quarta-feira, 8 de junho de 2011

O que penso sobre o suicídio

"Sónia Brazão está consciente e todos os dias recebe a visita do irmão, mas o seu estado clínico mantém-se "muito reservado". PJ investiga eventuais tentativas de suicídio da atriz." Expresso

"Com uma taxa de suicídio de 40 por cada 100 mil habitantes, o concelho de Odemira surge ao lado de países de leste como a Bielorrússia, que registam os números mais elevados da Europa. Esta foi uma das conclusões a que se chegou no Fórum de Discussão “Suicídios no Alentejo”, que integrou o 1º Congresso de Investigação em Psiquiatria e Neurociências, que decorreu até sábado passado em Sines, avança comunicado de imprensa." RCM

"Estamos no “mês das noivas”, maio. A história é curta, sem muitas informações, como tudo que vem da China. Ela tem 22 anos. Foi abandonada pelo noivo após quatro anos de relacionamento. Subiu num prédio residencial em Changchun, na província chinesa de Jilin, na terça dia 17. Escalou o parapeito. Uma multidão formou-se em baixo, pedindo que ela não pulasse. Mas ela acabou se jogando e foi agarrada por um funcionário, identificado como Guo Zhong Fan e aplaudido como herói." Época

Estas notícias são tristes.
Pessoas que não aguentam a vida, que não conseguem conjugar os momentos bons e maus, não conseguem assimilar os framas com a felicidade que o seu dia-a-dia lhes oferece e por causa disso, querem terminar as suas vidas, banalizam aquilo que outrora alguém lhes deu.
Um acto egoísta que, mais que terminar com as suas vidas, terminam com a vida, de uma forma mais dolorosa, das pessoas que lhes rodeiam.
Acabam com a alegria, acabam com os bons momentos, acabam com o sentido de quem os viu nascer, e suscitam a dúvida, a compaixão, a pena por quem as rodeia.

Nunca tive uma posição tão distante, tão fria, em relação a estas pessoas que se tentam suicidar, ou mesmo que se suicidam.
Não consigo ter outro sentimento. Nem pena, nem respeito, nada.
Frieza, desprezo, um não querer saber...
Pessoas que só pensam nelas próprias, pessoas que fogem dos seus problemas, pessoas que por um acto consciente destroem aquilo que é de mais bonito, a vida, e descartam a possibilidade de haver sempre um momento mais agradável do que aquele que viveram, não me consegue suscitar outro tipo de sentimento.
Pessoas que desperdição as suas vidas,assim, só porque a vida por momentos não lhes correu bem, que por momentos lhes virou as costas...
Não consigo aceitar este tipo de actos.

Como este mundo é feito!
Como esta vida é cruel!
Pessoas que desgraçam e desperdiçam a vida, enquanto que outras, na mesma hora, lutam por ela. É assustador.
Pessoas que nos são queridas, que adoramos, pessoas onde a sua vida lhes pregou uma rasteira e não lhes deu uma segunda oportunidade. A hora menos desejada chegou, e eles tiveram que ir, sem poderem dizer uma única palavra.
Pessoas que o que mais queriam era viver, era sentir os bons e maus momentos da vida, foi a vida que lhes deu dos momentos mais dolorosos, no entanto, foram os braços que nunca baixaram. Uma luta até aos últimos momentos. Mesmo assim foram cedo.
É com esta vivência, com o sofrimento da perda, que não consigo sentir qualquer respeito por quem comete estes actos bárbaros, quer com a sua vida, quer com a vida de quem os rodeiam.

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