Segui com o meu caminho, longe de tudo o que de ti estivesse perto. Rumo sem sentido, vagueando por aí. Vi-te deserto, vi-te a encarar um caminho duvidoso. Quis chegar perto. Uma pessoa estranha com um ar desconhecido que me observava fez-me recuar. Recordei momentaneamente aquele olhar familiar que eu tanto adorava. Não queria lembrar, não queria ver aquilo que aos poucos se apresentava sem qualquer pretensão. Decidi não demonstrar qualquer tipo de emoção. Um lamento veio-me ao coração. Decidi afastar-me. Não que estivesse errada. Foi somente aquilo que escolhi.
Serro os olhos e tenho-te cada vez mais próximo. Ou por uma recordação, ou por me encontrar próximo.
Sinto-te perto...
Sinto-te longe...
Sei que no meio de tudo que vivemos ainda há temor. Prevejo-o com um olhar diferente do teu. Sempre assim foi… Porque é que iria mudar agora?
Satisfaço-me hoje na certeza que um dia possa ouvir mutuamente a palavra “Saudade…”
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