sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um sentimento que não gosto

Um dos sentimentos que mexe mais comigo e que me incomoda senti-lo é a perda.
A perda de um amigo, de um familiar, de um namorado, a perda de um momento.
Aqueles momentos onde no passado fomos felizes. Livres na nossa cabeça e nas nossas atitudes. Onde as aulas eram uma seca e as férias eram o sinónimo das histórias. A romaria, o convívio saiam do desejo para a realidade. Que felicidade!
Hoje esses momentos são diferentes, hoje fica a lembrança dos momentos deixados num passado vivido.
Sinto a sua perda!
Com o tempo vem a perda de pessoas. Mais se vive, mais sentimos essa perda. No espaço, no tempo. Sentimos de várias maneiras por motivos diferentes.
Sentir que nunca mais irei ter o prazer da sua companhia, a beleza da sua presença.
Sentir que os momentos vividos nunca voltaram a ser vividos, é algo que me incomoda.
Não me tocar, não o ver, não o ouvir, não ir ter com a pessoa que partiu, que se foi embora.
Nunca se esquece uma perda querida.
É nestes momentos que olho para o futuro. Tenho medo.
Olho para o lado e admiro, admiro as pessoas que hoje têm filhos. Que arriscam o prazer de o ter, de o sentir.
Fui pessoa de querer ter muitos filhos, talvez número impar, mas hoje tenho medo.
Arriscar poder sentir aquele que é o pior dos piores sentimentos que um ser humano pode sentir coloca-me com o pé atrás.
Arrepia-me a lágrima de um pai ou de uma mãe, arrepia-me o seu gesto, arrepia-me o seu momento.
Vi recentemente uma cena dessas e chorei com ela.
Um desgosto para mim por o ver, maior para ela por o sentir.
Tenho medo!

Sem comentários: