terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Lá se foram as rastas que tanto gostava

Ao longo da evolução dos Da Weasel, o crescente do número de conquistas, de fãs e de concertos, as rastas desta grande pessoa, de nome Carlos Nobre, mais conhecido por Pacman, foram crescendo. Com o seu desenvolvimento, a graça e a figura que elas desenhavam no seu rosto completavam a beleza que nele existia e que eu via e admirava.
Entretanto dos Da Weasel terminaram.
Hoje, este cantor, compositor, escritor e algo mais, tem novo projecto, "Algodão não engana", e com isso, e em paralelo a esta nova fase, muita coisa tem mudado na sua vida. Novos projectos têm surgido, adquiriu o estatuto de pai e com isso surgiu um novo visual:

Pelo que percebi este projecto é algo mais intimista, algo que é sentido não pelas batidas da própria música mas pelas palavras, e por isso é um projecto que não é para ser tocado em grandes concertos ou festivais, mas sim em ambientes mais acolhedores, para se fazer sentir e até, para que ele possa ver as reacções faciais e corporais das pessoas que o estão a ouvir. 
Um projecto diferente aos Da Weasel, mas talvez possa dizer que haja um completar.
Perante esta realidade, esta mudança tanto na vida pessoal como na vida profissional, talvez tenha havido a necessidade de desfazer-se das rastas. 
Na minha opinião, que vale aquilo que vale, adorava quando tinha as rastas, adorava mesmo. Mas sou adepta da mudança e muita dessa mudança por vezes tem que passar pelo visual. Mas mesmo assim, é com as rastas que gosto de ver este homem.
Para finalizar deixo um vídeo da música que ele dedica à sua filha, Alice.
O testemunho de um pai babado e que abre o seu coração nesta música, do seu amor incondicional pelo ser que é parte dele.

A realidade literária

Deparei-me há uns dias atrás que, de tanto andar a comprar livros de Arquitectura Paisagista, alguns de urbanismo e outros de Ordenamento do Território, cheguei ao ponto de não ter livros de lazer, pois aos poucos, e sem me aperceber, fui lendo-os e não repondo novidades fresquinhas na prateleira. A minha sorte é que tenho uma mãe que gosta de ler e deu-me alguns para me entreter enquanto não ia às compras.
Hoje e amanhã a Fnac vai estar com 10% sobre todos os livros se apresentar o cartão de aderente. Perante este desconto, lá fui eu ao encontro desta loja para então fazer uma nova reposição.

Lá está que não resisti em ir à secção de Arquitectura na Fnac do Vasco da Gama. Ficava tão perto de mim que não resisti mesmo. Como tal, e vendo este livro que já o tinha topado há uns meses atrás, trouxe-o debaixo do braço.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O dia do regresso a casa

Esta noite foi longa, longa pela ansiedade, pelo sono mas sem posição para dormir, por não apetecer fazer nada, apenas ver o tempo a passar na esperança que ao observá-o este passasse mais rápido. Falso! Este facto apenas aumentava as nossas caras de parvas a olhar para o nada sem, no entanto, aumentar a rapidez do presente.
Foi aqui que começámos a noite mas não a terminámos. A mudança é a melhor aliada numa noite deste tipo. Entre jogos de cartas, metade de um filme, pois a bateria não deu para mais, alguma conversa e muita observação, assim se passaram as 6 horas e 30 minutos no aeroporto de Copenhaga.

Tal como no início desta aventura, a foto da praxe, dentro do avião com o belo do chocolate teve que surgir. Comparando à primeira foto tirada no início da aventura para a Suécia, há menos um elemento do grupo, o menino Carlos Cabeça, as nossas caras estão com pior aspecto, o chocolate é mais pequenino, há maior experiência dentro de cada uma de nós, o bronze desapareceu e os cabelos aparentam estar maiores.

Embarcámos às 6:30 da manhã. Quando nos dirigíamos para o avião, devido à situação parecia que ainda era de noite, não madrugada.

Passado as 2:30 começávamos a ver a claridade que tanto desejávamos ver. Aquela que anunciava o nosso regresso, a nossa chegada triunfante. 
Por fim, estávamos em terras portuguesas, junto do nosso povo, da nossa família, dos nossos amigos, cultura e comida...


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A mudança do quarto

Se há alguns meses atrás o meu quarto estava esta confusão de papeis, preocupações e alguma agitação...

Hoje abri a mala para guardar aquilo que adquiri durante estes quatro meses de estadia na Suécia... 

E o quarto voltou a estar assim, como o encontrei, branco e vazio, sem recheio!

