Não sei se ria, não sei se chore

Há dias fui à Gulbenkian para ver se conseguia encontrar alguma coisa relacionada com os parques infantis ou o desenvolvimento da criança no meio urbano.

Antes de entrar para a livraria disse para mim mesma que não iria comprar nenhum livro que fugisse à temática pretendida.

Andei, andei e andei e não encontrei nenhum livro com a matéria relacionada com crianças. Apesar dessa frustração encontrei estes dois livros: 

Não era aquilo que queria mas achei o conteúdo bastante interessante.

Não sei se ria não sei se chore. Apenas sei que, em horas de sufoco financeiro, livrarias são lugares onde nunca poderei ir. Pois ir a estes locais e não trazer um saco debaixo do braço está a tornar-se um acto impossível!

Pérolas #3

Hoje fui a Évora

Hoje fui a Évora e fui nervosa.

Foi como um regressar pela primeira vez.

Senti curiosidade.

Senti como se já estive passado muito tempo desde a minha partida.

Hoje fui a Évora e o tempo não estava sorridente.

Estava o céu coberto

Como se estivesse a habituar-se à ideia da minha volta.

Hoje fui a Évora e fui à Universidade.

O espaço está na mesma.

As pessoas estão na mesma.

E a lentidão das mulheres do bar permanece.

Hoje fui a Évora e revi alguma boa gente.

Um pouco mais calmos e mais velhos.

Iguais a si mesmos.

Deu para matar algumas saudades.

Hoje fui a Évora e quero continuar a ir e a ver no seu interior os momentos que deixei e as pessoas que ainda continuam por lá. 

Os 25 aninhos

Assim estava eu no dia dos meus anos.

Ontem fiz 25 anos. Um quarto de século ou então metade de metade de século.

Para muitos é pouco, mas para outros é motivo de nos chamarem de cota. 

De maneira geral o dia correu bem, diferente dos anteriores pois foi passado em Lisboa, junto da família. Desta forma ainda posso afirmar que ainda não passei  o meu dia de anos a trabalhar.

Quanto ao próprio dia de anos. Adoro que o dia 26 de Janeiro de cada ano venha e que fique algum tempo. Gosto de fazer anos e de sentir que estou a viver o meu dia. Talvez por ser apenas um em cada ano, e ainda bem que o assim é, mas o que certo é que dou bastante valor a este meu dia.

O carinho é tanto que até olho para a data e a sonoridade deste meu dia até parece e cai de forma diferente nos meus ouvidos, mexe algo em mim.

Ontem fiz 25 anos e amanhã é dia de festejo nas terras albicastrenses. 

Esta semana

Esta semana promete. 

A começar, é a semana que mais gosto.

A terminar, vou à capital a meio da semana.

Isto porquê??

Faltam 4 dias para fazer os meus 25 aninhos.

Pérolas #2

Castelo Branco é assim...

Uma cidade pequenina, com pouco movimento e onde as pessoas são simpáticas. Uma cidade onde tudo o que precisamos fica perto, onde não preciso de carro e uma cidade que se irá adaptar perfeitamente à bicicleta que vem aí. Em Castelo Branco consigo ver algumas pessoas que já não via há algum tempo e que hoje até me cruzo com elas na rua sem haver encontros marcados.

Castelo Branco é pequeno.

É uma cidade que, tanto é cidade com é campo e quando isso acontece, vem o cheiro a lareira, as árvores de fruto, a calçada, os velhotes com as suas boinas e o som dos passarinhos a cantarem para alegrar os nossos passos.

Castelo Branco é assim, uma cidade em ponto pequeno onde tem bares e discotecas, mas também tem os cafés tipo taberna, tem grandes vias como também tem os lugares de difícil acesso, tem a biblioteca e o teatro mas também tem o seu Castelo, tem as grandes vivendas e prédios mas também tem as suas ruas pequenas onde toda a gente se conhece.

Castelo Branco é assim, uma cidade que encanta...

Um abraço

Um video que faz pensar.

Porque é que abraçar um ser que é tal como nós, que tem sentimentos, que tem uma história, que tem os seus próprios valores, tornou-se um acto estranho? 

Porque é que estender os braços num acto de apenas "querer bem", pode ser visto com olhos de desconfiança?

Onde iremos para com este individualismo, de não olhar para o lado e ver que há ali alguém à espera do nosso abraço?

