quinta-feira, 30 de abril de 2009

Os nossos lábios...



Lábios que sentem
Lábios que esmagam
Lábios que adormecem
Lábios que ferem

Aquecem quando se tocam
Estremecem a alma quando se vêem
Magoam-se quando não se querem…
…Lábios que arrefecem.

Desejados
Perigosos
Pérolas

Um mistério os envolve
Uma tentação se revela
Um desvio de olhar penetra sobre…
… Aqueles lábios que se devoram…

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Uma noite

Na Quinta-feira passada os nossos bichinhos resolveram surpreender-nos.
Trajados, chegamos até eles às horas combinadas. Se não fosse o traje parecia que nós, senhores estudantes, estávamos a ser praxados.
Quando chegamos a um lugar pensados por eles, vendaram-nos e andamos às voltas por Évora. Imagino as nossas figuras...
Quando resolveram desvendar-nos, para além de nos pregarem vários sustos fomos surpreendidos por um espaço cuidado só para nós.
Tudo limpo por eles e onde nos esperava uma lareira bem quentinha.
Muita comida, soluções de bebida bastante originais e muita animação era o que se esperava a noite toda.
Lindo...
Parabéns aos bichos!!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Uma surpresa

Hoje é um dia especial.
Não por ser mais um dia na minha vida, não por ser dia 23 de Abril... Hoje os bichos vão fazer-nos uma surpresa. Um jantar, um programa e muito convívio vem aí...
Vamos ver!!!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Um cumprimento sem sentido


Passeando numa calçada algures por Portugal profundo, alguém conhecido passa por mim:
"Olá, tudo bem?"
Naquele momento o meu olhar mudou. O que eu havia de responder?
Um "Olá" somente instalaria um vazio desagradável.
Se fosse "Olá , está tudo bem e contigo?" não estaria a dizer a verdade pois naquele momento nada atinava com o ritmo da minha vida, nem esta estava satisfeita com a realidade.
A única resposta que sobraria era:
"Olá, não, não está, e contigo?"
Para completar a resposta não sendo muito desagradável, manifestaria um sorriso.
Mas nesta altura e com esta resposta, já estava a expor aquilo que só a mim me dizia respeito. Não era com aquele ser que iria dizer seja o que fosse da minha vida!
Porquê que as pessoas no seu dia-a-dia cumprimentam-se todas da mesma forma onde, à partida, já sabem a resposta alheia? Sendo assim, então porquê a pergunta?
Um cânone social que, a meu ver, não faz sentido a sua existência.
Será por pura simpatia?

sábado, 18 de abril de 2009

Um minuto faz toda a diferença


5, 10, 15, 20, 30, 40, 45, 50, 55.
Na sociedade em que se vive são estes os valores numéricos que dão o tempo das nossas tarefas do quotidiano.
"Mais 10 minutos e estou aí!"
"O comboio tem um atraso de 15 minutos!"
"Mais 5 minutos e o seu jantar sai!"
...
Há dias, estava eu a aprontar-me para um compromisso quando deparei-me com a seguinte mensagem: “Quanto tempo é que demoras?”.
Ao pensar naquilo que havia de responder veio-me o seguinte raciocínio: se disser para esperar mais 5 minutos por mim, estava a mentira porque eu demorava mais que isso, se eu dissesse para esperar mais 10 minutos, também era falso porque eu demorava menos que esse tempo. Então o que dizer?
"Dentro de 7 minutos estou aí!"
Ora aí uma bela solução para apresentar o tempo real de qualquer movimento nosso, de qualquer encontro nosso.

Qual “Às 21:30 no café!”, que venham as compromissos que começam as 21:43!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

"A limpeza da floresta é um mito"


Nos dias que correm, é de extrema importância a nossa atenção virar-se para o conceito ecologia.
No decorrer da história do meu curso esta mudança de pensamento é notória. Inicialmente a preocupação dos espaços dentro das cidades era para transpor a natureza de uma forma estética para que o homem pudesse na sua rotina citadina usufruir, quando pudesse, dos elementos naturais que ele tanto necessita.
Hoje, há mais a preocupação ecológica. Essa mudança nota-se quando há um reaproveitamento das espécies pré-existentes, quando há a preocupação com a flora que pertence a essa paisagem, quando usamos materiais reciclados, enfim... quando há uma total preocupação em manter a identidade e ecológica ligada àquele lugar.