Foi com tranquilidade que comecei a fazer a mala. 
Depois de abandonar a bicicleta, fazer a mala foi coisa muito fácil e sem grande nostalgia.
À medida que ia colocando as coisas na mala, o quarto ia ficando cada vez mais branco, a ficar cada vez mais banal, mais comum.
Entre as coisas que trouxe e outras que adquiri, a mala ficou cheia sem poder ter mais nada, mesmo à conta excepto o peso, que chegou perto dos 30kg.
Tal como a minha bicicleta, o quarto deixou de ser meu para voltar a ser de outra pessoa, do mundo.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Um dos últimos dias vividos na Suécia

Estava a nevar quando saí esta manhã de casa.
Dei comigo a pensar: Será que o tempo sabe que hoje será o meu último dia de ir à escola, que vou ter a minha última apresentação aqui e que hoje será o dia que irei abandonar a minha bicicleta?
Hoje fui para a escola e os flocos de neve batiam-me na cara ao mesmo tempo que entravam nos meus olhos. Era desconfortante mas naquele momento senti-me bem. Fazer um dia comum a tantos outros, mas a ir para a escola a nevar. O tempo sueco não me deixou ficar mal nesse aspecto.
Ver a paisagem branca enquanto o caminho ficava mais curto, foi algo diferente, algo que nunca na minha vida tinha presenciado.
Já vi nevar, já senti outrora a neve mas ir para a escola e a nevar ao mesmo tempo, nunca.
Levava comigo alguns livros para devolver à biblioteca e a minha pen que continha a minha apresentação. 
Alguns dos slides apresentados foram estes:




A apresentação correu bem, estava muito à vontade, a fala não foi má e o pessoal percebeu aquilo que disse. Houve perguntas parvas mas outras interessantes.
De uma maneira geral correu bem.
Quando saí do edifício a paisagem tinha voltado ao normal. Sem neve, sem branco presente no solo.
Neste momento começou outro difícil, largar a minha mais fiel companheira nos momentos que passei na Suécia, a minha bicicleta.
Neste momento deixaria de ser minha para passar a ser do mundo, daquele que a apanhasse.
Durante quatro meses foi quem mais presenciou a minha vida, levava quando ia conhecer alguns lugares, presenciou os meus momentos stressantes, os dias em que chegava atrasada, e aquele que tinha tudo sob controlo. Tudo isto ela aguentou, comigo.
Hoje deixei-a para ser livre.
Deixei-a protegida.



Sinto-me nostálgica por a ter deixado.
Neste momento o céu está azul como há muitas semanas não se via.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Um texto para reflectir

Que honra é esta que sobrepõe o dever de pagamento da dívida aos ricos ao dever de alimentar os pobres?
São umas vinte e vão todas em fila indiana, de mãos dadas como se estivessem numa roda, com os seus bibes vermelhos, todas com chapéus na cabeça, com uma professora a abrir o cortejo, outra no meio, outra a fechar. Está frio à sombra, mas o sol aquece e a fila avança alegremente pelo Parque das nações, em direcção ao Pavilhão do Conhecimento, ou talvez ao Oceanário. Terão uns cinco ou seis anos, riem-se, saltitam e chilreiam sem parar. A imagem é banal mas é assim. As crianças desta idade chilreiam como passarinhos. As professoras estão sérias, com a linguagem corporal da decisão e da atenção, a dar instruções, a contar as crianças, a vigiar os perigos, carros que podem aparecer, uma criança tresmalhada, o chapéu que voa, mas as crianças chilreiam despreocupadas. Vão passear, está um dia lindo, têm camisolas debaixo dos bibes para o frio e um chapéu na cabeça para o sol, estão com os amigos, alguém as conduz, as protege, lhes vai dar o almoço, o lanche, talvez guloseimas, uns carinhos, um penso se esfolarem o joelho. Vão abrir os olhos de surpresa, de alegria, de excitação. Paro no passeio a olhar as crianças que chilreiam. Tudo na sua atitude denota a segurança da confiança. Está tudo bem. Os adultos sabem. É só dar a mão.

E se não soubéssemos? Se os adultos não soubessem? Se não fizéssemos a mínima ideia do que estamos a fazer? Ou se a esmagadora maioria de nós tivesse desistido de compreender, de agir, de melhorar o mundo, de viver, de qualquer outra coisa que não fosse o que se passa na nossa sala de estar? E se houvesse apenas, poucos, que soubessem o que se passa no mundo e que tivessem poder para intervir e se esses se estivessem a borrifar para a fila de crianças de bibe vermelho que avança a chilrear pelo Parque das Nações?
O que podemos prometer hoje a estas crianças? Que o seu mundo vai ser mais seguro que o nosso? Mais livre? Mais solidário? Mais feliz? Mais bonito? Mais humano? Mais criativo? O que podemos prometer nesta semana de Natal às filas de crianças de bibe vermelho de Atenas, de Madrid, de Dublin, ou de Amesterdão e de Berlim?

Não há nada, absolutamente nada, tristemente nada, que sinta que o Governo do meu país está a fazer pelas crianças de bibe vermelho. O mundo que lhes está prometido é um mundo de menos liberdade, de menos conforto, de menos trabalho, de menos segurança. de menos saúde, de menos educação, de menos acesso à cultura, de menos cidadania, de menos humanidade, de menos respeito pelos outros e pela Natureza. De mais desigualdade, de mais competitividade, de mais violência, de miséria. Não apenas para o ano ou para o ano seguinte, mas para os próximos dez anos, vinte anos, para sempre.