E agora...

Depois de um dia a palmilhar Castelo Branco quase inteiro e depois da ida ao ginásio, nada melhor que um jantar em conjunto e em boa companhia. Neste jantar houve de tudo um pouco, partilha, as calorias que consumi durante todo o dia e cachorros. Sim, um jantar de cachorros e que bem me souberam! Na fotografia pode-se ver o aspecto da mesa no início da refeição.

É impressão minha ou está mesmo frio?

Desde quinta-feira que ando mais tempo na rua do que dentro de qualquer edifício. Ora entro numa rua para sair noutra, ora vejo pequenas maravilhas dentro da cidade, enfim, pequenas maravilhas que encontro enquanto caço os parques infantis desta cidade.

Fora esse pequeno divertimento, hoje foi daqueles dias para morrer.

Não estou constipada mas dói-me o nariz devido ao frio que hoje apanhei.

De manhã esqueci-me das luvas e do gorro em casa, as minhas mãos pareciam que saiam do corpo, que elas eram meros objectos que tinha na extremidade dos meus braços.

Hoje esteve mesmo frio.

Não que o meu corpo tremesse, caso impossível devido à quantidade de quilómetros que ando diariamente, mas as minha mãos, bochechas, nariz e orelhas sofreram e sofreram bastante.

Como estará a temperatura amanhã? Mais frio não!

Uma vida saudável

Faz hoje uma semana que vim parar a esta casa, que vim parar a Castelo Branco.

Aliado a esta mudança de vida e de terra, vem o cuidado com a alimentação, não só por mim mas porque aqui em casa a boa alimentação faz-se todos os dias o que motiva a minha pessoa a praticá-la também. 

Uma das razões pelas quais digo isto é o facto de eu neste momento estar a fazer a minha segunda sopa desde que aqui estou!

A primeira que fiz optei por um creme de legumes com espinafres que, para quem a provou estava com pouco sal.

Hoje optei por um creme de ervilhas com bacon. Ainda está no lume mas posso já adiantar que aspecto ele tem!

A juntar a esta alimentação, entra o ginásio que durante a próxima semana irá prometer ser puxado.

Pérolas #1

Quem é que por vezes não sente vontade de ouvir aquelas músicas que marcaram momentos da nossa vida?

Quem é que por vezes não gosta de recordar a adolescência ao som das músicas que ouvia na altura?

Ontem estava num café/bar quando reparei que as músicas que estavam a passar eram todas dos anos 90. Entre as músicas que conhecia mais, outras que conhecia menos, o que é certo é que ouvi-las fez-me recordar os momentos que vivi na época em que as ouvia com mais frequência. 

Hoje recordo-as aqui no meu blog.

Para começar ficamos com o conhecido video dos Backtreet Boys. 

Uma semana que passou

Já se notam os dias mais pequenos. O sol ainda está presente e o seu calor aquece os dias de temperaturas baixas. Apesar disso, ainda se consegue estar debaixo do sol, despidos de paredes.

A cidade fica mais bonita e o prazer de estar aqui torna-se maior.

Já passou uma semana e a rotina ainda está pouco equilibrada.

Ainda corro muito de um lado para o outro na incerteza se conseguirei fazer tudo.

Entre a rotina das horas que o trabalho exige, o ginásio, os cafés e o trabalho que à posteriori há para fazer, tudo tem que ficar orientado até ao final desta semana!

Primeiras impressões

Como os dias de trabalhador passam! Nunca pensei que fossem tão pequenos. Ou melhor, o que acontece é a tentativa constante de fazer aquilo que fazia num dia normal não tendo um trabalho diário nas mãos. Hoje há trabalho e pouco tempo para as coisas que a mim me pertencem.

Desde o último post que aqui coloquei que muita coisa mudou, na vida e na mente.

Começando no próprio dia em que cheguei onde conheci as meninas todas aqui de casa. A Marisa, a Vânia e a Eduarda. Conversa puxa conversa, logo na segunda-feira, eu e a Vânia, fomos conhecer um ginásio. Já lá fomos duas vezes e amanhã há mais.

Já fui e conheci alguns cafés, o forum e hoje é dia de jantarada.

Os jantares em grupo nesta terra não são muito caros em comparação à cidade de Évora, aliás, tenho notado que a vida nesta cidade não é cara e é boa.

