dos que se esquecem de comer a sopa
e embarcam na primeira nuvem
para um reino sem pressa e sem dever."
Passeando, observando e fotografando o quotidiano que nasce à minha volta, sinto-me aninhada no seu seio. Inspira-me para alcançar novos horizontes que mal conheço que me fazem sentir tão bem, tão próxima de mim.
Vidas singulares que se cruzam,
Um cruzar de portas abertas,
Abertas para nós.
Sem jeito definido e sem rumo traçado, caminho a passo lento.
Que se passa?
Um alvoroço,
Os gritos de uma vendedora,
O cantar de uma lavadeira,
O bater das asas de um pássaro,
Um nada...
Nada muda neste bairro pacato que nos acolhe com um sorriso, com um gesto carinhoso.
Guardamos e ali somos lembradas.
Sinto-me bem,
Sinto-me num outro mundo,
Sinto que sou dali!
(Poema de Alexande O'Neill)
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