Para o Governo do meu país, os financeiros sem rosto que sobem os juros da dívida que dizem que temos são mais importantes que as crianças de bibe vermelho. Ainda que esses financeiros sem rosto tenham roubado os títulos da dívida a alguém, ainda que os tenham forjados, ainda que tenham sido eles a convencer os governantes a reduzir os impostos às empresas para depois termos de lhes pedir dinheiro emprestado, ainda que nos cobrem um juro agiota, ainda que subam o seu juro agiota sem razão, ainda que condenem à miséria crianças de bibe vermelho por todo o mundo, ainda que condenem a morrer à fome crianças que nem sequer têm um bibe vermelho. Que honra é esta que sobrepõe o dever de pagamento da dívida aos ricos ao dever de alimentar os pobres? Que honra é esta que aceita aumentos de juros de 7 por cento para as dívidas que se devem as dívidas que se devem aos ricos mas apenas um aumento de 3 por cento para as pensões dos mais pobres dos pores? Não é nenhuma honra. É apenas indignidade. É apenas falta de vergonha. É apenas desumanidade.

A mecanização e a informatização permitiu dispensar milhões de trabalhadores e os pobres deixaram de fazer falta. Mais: são acusados de ser a causa da crise. Desempregados que consomem subsídios, doentes que consomem medicamentos, velhos que consomem pensões, grávidas que consomem licenças de maternidade, parasitas todos. Solidariedade? Apenas um obstáculo a contornar no caminho da produtividade. Mas há soluções para reduzir o parasitismo. Basta ir reduzindo o parasitismo. Basta ir reduzindo o Estado social que o alimenta e que, de qualquer forma, não temos dinheiro para pagar. Sim, porque depois de pagar a dívida aos bancos não sobre nada.

O discurso hegemónico é simples e condena as crianças de bibe vermelho à vida triste que já vivemos há quarenta anos, como lembrava há dias Isabel do Carmo.

Mas enquanto via a fila de crianças de bibe vermelho avançar à beira-Tejo, sem poder deixar de sorrir parvamente, como não podemos deixar de fazer quando vemos uma fila de crianças de bibe vermelho a chilrear como se o mundo não admitisse uma única preocupação, tive a certeza que nada disto ia acontecer, porque não era possível ver uma fila de crianças de bibe vermelho e deixar que isso acontecesse. Não era possível que o mundo que lhes vamos deixar fosse esta apagada e vil tristeza. E pensei na quantidade de gente que, em Portugal e no resto da Europa e no resto do mundo se mobiliza para que isso não aconteça, nos movimentos cívicos, nas artes, nos partidos e nas organizações religiosas. Já começámos a perceber como funciona o sistema da dívida, a armadilha dos juros crescentes, a matilha de agências de rating e dos bancos, empenhados em reduzir a solidariedade ao Estado Mínimo que deixa todos os negócios na mão de que já controla os mercados, a mentira do falso mercado da falsa concorrência, a mentira dos cartéis e da corrupção, dos impostos que são apenas para os trabalhadores e dos paraísos fiscais que são apenas para os ricos. E pensei que essa era a melhor prenda de Natal possível. A ideia de que é possível mudar tudo e que vamos começar já. Ainda esta semana.

Texto escrito por José Vítor Malheiros

Momentos com Nutella

Penso que este esquema devia ainda ter a opção "nervous". Neste momento não me encontro triste nem alegre, apenas nervosa. Por causa disso o desejo de Nutella veio ao de cima. Devorei alguns pedaços de pão com Nutella aliás, Nutella com pão. 
E para comemorar ou esquecer, amanhã é dia de Nutella, again!


