quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A minha perdição


Aqui os olhos não comem, pedem para comer e a menina obedece.
Desta vez não consegui resistir ao pedido e lá fui eu toda airosa, maravilhar-me com esta delicia.
Os doces aqui são uma constante.
Não há montra de café que não esteja minada com coisinhas tão bonitas quanto esta.
Vou perder-me neste mundo tão doce, é um facto.

Objectivo próximo: Inscrever-me num ginásio!

Uma flor para a Sara por me ter aturado hoje

Lund é assim








Hoje a aula foi em Lund, perto de Lomma.
Mais bicicletas se vêm, mais a confusão se manifesta, mais pequeninos nos sentimos.
As lojas são sem dúvida aquilo que mais há de belo.
Muito eles têm cuidado no modo como apresentam as suas casas.
Esta última fotografia mostra a cafetaria onde tomei o balde de café mais barato, 0.80€.
Falo em balde porque quando se fala em café nesta terra, é tipo um self-service, ou seja, pagamos o café e de seguida vamos à mesa ao lado para nos servir da quantidade que queremos. Como apenas há canecas, as doses de café são industriais.
Sendo desta forma o serviço de café, paga-se entre um a dois euros e toma lá um café bastante aguado!

terça-feira, 30 de agosto de 2011



Ontem deu-me para isto.
Recordar momentos, momentos extremamente vividos.

O tempo

Por aqui o tempo muda mais rápido que o próprio tempo.
O sol vem, as nuvens vão, o vento surge e dá lugar à chuva.
O tempo muda e as pessoas mudam com ele.
Tanto andam de sabrinas como de botas.
Tudo está preparado para receber as suas oscilações.


Eu não me sinto preparada para isto.
Sempre que chove é certinho que chego com a roupa molhada a casa.
Ainda não acertei com os intervalos das gotas.
Ainda não acertei com os horários das grandes chuvadas.
Finalmente chegou a altura de tratar das bicicletas.
Com um dia bom para isso lá fomos tratar de arranjar as ditas. Optámos por ver aquelas dos nossos amigos, ver se estavam à altura das nossas necessidades.

Todas impecaveis!
Claro que nesse mesmo dia fui a pedalar para casa. Tava tão feliz que até deixei passar a rua da minha casa e continuei em frente como se o tempo não tivesse passado e a minha rua fosse ainda mais longe.
Afinal, era já ali!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um desafio

Depois da ida ao mercado de coisas em segunda mão que existe em Lomma, o meu quartinho ficou um pouco mais colorido, mais quentinho e mais acolhedor.

Apesar do esforço ainda muita parede branca existe e domina no meu quarto.
Sendo assim, e em jeito de vos oferecer a minha morada na Suécia, fica aqui a porta aberta de me mandarem alguma coisa para preencher o vazio instalado nas paredes do meu quarto.

Raquel Duque
Solberga
Bredgaton, 16B
234 36 Lomma
Sweden

Um achado e uma aquisição

Em Lomma, o lugar onde habito, conheci uma loja onde apenas vende vinhos.
Aqui é muito difícil, ou até mesmo impossível encontrar bebidas alcoólicas com mais de 3,5% vol de álcool num supermercado normal. Desta forma surgem este tipo de superfícies onde se consegue encontrar as mais variadas bebidas com uma taxa de álcool superior a 3.5%.

Em todas as prateleiras conseguimos encontrar vários tipos de vinho, nomeadamente os que vêm de Portugal.
Para conseguir minimizar a saudade do meu país, adquiri um vinho seu!

O vinho neste país não posso dizer que seja barato, porque não o é. Mas de vez em quando sabe bem adquirir este tipo de produtos.

Wanas Konst

Em Knislinge fomos conhecer Wanås Foundation, um lugar que recebe nos seus jardins, intervenções curiosas de variados autores, que nos fazem envolver nos seus pensamentos ao mesmo tempo que tentamos descodificá-los.