Em primeiro lugar, não preciso de transportes para me deslocar aos lugares mais importantes pois tudo aqui é perto.

Em segundo lugar, os próprios produtos conseguem ser mais baratos aqui.

Em terceiro lugar, consigo ter uma vida social agitada, não só através das minhas colegas de casa que me levam para todo o lado e fazem-me pertencer à sua vida já ambientada nesta cidade, como através das pessoas que aqui conhecia.

Quanto ao trabalho em si começa agora a ter orientações mais definidas. Ouvindo de um lado e do outro vou captando tudo aquilo que me dizem sem escapar um "ai".

A caminhada por Castelo Branco em busca dos parques infantis já começou!

A ideia que tenho desta primeira fase, onde vou aos parques infantis detectar o que de bom e de mau têm, segundo a lei, faz-me lembrar a época que tinha vegetação. Nessa altura andava sempre atenta à vegetação que estava ao meu redor na expectativa de encontrar plantas que soubesse dizer o seu nome. 

Penso que nesta fase e daqui para a frente irá passar-se isso mas com os parques infantis. Se eles vão ao encontro da legislação em vigor ou não. Saber o que as pessoas pensam e como elas usam esses espaços.

É um trabalho repetitivo mas que ao mesmo tempo é bastante interessante.

Amanhã há mais caminhada!

A casinha

É num sétimo esquerdo que a minha casinha se localiza. Partilho-a com mais 3 raparigas todas elas jovens trabalhadoras.  

Cozinha

Vista da cozinha

Sala

Quarto

Vista do quarto

Um novo começo

Hoje será o início, amanhã é o começo da grande fase que durante nove meses vou viver.

Mais uma vez andei com a casa às costas. Encontrar as malas, organizá-las e começar a colocar a roupa e pertences que são mais importantes para o começo, voltar a desfazer e voltar a fazê-las, para melhor arrumação, tudo isto implicou sete malas dentro do autocarro.

Hoje já estou na nova cidade que me irá acolher durante 9 meses. Castelo Branco é uma cidade pequena onde tudo é acessível. A Câmara, onde vou estagiar fica a 10 minutos a pé da minha casa, se tanto, no caminho passo por uma série de lojas, inclusive, o Pingo Doce e o Mercado. A estação de autocarro fica a 2 minutos e já percebi que fico perto de um ginásio, embora ainda não saiba  sua localização.

Estou a 11 minutos das famosas Docas e mais uns poucos minutos da biblioteca e do teatro.

Como se vê tudo fica perto do meu novo abrigo. 

Apenas uma operadora de telemóveis a criar os anúncios mais originais

Se não me tornasse a ovelha negra na lista de números de telemóveis dos meus amigos e familiares mudaria para a Optimus. Não só pelo tarifário mais barato, pelos telemóveis mais baratos, mas muito por causa destes anúncios maravilhosos que nos oferecem e nos fazem, por momentos, esquecer do mundo em que vivemos. 

que se note que a Optimus é a operadora com menos clientes. 

Gérard Castello-Lopes

Gérard Castello-Lopes (1925-2011) foi o lídimo representante da geração de ouro da fotografia portuguesa - a que emergiu nos anos 1950. Na companhia de Sena da Silva, Carlos Afonso Dias e de vários outros, Castello-Lopez acertou a fotografia portuguesa com o que, de melhor, se fazia lá fora. No entanto, a maior parte destas obras permaneceram desconhecidas até à sua revelação pela Galeria Ether (Lisboa), em plenos anos 1980. Ao contrário dos seus colegas, Gérard Castello-Lopes retomou gloriosamente a fotografia em 1982, e continuou a fotografar e a expor até 2008.

Nasceu em Vichy (França), em 1925, Castello-Lopes morreu em Paris a 12 de Fevereiro de 2011. Com uma vida dividida entre Portugal e França, marcou não só o cinema (como crítico, actor, assistente de realização e administrador de Filmes Castello Lopes), em Portugal. No ano da sua morte, o BES Arte & Finança, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, homenageia esta grande figura da cultura portuguesa com uma grande exposição retrospectiva - a maior que alguma vez lhe foi dedicada.

Concebida e organizada por Jorge Calado, "Aparição - A Fotografia de Gérard Castello Lopes 1956-2006" inaugurada no BES Arte & Finança (...) serão exibidas 153 fotos do artista, algumas em provas de vários formatos ( de 4 cm a 2 metros), ilustrando as suas concepções sobre escala.