Nesta altura do ano, ouve-se muito na televisão o apelo à limpeza das florestas por diversas razões, no qual até dão o exemplo dos fósforos.
Uma publicidade engraçada para as crianças verem e experimentarem em casa.
Apesar disso, será que é totalmente verdade o exemplo que sugerem com os fósforos? Então e a acção do vento, não conta?
Como diz o nosso querido mestre Gonçalo Ribeiro Telles "A limpeza da floresta é um mito".
O lixo que nos mandam limpar nas florestas tem como nome matéria orgânica, essa que por sua fez, faz parte do grande ecossistema dessa mesma floresta.
Se nós formos a limpar esses resíduos uma parte da vida que compõe a floresta perde-se, ao mesmo tempo que se anulam as características que a ela pertence. Isto acontece, mais uma vez, à falta de conhecimento por parte do homem sobre essa natureza.
A limpeza da floresta é tão grave como os incêndios. Isto porquê?
Quando retiramos os resíduos do solo, este fica nu, ou seja, sem qualquer protecção contra as acções do vento, da chuva, do homem...
Com as grandes chuvadas, a erosão do solo torna-se um problema. Nestas condições a água quando chega à superfície terrestre bate com grande velocidade no solo impossibilitando a sua infiltração. Com isto, a água escorre no sentido do declive do terreno, provocando, por vezes, inundações na base dessa inclinação.
A limpeza de um espaço só deve ser levanta avante para operações agrícolas, nada mais. As florestas são ecossistemas que vivem para não ter gente, ora, se essa gente vai para dentro dela, os incêndios tornam-se um perigo constante. Daí, parte da consciência de cada um fazer alguma coisa pelo nosso planeta.

(Texto baseado na entrevista a Gonçalo Ribeiro Telles)

terça-feira, 14 de abril de 2009

Queres-me! Quero-te!


Não te quero ver, não te quero ter.
Quero-te em momentos singulares, quero sentir que te tenho.
Não te quero perder, não quero que me perdas
Quero-te junto a mim, quero que me sigas
Aqui
Ali
Onde formos...

Um querer sincero, um querer ingénuo, um querer desalinhado, um querer inexplicável.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

A vida...


Um andar de conquistas que nos preenche a vida e nos alegra a alma.
Um minuto escolhido onde ali sentimo-nos nós próprios.
Sabe bem este presente da vida.

Um dia
Um objectivo
Um sorriso
Uma amizade
Um amor

Escolhas que transbordam momentos onde nesta vida a mudança é a única certeza.

“Quase que não chegava
A tempo de me deliciar
Quase que não chegava
A horas de te abraçar.”


Um porto de abrigo ergue-se no meio do turbilhão.
Uma luz pura e clara caminha ao meu lado para me apoiar, para me amparar não havendo tempo a separar-nos. Aí, desmaio de tão leve que me sinto, de tão transparente ser perante tal foco.
Quero que o mundo abane tal o desconforto, tal o conforto…

Um vazio...
Tudo se transforma no tempo:
A emoção
O sentimento
O momento
Tudo isto permanece incansavelmente dentro de nós. Algo que não saí, algo que insiste em ficar.
Mexe atormentado:


“Se um dia um anjo fizer
A seta bater-te no peito
Se um dia o diabo quiser
Faremos o crime perfeito

Sabe bem ter-te por perto
Sabe bem tudo tão certo
Sabe bem quando te espero
Sabe bem beber quem quero.”