"O último a sair que feche a porta"




As primeiras descobertas

Instalada, já conheci onde irei ficar nos próximos meses bem como a minha Universidade.
Ao contrário da Cabeça e da Sara que ficaram em Alnarp, no campus da própria Universidade, eu fiquei a três quilómetros desse sítio, em Lomma. Não quer dizer que seja mau, tem vantagens e desvantagens como tudo na vida.
Para mim a maior desvantagem que até agora encontro é que não tenho Internet em casa. Tenho que fazer o percurso a pé para conseguir ter acesso ao mundo.
Para encurtar esse tempo de caminhada vou ainda esta semana tentar arranjar uma bicicleta. Aqui toda a gente anda de bicicleta, novos, velhos, todos utilizam esse meio de transporte. É tudo plano por isso é bastante fácil pedalar até ao fim da rua. Basta para isso seguir a linha do comboio.




Depois de conhecerem onde fica a minha Universidade, venham conhecer o meu quartinho...



Mais uma viagem


E assim começou a nossa aventura, a nossa viagem para terras Suécas.
As aventuras começaram no aeroporto e desde então nunca mais pararam.



Não sabia o que iria encontrar, não sabia se iria ser fácil ou não. Una coisa tinha certeza, estava sentada ali, naquele avião, prestes a descolar das terras portuguesas.
Naquele momento muita coisa passou pela cabeça. Muita coisa boa, muita coisa má. Estava no ar e só voltaria a minha casa no Natal. Muito tempo para mim, muito tempo tenho que aquentar, muita coisa irá acontecer na minha vida antes de regressar.
Não sabia o que iria passar na minha vida, que condições iria encontrar.
Hoje estou na Suécia e tenho a certeza que irei aproveitar ao máximo a minha estadia por aqui.

P.S.
Só, a tua prenda dá-me bastante jeito. Obrigada!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Aqui vou eu para a Suécia!

Amanhã começa a grande viagem, a grande aventura.

Lisbon 9h
Copenhague 13:45h

O meu último dia de praia, a minha primeira e última bola de berlim



E adorei!

Évora, até um dia


Ainda no outro dia fui a Évora.
Um frio na barriga surgiu e a ansiedade permaneceu até a ver.
Sabia que provavelmente seria uma das últimas vezes que a ia ver.
Lembrei-me da primeira vez que cruzei aquela rotunda.
Aquela dúvida e incerteza que tinha dentro de mim.

Passei pela rua que me via todos os dias durante o tempo que lá estive.
Passei pela porta que tantas vezes a abri e que hoje não a consigo libertar do fecho.
Passei pelo familiar e achei-o estranho.
Passei por aquela rua e quis possui-la novamente.

Hoje sinto que aquela lida cidade e que agora, faz parte de um passado que me pertence.
Tive pena de me vir embora, tive pena que tudo isto fique para trás.
Mas a vida corre e eu corro com ela.
Novos objectivos vêm e eu abraço-os de braços bem abertos.

Claro que voltarei,
Voltarei com uma enorme nostalgia
Évora sempre irá permanecer em mim
Évora irá sempre comigo!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Gosto tanto

Como um abraço sabe bem
Daqueles que nos dizem muito
Que nos dizem pouco
Daqueles que já não vimos há muito tempo
Daqueles que estamos sempre a ver.

Como sabe bem um abraço
Daqueles bem quentes
Daqueles bem encaixados
Daqueles que nos confortam a alma

Como sabe bem um abraço
Um abraço de uma criança
Curto e apressado
De uns braços curtos
Um abraço puro e inocente.

Há abraços que significam mais que
"olá", "adoro-te" ou "até já"
Há abraços que valem tanto pelas palavras como pelo momento
Valem pelo sentimento de o viver
De o sentir.

Muitos estão a ser os abraços sentidos
Aqueles que só voltarei a sentir mais tarde, 
Mais daqui a uns meses.
Muitos são aqueles abraços onde a vontade de encostar a cabeça no ombro e permanecer é grande.

Como sabe bem um abraço!

