sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Pessoas sós


Vida citadina, uma escolha, uma obrigação, seja o que for.
Percursos rápidos onde, por vezes a nossa única companhia, ou é um lápis e uma folha, ou um livro. Pessoas que se cruzam todos os dias, que se dirigem para a mesma zona mas que não se conhecem, não se falam. Cada uma segue o seu caminho sem hipótese de parar para trocar meia dúzia de palavras.

Não tenho saudades desse tempo, dias que para chegar a casa tinha que apanhar metro e comboio. Manhãs ensonadas onde a minha única companhia foi um livro. À minha volta, gente com os seus saquinhos do almoço, prontas para ir para o trabalho, com um ar tão triste que se fazia notar nas suas caras sem qualquer dificuldade!

Na teórica o transporte público devia ser para os seus utilizados falarem, conviverem, sorrir, chorar, enfim…. A partir do momento que o ser humano não sabe, não consegue viver fora de uma sociedade, era lógico que nesses momentos houvesse diálogo, houvesse interacção. Mas não! Na prática existe tudo menos um convívio!
É triste esta realidade, onde toda a gente se fecha numa bola tão forte que poucas pessoas têm a oportunidade de a furar e ver o que se esconde no seu interior.
Não gosto da vida citadina, bem-vindo ao campo!!


(Foto de Ana Franco)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008



Ontem foi um dia bastante importante para as nossas vidas mas, principalmente para a tua: Foste eleita Notável!!

Uma pessoa que admiro por:

Ter sempre um sorriso pronto a ser mostrado

Um riso lindo

Uma amiga sempre pronta para os seus amigos

Uma pessoa calma mesmo nos momentos de grande stress (hum... poucas são as vezes que isto não acontece)

Sonhadora

Que leva a vida numa brincadeira admirável mas que apesar disso, muito responsável

Uma pessoas extremamente eléctrica

Uma pessoa sempre pronta a surpreender

...

Por isto e muito mais,

PARABÉNS!!!!

Parabéns por seres quem és, Parabéns por seres Notável.

Amo-te

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Vamos ouvir as Tunas!

"Oh! Évora do Sol,
Do meu calor.
Onde eu conheci
o meu amor.
Eu te amo...

Tens saia longa e branca,
Da Terra ao Céu.
E os teus cabelos loiros
Que o Sol te deu.
Oh! Évora...

Nas noite de luar
Vens à janela,
Coimbra fica a ver,
És a mais bela
Das cidades...

No frio do Inverno
Deixas-me só
Vagueio por aí,
À espera do Sol.
Oh! Évora...

No Alentejo
Tens teu lugar.
E para sempre
às de ficar.
Dentro do meu
Coração..."

Música sentida e cantada pela Tuna de Évora, Seistetos.
Hoje, a minha turma vai traçar a capa ao som das Tunas de Évora.

Vai começar a Recepção ao Caloiro!
Com muita pena minha, será a última vez que os vou ouvir com os meus bichos.
Isto porquê?
Porque no Sábado deixarão de ser bichos e passarão a ser chamados de caloiros!!
Ohhh...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Muito tempo longe de casa..


Saudades de casa.
Saudades da família.
Saudades dos amigos distantes.
Saudades das pessoas que deixei para trás.
Saudades do meu quarto.
Saudades das noitadas no Bairro.
Saudades de ver os meus amigos a tocar.
Saudades da comida da mama.
Saudades das implicâncias do meu irmão.
Saudades do Irish.
Saudades de um snooker.
Saudades do bebe.
Saudades da terrinha.
Saudades daquelas noites especiais.
(foto de Marta Ferreira)

sábado, 25 de outubro de 2008

Jardim Amália Rodrigues





Na quarta-feira passada, estava eu na minha aula de Vegetação II, quando a professora referiu no seu discurso o Jardim Amália Rodrigues, em Lisboa. Nesse momento, veio-me logo à mente a minha passagem por lá este Verão com a minha mãe.
Um jardim projectado pelo GRANDE Arquitecto Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles que hoje em dia está ao abandono por parte das pessoas que cuidam da sua manutenção. Um espaço que pelo que reparei tem bastantes utentes que o visitam, ou para tomar um café no estabelecimento que existe junto ao lago, ou para fazer alguma actividade física, ou ainda, para fazer uma pausa no seu quotidiano sentando-se num dos bancos.