Como o tempo passa

Estou a três dias de voltar para Portugal, a três dias de terminar a minha estadia em terras suecas. 
Estes últimos dias passaram rápido, talvez por estar entretida com as festas de Natal, ou por o trabalho final e o portefólio terem ocupado a minha cabeça, o que certo é que só falta três dias.
O frio aperta, já deixo em casa as luvas banais para dar lugar às luvas que uso quando vou para a neve. O sal já é colocado nos caminhos e estradas apesar da neve ainda não dar de si. Estão dois graus lá fora, mas dentro de casa está quentinho, muito quentinho.
O que deixo e o que levo já começam a fazer parte dos pensamentos do dia-a-dia. 
Muita coisa aprendi nestes quatro meses de aventura, muito stress, mas os momentos calmos também tiveram o seu tempo. 
Foi uma valente experiência tanto pessoal como profissional que intensivo a quem poder de a viver. Um sair da realidade e dos métodos que estamos habituados a trabalhar, para dar lugar a novas pessoas, novos ensinos, novas maneiras de ver o ensino em Arquitectura Paisagista, novos caminhos a seguir, e novo clima onde as prioridade de trabalho são bastante diferentes.
Adorei ver, e tentar compreender, o porquê dos hábitos dos suecos, o observar das relações que estes têm não só familiares mas também com o seu meio. São pessoas bastante civilizadas, atenciosas e respeitadoras. Exemplificando isto posso contar três episódios que me aconteceram:
Há uns dias quando usei a sala dos computadores até por volta das 15h, pois tinha aula a seguir, deixei ficar a minha pen, de 8GB e bem bonita, num dos computadores. Só dei por falta dela às 22h desse dia. Quando peguei na bicicleta para ir buscá-la à Universidade senti que a iria recuperar ao mesmo tempo pensava que aquela viajem iria ser feita em vão. Não foi porque a minha pen lá estava, no mesmo sitio onde  tinha esquecido.
O segundo episódio foi no supermercado quando me esqueci do meu pacote de pastilhas que tinha comprado em cima da passadeira onde a senhora coloca os produtos já registados. Foi o tempo de eu me deslocar aos correios, a 5 metros dali, para uma mulher chegar ao pé de mim com o dito pacote.
O terceiro episódio foi novamente no supermercado onde me esqueci das luvas. Ouvi chamar mas em sueco não percebo, até que dei por mim a olhar para um rapaz com as minhas luvas na sua mão. Fiquei com ar de parva a olhar para ele.
Tudo por esquecimento da minha parte mas que em nenhuma situação fiquei prejudicada. 
Pequenas situações, pequenos gestos que vou sentir falta em Portugal.
Para além disso, vou sentir falta da bicicleta. Um transporte que adorei tê-lo aqui, ao qual não me importava nada continuar a tê-lo em Portugal. Mas devido à falta de vias próprias, devido ao declive de algumas localidade e devido ao transito perigoso, penso que seja um pensamento e uma vontade para deixar de lado, pelo menos por enquanto. Mas durante estes meses o andar de bicicleta foi algo que não aprendi a gostar, mas sim, algo que aumentou o meu gosto e o prazer em andar de bicicleta. Não se precisas de dinheiro para andar com ela, pode-se observar e sentir a paisagem que nos rodeia, ao mesmo tempo que a duração da viagem é mais reduzida.
Irei ainda sentir a falta da paisagem e da sua constante presença no nosso quotidiano podendo observar as suas mudanças ao longo do ano. Do barulho das folhas ao baterem umas nas outras ao ritmo do vento, a linha da estrutura das árvores no horizonte e a mudança, mudança da própria paisagem que me cativou.
Está perto do fim, mas antes que chegue o fim, amanhã de manhã tenho a última apresentação aqui na Suécia. Irei defender a paisagem da Ilha dos Açores.
Ainda não estou nervosa. Mas com certeza que esta será uma noite difícil de passar!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Depois da homenagem a Gonçalo Ribeiro Telles...


... os comentários à obra feita surgem, a admiração ao homem que foi, e que ainda é, começa a ser alvo de observação, e as ideias e pensamentos que outrora foram feito por Gonçalo Ribeiro Telles são hoje motivos de reflexão.
Foi no passado dia 6 de Dezembro que o mestre da Arquitectura Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles foi homenageado.  Não apenas por ser Arquitecto Paisagista, não apenas por ter sido ele, juntamente com António Viana Barreto, o projectista do Jardim Gulbenkian, não apenas por ter sido fundador do Partido Popular Monárquico dando forma à REN (Rede ecológica Nacional) e à RAN (Rede Agrícola Nacional), mas também pelo ser humano que é, pelas ideias tida, por ser um eterno amante da terra e do povo português, por ser um homem realista com os pés bem assentes na terra, e por nunca ter desistido apesar de ver muitas das suas palavras a caírem por terra.
O Português agiu mal ao longo destes tempos no que toca ao Ordenamento do Território, mas certamente, não foi por falta de aviso.
As suas palavras podem ser escutadas no site da Antena 1.

domingo, 18 de dezembro de 2011

O nosso jantar de Natal

Ontem tivemos cá em casa o jantar internacional de Natal, a troca de prendas e o convívio entre os restantes estudantes.
Para surpresa de todos, três meninas cá de casa foram na noite anterior à caça da árvore de Natal nas ruas de Lomma, o ponto de vista delas foi que não andaram a desviar árvores mas sim a limpar as ruas desta pequena localidade.
Desta feita o resultado foi este:
Uma grande e natural árvore de Natal colocada mesmo na cozinha, divisão maior da casa.
Durante a tarde foram feitos preparativos e a mesa começou a ganhar forma.
Eu, por ser a minha primeira fez a fazer fatias douradas, resolvi fazê-las logo pela manhã, ocupando grande parte do espaço da cozinha, sujando à grande e à vontade.
Iguaria como estas fotos estavam ontem nesta mesa:






Quando chegou a parte das sobremesas, as minhas fatias fizeram um enorme sucesso. Penso que tenha sido sorte de principiante. 
Inesperadamente, a surpresa maior da noite foi quando nos batem a porte e quem era? O Pai Natal!!!

O Margus trouxe da sua recente casa, pois mudou-se na sexta-feira para Malmö, roupas para se vestir a rigor à Pai Natal.
Depois de lermos os poemas recebidos na quarta-feira passada, cada um recebeu o seu presente. A mim calhou-me uma mini tabete de toblerone e uma mega estrela para montar e colocar na janela de minha casa.
Foi desta forma de terminou o nosso jantar de Natal sendo que o próximo já é em terras Portuguesas, rodeada da família a comemorar não só o Natal mas também o aniversário da mami e mano.

Pessoal da casa e o Pai Natal (Margus)

Como dito há dias, a minha prenda sem gastar um centavo foi...