Aquilo que encontrei enquanto estive a passear pelas ruas de Oxford

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Um momento a repetir

Esta semana tem passado a correr. Muita coisa quero fazer, muita gente quero ver, muitas horas quero que os dias tenham.
Um dos locais que me deram a reviver foi este miradouro, lindo, em Lisboa, e onde passei uma tarde maravilhosa, calma e muito feliz. 
Nessa tarde revivi o lugar, revivi pessoas.
Desde que me mudei para Évora há cinco anos atrás, muitas foram as pessoas que foram ficando pelo caminho, ora porque os contactos foram-se perdendo, ora porque as vindas a Lisboa começaram a ser menos tempo e menos frequentes. Uns laços tornaram-se mais fortes, outros enfraqueceram acabando, alguns deles, por cair na inexistência do convívio.
Daqui a poucos dias vou para um país longuínquo e voltarei no final do ano. Hoje e durante esta semana, tentei agarrar alguns dos contactos longuínquos e agarra-lo. Desta vez foi um amigo meu que já não o via há sensivelmente quatro anos. Foi muito bom achar as diferenças deste a última vez que nos vimos. Disse que tinha ficado mais pequena e que a minha fala tinha mudado. 
Muita conversa se pôs em dia, muitas gargalhadas demos, muitas recordações houve para reviver e relembrar.
Soube da sua existência, soube como anda a levar a sua vida. Como grande parte dos jovens num projecto pouco seguro e pouco estável, mas está a fazer aquilo que gosta. Luta constantemente por um lugar no mundo na Fotografia.
Gostei de o ver e espero que mais momentos destes se repitam!

E porque gostei desta história... e porque é um grande exemplo de amor


Numa reunião de pais numa escola da periferia, a professora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos e pedia-lhes que se fizessem presentes o máximo de tempo possível...

Considerava que, embora a maioria dos pais e mães trabalhasse fora, deveria arranjar tempo para se dedicar às crianças. Mas a professora ficou muito surpreendida quando um pai se levantou e  explicou humildemente, que não tinha tempo de falar com o  filho, nem de vê-lo, durante a semana, porque quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava a dormir. Quando voltava do trabalho já era muito tarde e o filho já não estava acordado. Explicou ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo  para o filho e que tentava compensá-lo indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa. E para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando  ia  beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o  pai  tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.A professora emocionou-se com aquela  história e ficou surpreendida quando  constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.O facto faz-nos reflectir sobre as muitas maneiras de as pessoas se fazerem  presentes, de comunicarem com os outros. Aquele pai encontrou a sua, que era simples mas eficiente. E o mais  importante é que o filho percebia, através do nó, o que o pai  estava a dizer. Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou a presença indiferente de outros pais. É por essa razão que um beijo cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro... É importante que nos preocupemos com os outros, mas é também importante que os outros o saibam e que o sintam. 
As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem  reconhecer um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó num lençol...

domingo, 14 de agosto de 2011

Oxford, até outro dia...


Os Starbucks ficaram para trás, os dias de inglês intensivo ficaram em Inglaterra, os dias onde o facto de não estar a chover em pleno Verão, ficaram a alguns quilómetros de distância.


As pessoas que me acompanharam ao longo destas três semanas ficarão para sempre no coração na esperança de as voltar a ver.

Olhando para trás, gostei daquilo que vivi em Oxford, foram momentos onde conheci muita gente, de nacionalidades diferentes, com culturas variadas, de idades distintas, tenho outra perspectiva da língua inglesa, estou mais à-vontade, e acentuou-se o desejo de querer continuar a conhecer este país.
Ao longo destas três semanas de diversão, aulas e conhecimento, tive a oportunidade e o prazer de não ser mero turista para passar a ser viajante. Tive o prazer de praticar hábitos bastante ingleses, como sentar-me à mesa de um café a ler, beber cerveja como eles, praticar exercícios à mesma hora que eles e nos mesmos locais que eles, ter diversos prazer em cafés só porque me apeteceu sentar-me junto deles e mirar o que passava na rua à minha frente.
Fora a comida, que é bastante à base de Fast Food, e o tempo que é muito sombrio, adorei viver estas três semanas em Oxford. Aproveitar ao máximo os espaços urbanos, os espaços verdes, os ingleses, adorei mesmo.
Aproveitei o quanto podia e o que podia.
Hoje estou de regresso a Portugal, ao meu país, ao país que já tenho saudades!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O meu último fim-de-semana em Oxford

Neste momento o meu fim-de-semana está a começar.
Irá começar com um típico prato inglês, com uma ida ao Starbucks, passando por Bournemouth e terminando em Lisboa.

Hoje eu não me recomendo

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Hoje o tempo voltou a estar desagradável

Tabaco aqui não entra

Uma das coisas que não sinto em por aqui é o cheiro do tabaco.
No início da minha estadia não era a favor da extremidade que colocavam sobre as pessoas que fumam.
Aqui no Campus, se alguém quiser fumar tem que se dirigir para o outro lado da tenda, uma tenda branca que se encontra no jardim. Ao princípio discordava com este método, pois parece que os fumadores são bichos e que se têm de fugir das outras pessoas todas.
Hoje concordo com esta medida. É muito desagradável para aqueles que fumam esta medida, também fumei e sei perfeitamente o que isso é, mas também sei que é muito melhor respirar um ar dito normal e não com aquele cheiro típico do tabaco.

