sábado, 25 de fevereiro de 2012

O caso da adopção de crianças por casais do mesmo sexo


Foi chumbada a lei que permite que os casais homossexuais adoptem crianças.
É legal haver casamentos de pessoas do mesmo sexo.
Não é legal a adopção de crianças por casais do mesmo sexo.

Se há uns tempos atrás pensava que esta ideia, dos casais homossexuais poderem adoptar crianças, não fazia sentido ser transposta para a realidade, hoje em dia penso que seria uma ideia que poderia andar para a frente.
Muitos são os senãos, mas muito há para contrariar esses "senãos".
Ao ser aprovada a lei que permite que casais do mesmo sexo casem, haverá um desejo de partilha, não só da casa, dos bens, da alegria, da tristeza, do amor e do carinho, mas também da necessidade de dar tudo isto a um ser que, em conjunto decidam adoptar como seu filho. Um amor e uma família que, devido ao chumbo da lei que permite essa adopção, fica apenas pelo desejo. Meninos e meninas que como é sabido estão em instituição ausentes de carinho, de afecto, expostas a violência e a violações, e que anseiam por um lar, uma família, devido à lei que chumbou essa adopção, faz com que haja lares com disponibilidade para amar, e crianças desejosas de serem amadas, mas porque não é permitido essa união, irá continuar a haver essa separação, esse desejo, e continuará a haver crianças a crescerem por si próprias, ausentes de uma família que poderia ser a delas.
Por outro lado, há a sociedade. 
Estará a sociedade preparada para deparar-se com a nova realidade?
As crianças entre elas são más, elas batem-se, elas ofendem-se e, na minha opinião, é nesse mundo que cai o maior problema nesta adopção. A exclusão, as ofensas e o ser diferente, tudo isto hoje em dia já existe, ora por ser preto ou por ser branco, ora por ser excessivamente magro, ora por ser excessivamente gordo, ora por usar óculos... Tudo isto serve como pretexto para excluir e para que haja um sentido de superioridade entre as crianças. Este seria mais um, é verdade, mas também, essa adopção ao passar a ser legalizada, haveria mais casos, deixaria de ser uma raridade para passar a ser uma realidade mais comum. Haveria um maior sentido de compreensão, de abertura de mentalidades.
Neste país, onde os homossexuais têm lutado tanto para poderem ter os seus direitos de ser felizes com a sua orientação sexual, ainda não conseguiram a expansão da família. Neste aspecto, e devido ao chumbo da adopção de crianças por casais do mesmo sexo, os casais entre mulheres têm vantagem porque, mesmo que não possam adoptar crianças sempre lhes é possível fazer inseminação artificial. Com este chumbo gera-se a desigualdade entre estes casais. Para além dessa descriminação, esta reprovação não impede a existência das tais crianças crescerem num seio de uma família de apenas um sexo. Com este chumbo, não há esse impedimento, e haverá menos casos de crianças nessas circunstâncias, haverá menos número e com isso serão casos raros.
Por outro lado, e ainda continuando com a minha marca a favor, são com este passos que a sociedade caminha, evolui. Se antigamente o problema era o divórcio, hoje é o problema da adopção de crianças entre pessoas do mesmo sexo. Não é a negar esta realidade que a mentalidade social anda para a frente. Tenho que encarar que hoje  a necessidade social é essa e temos que aceitar isso.
Passa por cada um de nós, aceitar, respeitar de que nem todos nascemos e crescemos da mesma maneira, no mesmo contexto, respeitar a orientação sexual de cada um, respeitar os desejos dos outros. Assim poderemos caminhar para uma sociedade mais equilibrada.

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