quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Gérard Castello-Lopes

Gérard Castello-Lopes (1925-2011) foi o lídimo representante da geração de ouro da fotografia portuguesa - a que emergiu nos anos 1950. Na companhia de Sena da Silva, Carlos Afonso Dias e de vários outros, Castello-Lopez acertou a fotografia portuguesa com o que, de melhor, se fazia lá fora. No entanto, a maior parte destas obras permaneceram desconhecidas até à sua revelação pela Galeria Ether (Lisboa), em plenos anos 1980. Ao contrário dos seus colegas, Gérard Castello-Lopes retomou gloriosamente a fotografia em 1982, e continuou a fotografar e a expor até 2008.
Nasceu em Vichy (França), em 1925, Castello-Lopes morreu em Paris a 12 de Fevereiro de 2011. Com uma vida dividida entre Portugal e França, marcou não só o cinema (como crítico, actor, assistente de realização e administrador de Filmes Castello Lopes), em Portugal. No ano da sua morte, o BES Arte & Finança, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, homenageia esta grande figura da cultura portuguesa com uma grande exposição retrospectiva - a maior que alguma vez lhe foi dedicada.
Concebida e organizada por Jorge Calado, "Aparição - A Fotografia de Gérard Castello Lopes 1956-2006" inaugurada no BES Arte & Finança (...) serão exibidas 153 fotos do artista, algumas em provas de vários formatos ( de 4 cm a 2 metros), ilustrando as suas concepções sobre escala.

Em Lisboa, mostra pode ser visitada gratuitamente no espaço BES Arte & Finança, na Praça Marquês de Pombal, nº3, todos os dias úteis, das 9h às 21h.


Fotografias que elevam a nossa imaginação e nos fazem pensar na história que têm por de trás de toda aquela imagem, daquele olhar. 
O tentar achar o porquê daquele flash e da importância que essa fotografia teve para o próprio fotografo. Nota-se na foto que nos dá a conhecer a pedra, essa captação foi para o autor uma raridade. Nessa captação podemos encontrar a essência da metafísica, se é que assim se pode chamar. Nesta imagem podemos ter a percepção da grandiosidade da pedra como o seu vazio, que ela de facto o é. Das muitas fotografias que tirou àquela pedra, é a foto que está exposta que demonstra essa contrariedade, essa dicotomia.
Houve outras fotografias que me chamaram à atenção mas como infelizmente não levei máquina fotográfica apenas ficaram na minha memória.  
Escala, profundidade, tanto da imagem como da orientação que a esta oferece aos nossos sentidos e que por vezes nos fazem sair de onde estamos para chegar à realidade daquele rosto, daquela imagem, daquela realidade.

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