Um mini caderno onde a parte da frente é a entrada da nossa casa e atrás tem a entrada da nossa escola.

Malmö nos dias de hoje

Por cá, apesar do frio que começa a ser cada vez mais intenso, a neve é algo que ainda não existe. Estando eu farta de estar à espera que ela apareça, resolvi ir às compras de Natal este fim-de-semana. Como não posso comprar muitas prendas devido à falta de espaço e excesso de peso que já vou acusar no aeroporto, o número e o tipo de prenda tem que ser muito limitado.
Assim, consegui despachar tudo numa tarde e apenas em algumas horas. 
Apesar da ausência de neve, o espírito da época natalícia não se perdeu e as ruas, apesar da ausência da cor branca, estão lindas.


Com as compras de Natal a entrada em lojas é algo que é obrigatório e com isso grandes descobertas são feitas. Mesmo no centro de Malmö, numa praça onde apenas existem cafés, há uma loja que, se não nos avisarem que dentro dela se esconde peças únicas e belas, passamos por ela e nem sequer damos pela sua presença.





sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Ontem foi dia de festa

O pessoal começa a ir embora, uns de vez, outros apenas para ir passar o Natal a casa. Mesmo regressando, o facto de se ir embora é motivo para as festas começarem a existir com mais frequência e a serem mais requisitadas. Ontem fomos até ao Pub.

Muita gente lá estava, uns bens vestidos, outros nem por isso mas lá estavam, todos alegres.
Aqui, as saídas à noite e o modo como o fazem é bastante diferente daquele que estou habituada. Aqui, quando se sai, saísse com se fossemos para um jantar de gala, onde os homens vão de gravata e as meninas de salto e vestido, as danças, tenham elas o ritmos que tiverem, vê-se sempre casais a dançar, a rodopiarem ao ritmo da batida da música, e o DJ de ontem, fora as escapadelas para as músicas mais calmas, portou-se lindamente. É engraçado ver esta diferença de culturas quando toca à parte boémia da vida. Enquanto que saídas para nós é uma coisa banal, onde entre agressivas e calmas, encaramos como algo não muito formal, um acto de descontracção, aqui eles encaram sempre como "A" saída, e as reacções, as vestes, as atitudes revelam como se fosse mesmo a última saídas das sua vidas. Esta maneira de viver e de ver uma noitada tem os seus pós e contras, não crítico apenas constato. O que é certo é que, de entre as vestes formais, as duas portugas estão de botas e ténis, a beber a sua bebida, a sorrirem e a dançarem, porque a verdade é que, falta muito pouco para deixarmos estes hábitos, o falar alto na certeza que ninguém nos percebe, estas pessoas e regressar à nossa terra.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Troca de cultura natalícia

Com a chegada do Natal para além das luzes que se vêm nas ruas e das lojas enfeitadas, muita coisa acontece dentro da casa de cada um, principalmente se estivermos a falar de uma casa de estudantes em que todos eles provêm de países diferentes.
Ao longo destes dias iremos ter vários momentos relacionadas com a época natalícia lá em casa.
Ontem foi  troca de poemas, poemas esses escritos na língua materna onde o tema era relacionado com o Natal. O poema que representou Portugal foi escrito por Fernando Pessoa e foi calhar ao Marcus, um rapaz da Estónia, que ficou todo contente. A minha calhou-me o poema da Ave, uma rapariga também ela da Estónia. Claro que pedi-lhe para o ler, para de seguida eu tentar prenunciar como deve ser. Li-o umas duas vezes e pelo que os estonianos disseram, até nem me saí nada mal.

No Sábado iremos ter a troca de prendas e um jantar com comida típica desta época. 
O sorteio já foi feito e, no meu caso foi muita coincidência, pois a pessoa que me calhou foi a Ave, a mesma pessoa que me calhou o poema.
Quanto à prenda, como esta não pode exceder as 20kr, resolvi dar asas à minha imaginação e pensar em algo fácil, que não me ocupasse muito tempo e que não ultrapassasse o dito valor. A prenda ainda está em fabrico mas promete ser algo útil, muito querido e sem gastar um único centavo. 
Quanto ao jantar, decidi dedicar-me aos doces e fazer fatias douradas. Espero que o pessoal lá de casa goste, porque realmente para mim, Natal sem fatias douradas é como se falássemos Natal por metade.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

...

Fases da vida


Há momentos chave, aqueles momentos onde o mundo cai, onde quem sou fica perdido, onde a desilusão e a descrença reinam.
Há momentos onde as dúvidas e incertezas prevalecem e onde a angustia tira o lugar da certeza.
As lágrimas caiem, o sorriso desaparece, entra com elas os nervos que a muito custo tento banir.
Na janela a chuva cai e eu caiu com ela.
Ao longe a nuvem vem com toda a sua segurança e eu fujo dela.
Fugir, não é a melhor solução, mas por vezes aquele que melhor vejo.
Agarrar quem me quer bem é sempre a melhor das hipóteses, mesmo que seja aquele que mais vai sofrer.
Agarrar bem, para não fugir, para não magoar.
A fonte que me seca a lágrima, que me consola, que conforta a minha alma.

