domingo, 1 de maio de 2016

Dia da mãe

Para mim, dia da mãe devia ser todos os dias. Mas, pensado melhor sobre esse assunto, de facto, o dia da mãe é todos os dias.
Todos os dias digo-lhe que gosto dela.
Todos os dias dou-lhe beijinhos e abraços.
Todos os dias a vejo.
Talvez a grande diferença entre o dia de hoje para os outros todos, é que neste dia há almoço fora de casa e uma prenda para ela (claro que isto não pode ser todos os dias, por questões óbvias).
É tão engraçado ver como a minha mãe vibra com este dia. Ela faz questão de estar com os dois filhos (marca na agenda), faz questão de receber uma prenda, e faz questão que nos lembremos que hoje é o dia dela (passa a semana anterior a dizer que dia X é dia da mãe). E o mais curioso disto tudo é que eu acho imensa graça a este jeito dela. Parece que nasce dentro dela a mesma alegria de uma criança desejosa que chegue o seu dia. Faz-me lembrar a minha pessoa em relação aos meus anos (fico maravilhada quando chega o dia).

Não sou mãe. Até ao dia de hoje sou apenas filha, mas, se colocar a hipótese que um dia um/a filho/a possa vir a ser como eu, acho que desisto da hipótese de vir a ser mãe. Quando era pequena chorei muito (birras mesmo), não comia, em adolescente fui aventureira, e nesta fase estou profissionalmente instável. Tenho a certeza de que, caso os cabelos brancos da minha mãe falassem, parte deles diriam que estão brancos por causa de mim. Mas não faz mal porque mesmo com cabelos brancos a minha mãe é linda. E é devido à sua paciência e muito mais, que estou imensamente grata à minha mãe por ela existir na minha vida e de ser como ela é. Abre-me os olhos quando o deve fazer, está presente na minha vida e ouve todos os meus devaneios e desabafos, choros e alegrias. Não sou propriamente a filha mais maravilhosa deste mundo, mas uma coisa eu tenho a certeza, amo a minha mãe do fundo do meu coração. 

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