Pelas fotos, repara-se no estado do lago que, por estar ao Sol todo o dia vai, pouco a pouco desaparecendo, e com isso os peixes vão morrendo e a própria beleza do lugar fica comprometida. Olhando para a água, nota-se o lixo acumulado ano após ano e que fere com gravidade a vida dos seres vivos que ali vivem e que fazem daquele lago a sua casa, o seu meio, o seu mundo.
Vendo outra foto observamos um caminho pedestre que apenas no leva a um arbusto. Sendo assim, como é que eu passo por uma Lantana camara se esta espécie faz uma barreira, quer física, quer visual?
Já sei!!!!
Não passoooo!!
Pois bem, uma realidade pouco agradável quando se quer desfrutar da Natureza na sua mais pura essência sem obter qualquer tipo de obstáculos.
Um lugar com grande potencialidade onde podemos possui-lo de diversas formas mas que, devido à sua péssima manutenção, acaba por ser um espaço que nos deixa pouco à-vontade no meio daquela secura toda que, em vez de estarmos num jardim, pensamos que estamos num deserto.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Uma noite em Coimbra





Estava eu, a Mónica e a Sara na nossa aula de Projectos II no dia 22.10.2008, quando a Sara disse:
“Estava numa de ir hoje ver a Serenata a Coimbra!”
E alguém respondeu:
“Hum… Vamos?”
Outra insistiu:
“Bora?”
Conclusão:
No momento seguinte telefonámos ao Márcio para trazer o seu saco-de-cama, saímos mais cedo dessa aula, fomos trajar, e às 17h lá estávamos nós de volta ao Quartel para a nossa última aula do dia. Às 18h arrancámos para Coimbra.
Quatro amigos que se puseram a caminho dessa cidade alegres da vida, a cantarem as músicas das praxes trazendo sempre Évora no nosso coração.
Três horas e meia foi o que bastou para termos a grande cidade de Coimbra em frente aos nossos olhos. Só estudantes trajados nas ruas, a cantarem e a beberem entusiasticamente preparando-se, emocionalmente, para mais uma longa noite.
Fomos jantar a um restaurante onde nos apercebemos ser um dos predilectos para os jantares de grandes grupos académicos.
Já jantados, lá saímos com uma cervejinha na mão prontos para começar uma imensa subida até à Sé.
Fartos de apanhar com vento na cara e com os pés exaustos, chegámos finalmente! Cheios de cede, pedimos informações sobre a localização de uma tasca o mais próximo possível do sítio onde nos encontrávamos.

Por fim… a Serenata começou!
Capas traçadas,vozes e instrumentos afinados, tudo pronto para se cumprir mais uma tradição. Instrumentos primeiro, vozes depois, entrando, melancólicamente com milhares de ouvidos a escutarem aquele ritual tão bonito e tão emocionante.

Estudantes que tiram dos seus guarda-fatos os seus trajes para viverem mais um momento de tradição académica juntamente com outros estudantes vindos dos vários pontos do país. Todos juntos por este grandioso mas ao mesmo tempo tão acolhedor mundo académico.
Ninguém se conhece, mas… Que importa? Fala-se com toda a gente sem qualquer problema, rimo-nos em conjunto e conversamos com toda a gente.
Foi isto que senti quando me encontrava no meio de toda aquela gente tão bem vestida e tão linda!

Quando a noite acabou, fomos todos para casa do Abel, o namorado da Sara, e no dia seguinte por volta do 12:30 estávamos prontos para o difícil regresso à nossa cidade Évora.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O poder de uma viola


Junto ao nosso corpo sentimos as suas vibrações.
Os nossos dedos brincam naquelas seis cordas sempre prontas a darem-nos ritmo.
Músicas alegres, tristes, calmas ou até de carácter pimba, tudo isto ela sabe. Consegue adaptar-se a cada momento, e qualquer situação lhe é bem-vinda.
Instrumento de acabamentos formais que se encontra com todo o tipo de pessoas, em qualquer condição e em qualquer estado de conservação. Tudo é válido quando o ânimo por ouvi-la é maior do que qualquer outra coisa.

Músicas reconhecidas, letras sabidas e cordas afinadas, são momentos que atraem pessoas prontas a divertirem-se, a cantarem e partilharem cumplicidades.
É esse o espírito de uma noite ao som de uma viola. Gente de todas as idades se reúne à sua volta para escutar o seu cantar e as suas histórias.
Quero voltar a tocá-la e senti-la junto a mim, sentir novamente as suas oscilações de uma breve música.
Quero tornar um momento banal num momento especial!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Paragem no tempo


Acende-se um cigarro!
Olhamos ao nosso redor!
Liberta-se o fumo!
Vem-nos mil e um pensamentos à cabeça!

Como vais tu, vida?

domingo, 19 de outubro de 2008

Comunicar por vezes é complicado!!!

"Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.", José Saramago.

Não vou falar, não vou chorar, não vou gritar, não vou expressar qualquer sentimento...
Há dia em que tudo isto faz todo o sentido... Para quê comunicar se não me compreendem!?
Vou ficar calada e tento mais tarde: quem sabe amanhã?, depois?, ou depois?, ou depois?.....