Mais um dia veio.
A chuva deu lugar ao claro dia, e as nuvens apesar de presentes, não têm a mesma confiança.
O pensamento afasta os males e a conforto fica tentando sempre fazer-se presente.
O vestígio da noite passada ficou, mas o tempo dita a sua sentença aos poucos, as horas a passar tornam os dias diferentes.
Ando na calçada da vida com um passo de cada vez para não tropeçar, para evitar a queda, para evitar a dor.
Porque quando caiu, é como se a dor da passada queda ressuscitasse e marcasse presença no presente. 
Um passo de cada vez, devagar, para sentir, para ser sentida.
Um passo de cada vez para olhar, para reconhecer e ser vista.
Um passo de cada vez como modo de vida.
Um passo de cada vez não fazendo dos momentos vividos os momentos do meu presente.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A imagem que irei ver cada vez que ligar o computador

E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia - disse a raposa.
- Bom dia - respondeu delicadamente o principezinho, que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho - Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa.
- Vem brincar comigo - propôs o principezinho - Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo - disse a raposa - Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa - disse o princepizinho.

Após reflectir, acrescentou:
(...)
- Que quer dizer "cativar"? - perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida - disse a raposa - Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exactamente. - disse a raposa - Tu não és ainda para mim senão um miúdo inteiramente igual a cem mil outros miúdos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo, a teus olhos, de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, - disse o principezinho - existe uma flor... eu creio que ela cativou-me...
(...)
- Se tu me cativares - disse a raposa - a minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos fazem-me entrar debaixo da terra. O teu chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá ao longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa nenhuma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
(...)
- Por favor... cativa-me! - disse a raposa.
- Bem queria - disse o principezinho - mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou. - disse a raposa - Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa nenhuma. Compram tudo feito nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- O que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente. Tu primeiro sentas-te longe de mim, assim, na relva. Eu olharei-te pelo canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia irás sentar-te mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
(...)
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua - disse o principezinho - eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis! - disse a raposa.
- Mas tu vais chorar!
- Vou! - disse a raposa.
- Então não sais a ganhar com nada.
- Ganho - disse a raposa - por causa da cor do trigo.

Pela simplicidade das palavras que transmitem uma grande história, uma grande verdade e que nos mostram o belo das pequenas coisas da vida, que sem darmos por ela, tornamo-las rotineiras, até mesmo banais. 
Um livro que tenho lido e lido e que nunca me canso de o ler. Em cada leitura, um novo significado, um novo olhar é descoberto. Por isso será sempre algo lembrado quando abrir o meu computador, muitas  vezes para tratar de coisas séries que me ocupam o dia-a-dia. Assim, ao vê-lo lembrar-me-ei que a vida é, para além dos seus actos, da sua rotina, ela também é a simplicidade, a beleza das relações, a paisagem e acima de tudo ela é aquilo que queremos que ela seja.

Então e neve, não?





Na Estónia já neva, na Latvia também a neve já deu de si, só falta mesmo aqui! Então, não vens?
Em Alnarp já está tudo apostos para te receber! Os marcos vermelhos ao longo da estrada e caminhos, já estão à espera de se salientar do branco da tua presença.
E da minha parte já está mais que permitida a tua vinda. 
Apesar da Internet lá de casa ter ido embora de vez, por mim, já podes vir, pois a vindas à Universidade têm sido bastante reduzidas. 
Vem neve vem, para sentir pela primeira vez o espírito natalício com a tua presença! 
Vem neve vem, que mal tu venhas vou sentir o que é fazer compras de natal, a pisar um solo fofinho, a ver uma paisagem toda ela branca.

Um Sábado diferente

Este Sábado, a presidente da União de Estudantes (Associação de estudantes daqui) e com dois membros da mesma, vieram à nossa casa demonstrar e dar a provar os chamados Ginger bread. Quando ouvi isto, pensei, pão de gengibre? Mas que raio é isso? 
O pão de gengibre, que mais não é que biscoitos de gengibre, são bolachas típicas suecas que se fazem pela época natalícia.
Assim, durante a manhã, o pessoal da casa juntou na cozinha a produzir as formas dos seus biscoitos.





O resultado
 E foi desta forma que se passou um inicio de fim-de-semana bastante original e diferentes de todos aqueles que passei nesta terra. E que venham mais destes!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Musiquim

Há dias em que acordamos com certas inclinações para músicas que só apetece mesmo, para além de ouvir, ver os próprios músicos a cantá-la. Foi isso que aconteceu hoje para a música dos Os Azeitonas, "Ela foi para a guerra", por ser uma música animada, por ter uma história directa e simples dentro dela, gosto de a ouvir.

Quando a encontro deparo-me com um projecto que nasceu em Abril de 2010 que tem como nome Musiquim. Este projecto consiste no "levar bandas com alguma relevância no panorama musical a tocar fora do seu ambiente natural, o palco". O nome baseou-se num dicionário de Língua Portuguesa de 1890 e define-se como "pretender divulgar essencialmente, mas não exclusivamente, bandas nacionais; quer mostrando a cidade e os seus recantos, quer valorizando o património local e seus agentes".
Hoje em dia é um projecto que conta com a participação de bandas e músicos como At Freddy's House, A Jigsaw, Vinegar Socks, High Flying Bird, Lufa Lufa, Tiny Legs Tim, Os Azeitonas, Nuno Prata, Dead Combo, Camané, Azevedo Silva, Maybe the Next One e Homem ao Mar.