Nas discotecas e bares o processo é o mesmo. Se quiser fumar terei que ir às áreas destinadas a esse fim. Áreas essas localizadas em lugares estratégicos para não interferir no ar daqueles que não fumam.
O mais estranho que vi, e isso sinceramente não gostei, foi numa discoteca a área de fumadores ser literalmente na entrada da discoteca, ou seja, havia uma área minúscula cercada de grades, onde os fumadores concentravam-se todos aí. Nesta situação para além de proporcionar ao fumador o incomodo de estar restrito a um mini espaço já com outros tantos fumadores, torna-se um cenário péssimo para a entrada e imagem da própria discoteca.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Primeiro lugar na lista dos mais usados

Depois de três semanas aqui posso dizer que o telemóvel que mais vejo aqui são BlackBerrys.
Nunca vi tantos, num mesmo espaço e ao mesmo tempo. É inacreditável.
Pelo que vejo e ando analisando de uma forma descontraída, o meu telemóvel provavelmente está no lugar dos mais antigos e dos mais fracos que por aqui anda.
Quanto a roubos de telemóvel, penso que posso ficar descansada pois haverá sempre um melhor que o meu.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Violência instalada em Londres


Pelo que finalmente vejo aqui, as coisas por Londres não andam muito bem.
Por isso, hoje é dia de ficar por casa. Foi-nos aconselhado a nossa estadia em casa durante esta noite, pois haverá um manifesto no centro de Oxford porque, apesar de pequena, haverá muita gente doida no meio do concentrado humano. Entanto tomava banho ouvi a prova desse facto com o barulho de um tiro. Diversos sons se ouvem nas ruas, pessoas a gritarem a defenderem as suas causas.
Durante a tarde, muitos foram os helicópteros e ambulâncias que vi passar.
Por isso, hoje é noite de ficar por casa!

Um momento que custou a passar

Hoje fiz o meu exame. Nem sei se correu bem ou mal. Não sei se fiz as escolhas mais acertadas, o que sei é que já está feito e que não posso voltar atrás nas opções. Quando o finalizei doía-me todo o meu corpo. Apesar de estar no meio de duas pessoas, não tive tempo nem cabeça para me mover. Quando o finalizei senti um alívio ao mesmo tempo que senti uma nostalgia dentro de mim...
O exame tinha terminado e com ele sei que vêm os últimos momentos aqui.
É engraçado o seu contexto. Ontem conheci a terceira e quarta pessoa portuguesa aqui em Oxford em que uma delas vive na mesma casa que eu. Hoje, antes de me dirigir para o meu exame, enquanto tomava o meu pequeno-almoço conheci um tailandês bastante estranho mas que me aliviou dizendo que o meu inglês não era mau e que o meu exame iria correr bem. Houve uma tentativa da parte dele em aliviar-me da pressão que sentia. Foi bom ouvir isto pois foi este o pensamento que levei enquanto caminhava para a sala "não-desejada".
Quando saí daquela sala só me apetecia chorar. Não daquilo que fizera no teste, mas sim por sentir que tudo isto está prestes a terminar.
Não gostei muito das condições onde fiquei mas adorei as pessoas que conheci. Não sei se as voltarei a ver, o mais provável é que não. 
Momentos que senti, a evolução que sentira tanto no inglês como na relação que ia crescendo no dia-a-dia e nas dificuldades ultrapassadas. Uma experiência única.
Com este sentimento lá fui eu para um Starbucks afogar as minhas magoas num café e num delicioso muffin que tanto gosto e que só consigo o seu gosto aqui.

E como eu adoro estes momentos, de descanço, de paz interior, de não pensar em nada a não ser no delicioso momento que estou a viver!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O que se faz em Cambridge

Em Cambridge, o punting é sem dúvida o maior negócio que que esta cidade tem. Muitas são as vezes que fomos abordados por jovens a impingirmo-nos horas nessas viagens sobre o rio. Muitos foram os momentos engraçados que nesta zona da cidade.