....E consegui!!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Momentos únicos

Aqui estou eu a reflectir um pouco no que estes últimos dias foram para mim.
Uma mistura de sentimentos: angústias, alegrias, responsabilidades, alertaram-me para a realidade que passa a grande velocidade à frente dos meus olhos.
Não estou doida!
É grande o desafio destes dias. Ter que conjugar a vida pessoal, com a vida estudantil e tomar conta de 15 bixos não é fácil. Pessoas que entraram rapidamente na minha vida são aquelas que não me podem ver, sentir, comentar de uma forma mais ousada as minhas ideias mas que, em contrapartida, já fazem parte de mim. Gosto de os ter perto de mim, saber como eles estão, como vai a sua escola, a sua vida que acabou de dar uma volta de 180 graus...
Eles já percebem o que se está a passar, não da parte chata, porque essa ainda é muito cedo para a sentir no pêlo, mas da parte boémia, a face que eles estão todos o dias a assimilar. Sabem até onde eles podem ir mas, dia após dias tentam sempre mais, e nós estudantes, sempre postos a colocar-lhes o belo do travão. Esta separação não é porque nos deu na cabeça de a inventar, não.
Esta distância tem como suporte a tentativa de os unir, não apenas como uma turma mas, como um grupo de amigos forte e para criarem, também, estruturas suficientemente estáveis para poderem aguentar estes anos todos longe da família e do seu meio. O meio que acabam de se separar mas que acabam de ganhar outro. Um lugar que, com a nossa ajuda irá ser como uma segunda casa, e uns amigos que, também com a nossa ajuda, vão aceita-los como uma segunda família.

Afinal de contas….Tudo isto faz sentido!

(A foto coloco-a a partir do dia 1 de Novembro)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O inesperado!



Ora pois é... Sabia lá eu que no dia em que escrevia o texto sobre a minha primeira directa na Universidade viria acontecer isto!! LoL
São 6h da manhã e eu ainda estou a trabalhar no Quartel.
Mas, em relação ao número dos pessoas que estão presentes, apenas se encontram, agora, cinco.
Para nos mandarmos acordados estamos a ouvir as pelas das mamonas Assassinas.
(=
Vá nem tudo são más notícias: Estou a ver a minha amiga Soraia a trabalhar enquanto eu faço este texto. Calona, eu? Nepia... A minha contribuição no painel já está concluída.
Bem...Vou para casa que já são horas.

Até amanhã!!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Directa a trabalhar!


Faz agora por estes dias um ano, que eu e alguns membros da minha turma fomos obrigados a fazer a nossa primeira directa no belo do Quartel (Pólo onde os alunos de Arquitectura Paisagista têm as suas aulas e onde têm duas salas 24h disponíveis para a elaboração dos seus trabalhos), para trabalhar na cadeira de Projectos I. Era uma noite diferente do que o habitual e até, para alguns de nós era a primeira vez que o fazia. Estávamos tão entusiasmados com a ideia que até resolvemos levar, para além do material necessário para fazer a tarefa, a deliciosa ceia para matar a fome durante os intervalos do trabalho árduo.
Mas ainda não falei do que nos levou a fazer esta directa!!
Pois bem, o nosso primeiro trabalho na cadeira de Projectos I, foi a elaboração de uma maquete à escala 1:200, de um dos Pólos da Universidade de Évora, de nome Leões. Este espaço era constituído por uma antiga fábrica de cereais em que, na zona mais a Sul podíamos encontrar um pequeno pomar e uma casa que hoje serve de habitação a uma família e ao bar da Escola.
Tínhamos à nossa frente uma longa noite...!!
Não sabendo muito bem como se fazia um trabalho destes, fomos aos poucos e poucos aprendendo uns com os outros para que tudo corresse menos mal.
Quarenta e tal curvas de nível e uma maquete com aproximadamente 1,5m de comprimento foi o aquilo que tivemos que entregar.
Mas, para além de trabalharmos, ouvirmos música e comermos, houve situações em que o cansaço era tanto que, resolvíamos abstrairmo-nos do que estávamos a fazer e, durante 5 a 10minutos recordávamos algumas músicas cantando-as aos berros, dançando em cima dos estiradores e a fazer magníficas coreografias. Momentos em que entre nós o sentimento de fadiga e stress era mútuo mas que, naquele curto espaço de tempo eram igualmente esquecidos sendo substituídos por sorrisos, alegrias, danças e muita desafinação. Estas pausas eram tão lucrativas quer, para o nosso desempenho na construção da maquete quer, para as nossas mentes que, hoje em dia ainda continuam a fazer parte das nossas directas.
Desde essa noite que algumas coisas entre nós mudaram, desde a nossa cumplicidade entre o grupo, a maneira como lidamos com o stress dos nossos amigos, ficamos a conhecer melhor as paredes das salas de projecto e, uma coisa que para mim está a ser fascinante, é o facto de, em cada noitada que se faz naquele Quartel lindo, o número de pessoas da minha turma que se juntam, é cada vez maior.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Rap Pino Lino

Ora aqui está uma boa crítica feita à política que governa este país.

