sexta-feira, 17 de junho de 2011

Uma das coisas que mais gosto de fazer na vida é, sem dúvida, ir a uma livraria. Olhar para as contracapas e imaginar o que dentro delas se descreve, que fantasias contam, que amores e desamores desenlaçam, que moral transmitem, que conhecimentos têm, são pensamento que me vêm logo à cabeça.
Perco-me pela beleza dos livros e não coloco os pés dentro deste tipo de estabelecimento se não poder trazer um livrinho que seja.
Hoje foi assim, perdi-me numa dessas loja. Fiquei, fiquei e fiquei até o tempo não me permitir mais.
Trouxe dois livros, de lazer mas também que dizem respeito à área que estudo. Uma revista e um livro.
Claro que já olhei para eles e não resisti em ler as primeiras páginas do livro, e, mal começou o primeiro parágrafo não resisti em esboçar um sorriso, não de felicidade mas sim, de ironia.
O livro chama-se Arquitectura em lugares comuns e tinha, para contextualizar o leitor, as seguintes fotografias da localidade Vale do Ave:



Perante imagens como estas é difícil conservar a serenidade: nem cidade, nem campo, nem urbano, nem rural... Parece, por isso, que a primeira questão é a de encontrar uma codificação, uma palavra - um conceito, para os mais desejosos de cientificidade - que identifique uma qualquer identidade designável e que possa ser partilhada. A abordagem mais comum é de ver aqui uma "não coisa" (...)"

E é assim que nos aparecem estas aberrações em pleno século XXI. Localidades desordenadas, sem qualidade de vida, sem um apelo à sua habitação e sem perspectivas para o futuro.
São este tipo de localidades que desrespeitam o património cultural e natural do nosso país.
São para este tipo de localidades, estas feridas graves que nos aparecem nas paisagens, que os políticos devem olhar, devem agir sem que interesses alheios intervenham e danifiquem irreversivelmente estes casos.

E a minha leitura continua...

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