Mais informações podem sempre ver no site oficial.
Aqui ficam dois exemplos daquilo que podem encontrar neste projecto que na minha opinião é bastante interessante, não só para divulgar as bandas como também mostrar ao mundo que a vida dos artistas não é só palco. Há um interesse no contacto físico e psíquico, no conhecer e no dar a conhecer.
Espero que este projecto não caia por terra e que continue a haver originalidade, iniciativa e motivação por parte dos músicos para continuar com actividades destas.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Trabalho de hoje


A disciplina que neste momento estou a ter, tem um horário muito diferente daquele que estou habituada. Para além de serem raros os dias que tenho aulas, há ainda aquelas em que não é obrigatória a nossa presença. Nesta disciplina, para além do trabalho em grupo, há muito trabalho que não necessita de aula pois é mais de pesquisa. Esta opção por parte da professora tem duas vantagens: Com o frio e o vento que faz lá fora e ir à escola, são das coisas que não combinam. Para além disso, com este método de ensino faz com que sejamos nós a orientar o nosso próprio trabalho, embora a professora esteja sempre a dizer que qualquer dúvida que haja não hesitar em contactá-la.
Hoje tivemos daquelas aulas não obrigatórias, vais quem quer. 
Apesar do vento que, ora vinha de frente, ora vinha de lado, e deixo aqui referido que em ambos os casos o desequilíbrio era certinho e direitinho, fui à aula não obrigatória. Os suecos são tão aplicados que apenas faltaram três pessoas. 
Como estamos a aproximar-nos do Natal a professora chegou à sala com estas maravilhas. Bolos, que não sei o nome, mas sei que são típicos suecos nesta época natalícia.
Quanto à primeira foto, foi o grupo que a professora fez e que o chamou de "mudança".

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Obrigada por se terem lembrado de mim, obrigada por existirem na minha vida

O quarto ao lado


Hoje alterei o meu lugar de trabalho. 
Não sei muito bem porque é que não o fiz há mais tempo, mas hoje foi o dia.
Apesar da secretária ser melhor e estar mais confortável e familiarizada quando estava a trabalho no meu trabalho no meu quarto, é aqui que apanho uma Internet mais estável. Como é possível uma simples parede, que tem porta e que está sempre aberta, ser tão desmancha prazeres?
Hoje mudei para o quarto vizinho, pois para além da Internet melhor está vazio.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

E por falar em frio gelado...

A neve é algo que vai começar a aparecer mais dia menos dia. Segundo a quadro que exponho, há a possibilidade de ocorrência de neve para Sábado. Se de facto haverá ou não, só o tempo o decidirá. Mas que está previsto e que tudo se prepara para que ela surja, lá nisso o tempo está num bom caminho.

Hoje fui até à praia


Era ainda de manhã quando saí de casa. 
O sol, por entre as nuvens, temia aparecer.
Na praia era apenas eu, a minha bicicleta e algumas aves que ali andavam à procura de comida.
O vento desequilibrava a bicicleta enquanto batia na minha cara deixando-a gelada.
Desejava sentir o vento, desejava sentir a minha pele a ficar mais fria, a mudar de temperatura.
A praia estava deserta de pessoas e isso até me fez sentir bem. Contemplar a paisagem onde só eu, apenas eu a vi-a. 
A água estava agitada, batia com força nas rochas e foi este movimento, esta sonoridade, que me acompanhou durante a minha passagem. 

As ruas de Lomma denunciam a época em que estamos, luzes, muitos pinheiros plantados nos passeios e enfeites nas janelas das casas, dão novo brilho, novo ar e uma nova cor à localidade onde vivo. Passo por atalhos, pouco vou ao centro na minha rotina. Mas hoje foi diferente, hoje fui ver a vida que há no centro. Gostei da diferença, gostei de ver a beleza que esta época tem e como ela nos faz sentir, gostei de ver a preocupação das pessoas em ter presente a época natalícia dentro, como fora de casa.

Encontro-me em casa, a contemplar a paisagem de sempre.
O sol vai e vem, a Internet vai e vem e o vento agita a vegetação lá fora.
Sem querer, tudo agita à minha volta, excepto eu que, sentada na cadeira, escrevo cada palavra, cada pensamento com calma e paciência, dando assim vida e continuidade ao trabalho final. 
A temperatura dentro de casa é constante. Sabe bem sentir-me quente ao olhar pela janela e saber o frio gelado que está lá fora.
Sabe bem sair, mas sabe ainda melhor voltar a casa e sentir a temperatura voltar ao seu estado favorável.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Dança com Lobos

Um filme que nos mostra a crueldade humana perante as raças alheias existentes na terra. O não entender porque não se percebe mas, apostando na vontade, começa-se a entender quando já fazemos parte. A aprendizagem, a curiosidade, o estar aberto a conhecer e a respeitar novas culturas, faz de nós melhores pessoas, faz-nos estar de bem com a vida, connosco próprios e com o próximo. 
Abrir novos horizontes sem julgarmos aquilo que não conhecemos é algo que falta ao homem de hoje. 
Este filme de quase 4h demonstra em cada minuto o significado da palavra mudança, o que ela é capaz de fazer e o quanto ela deixa o mundo melhor!
Vale a pena ver!