Adorei o modo como os Gato Fedorente abordaram, neste novo programa "Zé Carlos", os temas actuais que incomodam a sociedade portuguesa.

Porque o que nós sabemos é que: A brincar, a brincar se dizem as verdades!!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

...Vamos reflectir!!


"O que penso eu do Mundo?
Sei lá o que penso eu do Mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das coisas?
Que opinião tenho sobre as causas e dos efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o Sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o Sol,
E já não pode pensar em nada,
Porue a luz do Sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do Sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa..." Alberto Caeiro
Sentada num rochedo observo tudo ao meu redor. Observo e imagino a história de cada elemento que me circunda.
O que lhe aconteceu? Porquê que veio ele parar aqui? Porque é que ele tem esta forma? O que é que ele faz aqui? Aqui?!
Todas estas perguntas atravessam o meu pensamento e invadem-me num sentimento existencial. Encaminham o meu raciocínio para a criação de todas as coisas, toda esta realidade, de tudo o que hoje a minha visão capta.
Porque é que isto tudo existe?
Tudo tem uma essência, tudo tem um significado, um passado, um tempo, um futuro que nos transportam para um tempo inexistente, um tempo que só a nós pertence.
Nada existe por acaso. Tudo tem uma justificação, quer estética, quer funcionalmente e em cada momento do dia, do mês, do ano e, mesmo em cada momento da história, o que nos rodeia é vivido e sentido de maneiras completamente distintas. Um valor que cada um de nós transmite a cada elemento sentido e que o torna diferente de cada outro.
Ai encontramos a essência de cada elemento que pertence e nos dá sentido à nossa vida.
Ahh… Como somos livres… Como podemos levar a nossa imaginação, os nossos pensamentos para tão longe, voando no tempo sem ter que pagar portagem, sem ter que gastar nada para voar e conseguirmo-nos libertar desta realidade, desta sociedade tão obediente.
Podemos tão bem soltarmo-nos de barreiras físicas e visuais para estarmos livres no pensamento e na alma. Afinal:
“O que penso eu do Mundo?
(…)
Se eu adoecesse pensaria nisso.”

domingo, 5 de outubro de 2008

A aventura...





Tudo começou há, aproximadamente um ano atrás, quando eu e mais 3 amigas, Sara, Soraia e Licas, resolvemos juntar-nos para fazer uma grande viagem, uma viagem que só fazia sentido ser feita por nós as quatro e neste momento das nossas vidas. Para que tudo se tornasse mais fácil em termos económicos, começámos deste aí a juntar um dinheirinho.
E sendo assim, seguiram-se meses agitados de, intenso estudo, preocupações com a escola, as raras idas a casa e, quando demos por nós, chegamos a Maio e ainda não tinhamos nada marcado - uou!
Sem grande panico lá começamos, pouco a pouco a decidir que percursos nós queriamos fazer e os dias que iriamos. Não foi muito difícil porque todas tinhamos o mesmo desejo - visitar a zona mais a Leste da Europa.
A 10 de Julho de 2008, marcou-se a primeira pousada da juventude e compramos os bilhetes, nada mais.
Nesse momento não havia nada a fazer, não podia haver um recuo de planos.
Muitas dúvidas, muita insegurança nos passou pela alma.
A Europa, a pouco e pouco se tornava maior, na nossa cabeça tudo se tornou num aglomerado de lugares duvidosos que só tinham pessoas prontas a fazerem-nos mal.
Dia 25 de Agosto de 2008, lá estavamos nós, eu, Soraia, Licas e Sara, na estação de Santa Apolónia com as mochilas armadas para uma longa viagem de 22 dias. Nervosas, risonhas e muito ansiosas era o estados que nos caracterizava.
Dias intensos, cansativos e replectos de cultura e novidades nos esperavam. Tudo correu bem. Houve dias em que o stress reinava, quer entre nós, quer na nossa massa muscular, dias mais divertidos onde podemos contemplar a natureza à medida que andavamos sobre um lago límpido, momentos onde o medo nos apoderou de nós quando, à noite, chegavamos a países desconhecidos e tinhamos que ainda ir à procura de um sitio para ficar, e noutros dias onde só nos apetecia chorar, não por estarmos fartas disto, mas porque estavamos perante vestígios que marcaram a História da humanidade devido à sua inesplicável existência e crueldade.
Esta viagem trouxe-me um novo olhar. Um olhar mais descodificado e mais aberto para aquilo o que é realmente este continente. Histórias vividas, pessoas bastante simpáticas, arquitecturas gigantescas, paisagens bucólicas foi o que mais diversificado encontramos e o que mais nos impressionou nesta aventura.