Em Lisboa, mostra pode ser visitada gratuitamente no espaço BES Arte & Finança, na Praça Marquês de Pombal, nº3, todos os dias úteis, das 9h às 21h.

Fotografias que elevam a nossa imaginação e nos fazem pensar na história que têm por de trás de toda aquela imagem, daquele olhar. 

O tentar achar o porquê daquele flash e da importância que essa fotografia teve para o próprio fotografo. Nota-se na foto que nos dá a conhecer a pedra, essa captação foi para o autor uma raridade. Nessa captação podemos encontrar a essência da metafísica, se é que assim se pode chamar. Nesta imagem podemos ter a percepção da grandiosidade da pedra como o seu vazio, que ela de facto o é. Das muitas fotografias que tirou àquela pedra, é a foto que está exposta que demonstra essa contrariedade, essa dicotomia.

Houve outras fotografias que me chamaram à atenção mas como infelizmente não levei máquina fotográfica apenas ficaram na minha memória.  

Escala, profundidade, tanto da imagem como da orientação que a esta oferece aos nossos sentidos e que por vezes nos fazem sair de onde estamos para chegar à realidade daquele rosto, daquela imagem, daquela realidade.

Os novos temas de Filipe Pinto

Começa a lançar os temas da sua autoria, Filipe Pinto tem-me conquistado. 

Pela entrevista nota-se um rapaz com bastante cautela, mede cada passo e cada palavra. Estou curiosa para ver o resultado da sua temporada em Londres bem como as suas primeiras experiências musicais traduzidas num CD. 

Provavelmente será uma aquisição para o ano de 2012. 

Segundo o Carlos Nobre, Pacman, os músicos portugueses não conseguem viver somente dos CD's que produzem. Este artista para conseguirem ter o seu próprio dinheiro têm que ir para além disso. No caso  do artista Pacman, os Da Weasel nos últimos anos já conseguiam viver dos seus concertos, mas até lá os artigos publicados, as letras que o Pacman fazia, serviam também para a ajuda da sua liberdade financeira. Ouvindo estas palavras, penso que um modo de incentivar estes cantores novos a apostarem fortemente em cantarem em português e sentirem-se recompensados por isso é mesmo comprando os seus trabalhos. Como tal, e seguindo-me pelas palavras de Carlos Nobre, o CD de Filipe Pinto estará nas minhas aquisições deste ano.

Lisboa

Entre 2011 e 2012

2011 foi um ano com um começo difícil. 2011 foi importante para voltar ao de cima e dar continuidade à vida. Foi também um ano de aventuras, começando por me meter num viagem para um país desconhecido durante três semanas onde apenas ia eu. Com isso as férias ficaram reduzidas a 10 dias pois a grande aventura já tinha data marcada, a ida para a Suécia. 

Entre os momentos de não fazer nada e aqueles em que havia muito para fazer, o tempo foi prosseguindo sem grandes alarmes, com tranquilidade. No regresso, tinha o grande aniversário. Um dos anos mais importantes da minha mãe, os seus 50 anos! Uma enorme festa foi feita ao qual esperou-se alguns convidados mesmo sendo véspera do dia de Natal.

A passagem do ano foi feita em Lisboa. Uma forma de conhecer um pouco mais a cidade que me vir nascer. Lisboa é daquelas cidades que aos poucos tem-me surpreendido de forma positiva no decorrer da minha vida. Inicialmente quase que fugia dela, evitando o seu contacto. Ia porque era neste local que havia os concertos, os espectáculos e os melhores e mais bonitos restaurantes. Hoje gosto de lá ir e gosto de permanecer. Começo-a melhor, aprecio a sua evolução, o seu crescer e a constante tentativa de não se sentir só. Hoje gosto de Lisboa, tanto de dia como de noite. Apesar desta mudança de ideias, há assuntos que permanecem e permanecerão dentro de mim: Lisboa, para mim, não é a cidade que queira viver e construir o meu futuro.

2012 irá ser o resultado do tempo que andei a estudar. 2012 irá ser o ano onde irei terminar o meu curso fazendo o estágio na cidade onde sempre desejei fazê-lo, Castelo Branco.

Irá começar por mais uma mudança, voltarei a fazer as malas em rumo a um novo desafio, um novo trabalho, ao início da minha vida no contacto com o mundo do trabalho.