a carregar baterias, a tentar encontrar respostas para as minhas dúvidas. Naquele momento partilhei com ele os meus pensamentos. E senti-me bem perto dele.

A vida é confusa, as pessoas são como linhas que ora se afastam, ora se entrelaçam, ora andam em paralelo. E é nesta encruzilhada labiríntica que aos poucos me vou perdendo. Nunca lidei com tanta gente como este ano e isso proporciona-me lidar com vários caracteres (diferentes entre eles e diferentes dos meus). É neste último pouco que, após quase um ano de Café, me está a picar. Tenho algumas dificuldades em perceber atitudes nas quais a mim, não me passaria pela cabeça assumi-las. Lidar com princípios e valores que eu não entendo, por não corresponderem àqueles que me incutiram, fez-me ir para casa com pesos em cima dos ombros. Coisa que à partida não se entenderia.
Sei que o próximo ano será para aperfeiçoar esta barreira entre a minha pessoa e os meus valores, e os valores e as atitudes dos clientes.

2 comentários:

Paulo Francisco disse...

Lendo o seu texto e sentindo uma vontade enorme de deitar na rede aqui na minha varanda.
Um beijo grande

Anónimo disse...

Foi um Natal Sereno portanto :D
No aconchego da familia.´
E a passagem de ano onde vai ser?

Beijinhos Kika