(Excertos da canção “Quase perfeito” dos Donna Maria)

Um S de saudade


Segui com o meu caminho, longe de tudo o que de ti estivesse perto. Rumo sem sentido, vagueando por aí. Vi-te deserto, vi-te a encarar um caminho duvidoso. Quis chegar perto. Uma pessoa estranha com um ar desconhecido que me observava fez-me recuar. Recordei momentaneamente aquele olhar familiar que eu tanto adorava. Não queria lembrar, não queria ver aquilo que aos poucos se apresentava sem qualquer pretensão. Decidi não demonstrar qualquer tipo de emoção. Um lamento veio-me ao coração. Decidi afastar-me. Não que estivesse errada. Foi somente aquilo que escolhi.

Serro os olhos e tenho-te cada vez mais próximo. Ou por uma recordação, ou por me encontrar próximo.

Sinto-te perto...

Sinto-te longe...

Sei que no meio de tudo que vivemos ainda há temor. Prevejo-o com um olhar diferente do teu. Sempre assim foi… Porque é que iria mudar agora?


Satisfaço-me hoje na certeza que um dia possa ouvir mutuamente a palavra “Saudade…”

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Regressar ao mundo da cultura



Hoje regressei da terrinha.
Desta vez a minha passagem pelo Norte foi diferente.
Mal cheguei, pressenti que muita coisa tinha mudado: um solo mais desabrigado, o meu telemóvel estava satisfeito por ter a rede toda, as pessoas que lá se encontravam eram diferentes, do meu grupo de amigos, poucos lá se estavam.
Fui com a mala cheia, como se lá ficasse um mês. Não estou a referir-me a roupa, mas sim a trabalho e divertimento, pois sabia que iria para o desterro (nunca pensei chamar este nome à minha aldeia, mas quando sei que a minha pessoa vai ser a única companhia, pois assim chamarei a Toulões).
Muitos filmes vi, muitos passeios de bicicleta fiz, e pouco trabalho realizei.
Mas voltando às inovações, até que não desgostei. Sentir que poderia estar sempre contactável deixava-me menos solitária. Também a entrada para esta linda aldeia estava mais bonita. A Primavera fazia-se sentir a cada passo que dávamos, os bichos baralhavam-se com o nosso andar, os pássaros ouviam-se em cada fio de electricidade e alguns berros da canalha alegravam as ruas saturadas de histórias antigas.

Agora na cidade, aquele sossego faz-me falta. Sei que nestes dias muita alegria vai andar por lá, por mim era era naquela aldeia que continuava os meus dias mas, algo de desagradável arrastou a minha pessoa ao mundo da cultura mediática.

Projectos, definitivamente, dá cabo da minha pessoa!!

sábado, 4 de abril de 2009

Uma mania





Uma fita por aqui, outra passa além.
Uma coordenação calculada instintivamente.
Um segmento orientado por nós que dá azo a um caminho sem fim.
Um circulo perfeito, colorido que gira à nossa volta.
Um movimento singular onde ninguém nos pode tocar. Quando toca dói, quando não toca, não há como repeti-lo.
Um espectáculo bonito de se ver enquanto espectador, um espectáculo desafiante enquanto comandante.

À noite tudo fica mais quente, mais selvagem. Uma precisão onde nada pode falhar.
Um gesto divertido ao mesmo tempo perigoso.
Um movimento adjectivado como uma espécie de sublime...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Não sei o que chamar...

Por muito distante que estejamos, por muito tempo que os nossos olhos não se cruzem…
Uma vivencia, um sentimento nos une.
Barbaridades nós dizemos, carinhos nós trocamos, sempre.
Um cruzar que já não se descruza.
Uma comunhão com a vida que não se explica.
Estava eu, já não me recordo em que aula foi, a tentar lembrar-me da primeira impressão que tive de ti. Pouco me lembro, mas aquela imagem veio-me logo à cabeça.
Hoje conheço-te, vais comigo para todo o lado, lembro-te nas mais pequenas coisas, vejo-te naquilo onde os nossos gostos se cruzam.
Hoje vais comigo, amanhã irei contigo. Uma partilha entre amigas, uma partilha em família.
GOSTI!!
(Foto de erykenha)