Num tempo escuro, um carro circula não a muita velocidade. Três pessoas seguem um rumo. Pouco falavam até começarem a jogar ao jogo das palavras, mas como viram que o condutor estava muito lento no seu raciocínio, cedo deixaram o divertimento para passar ao próximo passo da viagem: dormir.
A meio do percurso um dos viajantes teve uma vontade súbita de gritar: "PÁRA!". Não porque algo se atravessava no caminho, não porque ficou espantado ao ver algo estranho na paisagem próxima. Pretendia dize-lo porque queria ficar ali, queria prolongar a estadia na realidade que o acolhera nos últimos tempos.
Obrigações o proibiram de manifestar qualquer palavra.
Uma escolha inicial que tem as constantes partidas como consequência.
A meio do percurso um dos viajantes teve uma vontade súbita de gritar: "PÁRA!". Não porque algo se atravessava no caminho, não porque ficou espantado ao ver algo estranho na paisagem próxima. Pretendia dize-lo porque queria ficar ali, queria prolongar a estadia na realidade que o acolhera nos últimos tempos.
Obrigações o proibiram de manifestar qualquer palavra.
Uma escolha inicial que tem as constantes partidas como consequência.
Uma outra realidade que agora se demonstra, uma realidade bastante diferente que só precisa de tempo para se encaixar ao viajante.
(Foto de FilipeR79)
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