sábado, 7 de maio de 2016

Ontem foi dia do programa Sexta às 9, na RTP 1, e do programa Sexta às 11, na RTP 3, irem para o ar. Por um lado, acho estes programas muito interessantes, pois vão mais a fundo nas questões que, durante a semana nos deixam com a pulga atrás da orelha.  Por outro lado, são programas que me deixam um tanto ou quanto triste e desiludida com a própria sociedade onde me insiro.
Ontem estes programas focaram -se nas condições de trabalho que determinadas empresas praticam e falou-se sobre a precariedade no trabalho, nomeadamente em Call Center's.
É triste quando olhamos para o ecrã da televisão e vemos:
Três jovens, nas quais duas delas doentes, uma com cancro e que corria o risco de vir para a rua sem nenhum dinheiro, e outra que, aos 31 anos de idade já tinha no seu historial de saúde um principio de AVC devido às condições e pressões do trabalho;
Quando ouvimos pessoas que já tiveram que assinar um papel a restringir idas à casa-de-banho, ingerir água ou alimentos, fora do tempo de intervalo (15 minutos de manhã e 15 minutos à tarde);
E ouvimos a existência de empresas que, são fiscalizadas, os agentes vêem irregularidades, mas, devido às regras/burocracias estabelecidas, nada podem fazer. E o que acontece? Nada se faz e a precariedade continua.
Ontem, nestes dois programas, vimos a sociedade que estamos a construir. Se em tempos lutou-se pelo direito do trabalhador, hoje, esses direitos estão a desaparecer. É assustadora a realidade do trabalho. Não há respeito, não há dignidade, e os valores estão a desvanecer-se.
Vamos ver no futuro, o nosso, e das próximas gerações. 

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