segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O tempo das cartas. Volta!

Posto sempre pronto a receber cartas, boas ou más, todas elas entram aqui com a mesma intenção, mesma vontade, mesma liberdade por parte de quem as faz chegar ao seu destino e as faz ter sentido.
Cartas de amizade, de lembranças, de amor e desamores. Todas percorrem lugares até chegarem até ao seu destino.
Há aquelas que percorrem o mundo antes de chegar àquele que fará desabrochar um sentimento.
Trazem alegria, tristezas, mensagens de amor, mensagens de esperança.
Música para os nossos ouvidos.
Quem não gosta de receber cartas? Aquelas cartas que transportam consigo palavras de carinho e ternura. Que nos fazem sentir lembradas por alguém, que nos fazem sentir momentaneamente únicas.
De ver o nome estampado no envelope, de abrir e ler cada palavra escrita à mão.
Quem não gosta de encontrar surpresas no meio daquele correio batido que toda a gente conhece e quer que desapareça?
As novas tecnologias têm isso como desvantagem. Um dos momentos que não queremos esquecer está a dar lugar à rápida informação, aos mails e aos chats. Esses apagam as cartas da nossa vida, da nossa realidade. Esquecemos a demora, a ansiedade da novidade, e o gesto de abrir o correio e ter uma surpresa, um momento inesperado.
Gosto de receber cartas, também gosto das enviar. Saber que tratá um momento especial à pessoa que a irá receber. Sentir que mesmo longe, a recordação e a saudade daquela pessoa permanecem em mim.

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