Hoje, apenas hoje


Hoje é daqueles dias que não sai uma frase de jeito. Escrevo, apago, volto a escrever, volto a apagar, escrevo, olho, não gosto mas fica. E é assim que hoje o trabalho está a ir. 
Para juntar a este dia pouco produtivo, a Internet não está no seu melhor, passa mais tempo à procura de rede do que propriamente tê-la no computador.
Hoje é daqueles dias que é para riscar, é daqueles dias que não se recomendam, é daqueles dias que não deveriam até de existir.
A noite por fim já chegou, agora vem a parte que demora a passar. 
Passa, passa rápido para vir o amanhã e eu voltar a estar de bem com o dia.

Não percebo e insisto em não colaborar

Há dias tive a fazer actualizações no meu computador. Talvez tenha sido a partir daí que estes malditos traços vermelhos começaram a aparecer nos meus documentos.
Não sou a favor do novo acordo ortográfico e como tal, não actualizei o microsoft office para edições mais recentes. Com este cuidado, e mantendo a edições de 2007, começa-me a aparecer uma coisa destas? Falta dizer que agora os meus trabalhos estão recheados de traços vermelhos, pois o programa pode denunciá-los mas eu não vou ceder ao seu chamamento.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Das palavras alheias faço-as minhas também

Sou completamente apaixonada pela nossa natureza, que conjuga em si um sem número de singularidades admiráveis, que vão desde a nossa capacidade de resistência, à nossa capacidade de amar, passando por muitas outras, onde me deleito, várias vezes, com tempo e paciência. Gosto também do crescimento e da aprendizagem que nos leva a ser gente, num intercâmbio dialógico e relacional, que nos transforma, a cada passo, em qualquer coisa sempre maior, sempre mais notável, sempre mais perfeita. Acumulamos cá dentro todas as conquistas, o que nos vai construir outra das minhas mais profundas idolatrações, a nossa individualidade interna. Uma das ambições que encerro, é conhecer a minha para além do limite do razoável, o que muito me ajudará nas tarefas dos dias, nos erros dos tempos, nas incertezas das coisas. Encontramos-nos envoltos a um mundo um tanto ou quanto cruel, que parece muitas das vezes querer testar as nossas forças, a nossa vontade em prosseguir, o nosso apetite interior. Poderia, ao invés disto, ceder-nos um terreno brando, mais ou menos coerente, de frestas pequenas, e sempre no mesmo sítio, para que assim nos movêssemos seguros, de crentes que estaríamos da candura dos caminhos. Mas assim não faz, que nos coloca com derradeira frequência em situações incertas, de fantasmas e terrores diversos, para além dos outros, disfarçados de bons, que nos agarram em braços, nos aninham e depois nos largam ao abandono, no sofrimento atroz que é a ausência, que sucede à pertença. Apesar de tudo, nos dias amargos sinto sempre um avanço tamanho, que me diz a mim mesma que se neles não caminhasse, se me retraísse e me acautela-se para das experiências me guardar, este eu que escondo dentro me estaria mais vedado, bem como vedada estaria, toda a minha destreza mental. Gosto dela. Tenho momentos árduos, muito secos e espinhosos, em que mudava coisas sem fim, e em que comandava a minha vida desprovida de coração, numa lógica que me salvaria de muitos dos males do mundo. Julgo até que nem sentia, levando ao extremo o apogeu da razão, prática e certa, sempre igual. Perderia porém a emoção que inunda todos estes caminhos que falo, e aos quais chamo crescer.

Tirado daqui.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Midnight in Paris



Adorei este filme. Não pela sua história, mas pela banda sonora, pela imagem e pelas paisagens que ao longo do filme se vão apresentado.
Visto, só tenho vontade de regressar a Paris para viver um pouco mais a sua história, as suas ruas e reviver as memórias deixadas pela passagem que fiz há uns largos anos atrás.
Um dia...

Frio, ainda mais frio

Por aqui o frio já aperta, a noite começa a ser maior e os pássaros começam a não dar as caras. Quando será que vem a neve?
Em relação a esta pergunta tenho duas opiniões bem distintas. Quero que ela venha para começar a sentir o espírito de Natal com direito a neve e tudo. Por outro não quero que chegue pois isso significa mais perigo ao andar de bicicleta.
Sendo assim chego à conclusão que apenas quero que a neve chegue a poucos dias do meu regresso a Portugal!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A Árvore de Natal da Universidade

É esta a imagem que tenho quando entro no lugar da Universidade. Com o pano de fundo, uma linda construção, surge a grande árvore de Natal anunciando a época festiva que nos aproximamos.
As casa também elas já se encontram cheias de efeitos e as variadas instalações, bibliotecas, também ela já se encontram decoradas a rigor.
Só falta mesmo a neve. Mas para mim, ela pode esperar mais uns dias.